01 março 2011

O FOLHETO PROIBIDO

Por Alan Capriles

Há muito tempo venho pregando que os próprios evangélicos é que precisam ser evangelizados. Minha certeza decorre da inquestionável discrepância entre o que Jesus ensinou e o que se pratica hoje na maioria das igrejas evangélicas.

Por acreditarem cegamente em seus líderes, muitos crentes têm se afastado da simplicidade do verdadeiro evangelho, trocando a suficiência da fé em Cristo por uma série de superstições e práticas desnecessárias à vida cristã.

Um exemplo dessa grave realidade é o alerta contido no folheto que transcrevi abaixo. Ele foi distribuído aos participantes de um congresso de batalha espiritual, liderado por Neuza Itioka, que se intitula apóstola. Os idealizadores do referido folheto, destinado aos crentes, são corajosos irmãos em Cristo, decididos a militar (literalmente) pelo retorno ao verdadeiro evangelho.

Erguendo faixas que transcreviam versículos bíblicos, esses guerreiros da fé se dispuseram em pontos estratégicos, a fim de entregar os folhetos a quem se dirigisse ao evento. Porém, por mais pacífica, silenciosa e bíblica que fosse a manifestação, os envolvidos relataram ter sofrido intimidação por parte dos seguranças do congresso.*

Como se não bastasse, a entrada dos congressistas só era permitida depois que eles entregassem na portaria o folheto que haviam acabado de receber. Ou seja, o folheto foi censurado e, muito provavelmente, nem chegou a ser lido pelos participantes do evento.

Mas, o que havia nesse folheto de tão ameaçador assim?

Simplesmente isso: A verdade.
__________

Transcrição do folheto:
Batalha Espiritual Bíblica
LEIA, PEDINDO DISCERNIMENTO
AO ESPÍRITO SANTO.

Jesus levou sobre si nossas dores e enfermidades (Is 53.4) e nos deu Sua paz, diferente da que o mundo dá (Jo 14.27), mas nesse mesmo versículo completa: “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Isso é muito importante para mostrar que, mesmo na Paz de Cristo, há situações para os cristãos capazes de nos atemorizar, de nos angustiar o coração. Em outras passagens Jesus nos mostra isso, por exemplo, quando nos conclama a não sermos ansiosos com o que haveremos de comer ou vestir (Mt 6.25-34), ou quando nos pede para não nos afligirmos, afinal Ele venceu o mundo (Jo 16.33). Assim, é um ENGANO achar que o cristão não pode ter dificuldades financeiras, doenças, aflições, e é um ENGANO AINDA MAIOR atribuir todos os problemas dos cristãos aos demônios. Lembremos do Apóstolo (de verdade) Paulo.

"Voltemos ao Evangelho puro e simples"
Não é preciso fazer curso de libertação e cura interior para se expulsar demônios. Faz pouco tempo que o movimento de libertação iniciou, contudo faz mais de dois mil anos que Deus liberta seu povo e os livra do inimigo. No século passado pastores como Peter Wagner receberam “revelações” de que para uma pessoa ser liberta, precisaria passar por uma série de rituais e o perdão de Deus apenas não bastava.
LUTA CONTRA MAMON
Nos ministérios de libertação e cura interior, lutar contra Mamom é o cristão dar o seu dinheiro na igreja. Não à toa, uma das ministrações é uma oferta do MELHOR que o cristão tiver no momento, sem a qual a pessoa continuaria prisioneira do tal demônio, tendo em consequência suas finanças presas também. Porém, segundo Jesus, a luta contra Mamom é justamente lutar contra o que as novas doutrinas têm pregado sobre prosperidade.
MINISTÉRIO APOSTÓLICO
Os verdadeiros apóstolos simplesmente expulsavam e os demônios saíam em nome de Jesus. É assim que nós, hoje devemos continuar fazendo se realmente somos seguidores de Cristo. Devemos segui-Lo e não a ensinamentos e “revelações” de pastores e líderes. Tudo o que foge à simplicidade e pureza do Evangelho de Cristo deve ser considerado anátema.
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA
Não existe maldição hereditária para quem é cristão. Em Cristo, somos novas criaturas, as demais coisas já passaram. Ter a mesma doença que o pai ou o avô não é maldição hereditária, mas sim um problema de ordem física, genética, que Deus, se quiser, pode curar. Ser pobre como o pai ou o avô não é maldição hereditária, mas sim talvez a chance que Deus está nos dando de depender exclusivamente Dele, conforme Mt 6.25-34. Há também problemas de ordem psicológica, as quais demandam terapia e tratamento profissional adequado.
UNÇÃO SOBRE CHACRAS
Ungir para fechar chacras, não cruzar as pernas e os braços durante a sessão de libertação, ter que expulsar os demônios citando-lhes os nomes (sendo que Jesus expulsou toda uma legião – ou seja, até 6 mil membros – sem nominá-los individualmente), tudo isso são práticas e rituais que nada tem a ver com os ensinos dos Evangelhos. São, no mínimo, superstições gospel e na pior hipótese, são ensinos demoníacos.

A VERDADE É QUE JESUS CRISTO NOS BASTA!
__________

Veja a imagem completa do folheto.
__________

* Confira o relato de alguns participantes do protesto em seus blogs:

http://pedrasclamam.wordpress.com/2011/02/26/um-dia-no-agape-da-ap-neuza-itioka/

http://exemplobereano.blogspot.com/2011/02/o-show-tem-que-parar.html

http://oproponente.blogspot.com/2011/02/o-how-tem-que-parar-neua-ypioca-min.html

24 fevereiro 2011

ASSOMBROSA PROFECIA NO APÓCRIFO LIVRO DA ASCENSÃO DE ISAÍAS

Por Alan Capriles

A profecia que será revelada a seguir encontra-se no “Livro da Ascensão de Isaías”, um apócrifo do Antigo Testamento, que remonta ao primeiro século. Consiste em detalhes acerca do martírio do profeta Isaías, visões messiânicas e apocalípticas que ele teria tido e, principalmente, trata de seu arrebatamento em espírito aos céus. Sucessivos Concílios recusaram a inspiração divina desse livro por causa de seu caráter esotérico.

O trecho do Livro da Ascensão de Isaías que apresento abaixo é uma profecia que surpreende por sua exatidão. A impressão que temos é a de que o “profeta” vislumbrou nosso tempo, especialmente a crise na qual se encontra a igreja cristã. O desprezo pelas escrituras, a disputa por cargos ministeriais, a negligência e opressão pastoral, o anseio pelas riquezas, a distorção do evangelho, o mundanismo na igreja e as divisões entre seus líderes – tudo isso revelado com assombrosa precisão.

Confira e tire suas próprias conclusões:
E mais tarde, na ocasião do segundo advento, os discípulos negligenciarão a doutrina dos doze apóstolos e alterarão sua fé piedosa e querida.

E haverá muitas discussões sobre o seu primeiro e sobre o seu último advento.

E muitos, nesses dias, lutarão pelos cargos sem ter a sabedoria que os torne dignos destes.

E veremos anciãos iníquos, pastores rapaces oprimindo suas próprias ovelhas; os santos pastores negligenciarão seus deveres mais sagrados.

E muitos haverão de trocar suas nobres vestimentas de santo pelo hábito daqueles que possuem as riquezas. Haverá distinção de pessoas, e muitos procurarão os homens deste mundo.

Haverá calúnias e caluniadores que não se regozijarão com a aproximação do Senhor, e muitos serão privados das luzes do Espírito Santo.

E só haverá, nesses dias, poucos profetas que, em diferentes lugares, anunciarão as grandes verdades.

Por causa do espírito falso e da fornicação, do espírito de ignomínia e da avareza que inspiram aqueles que dizem: “Tornai-vos escravos do ouro e daqueles que o possuem!”

E sentimentos de ódio intenso surgirão entre os pastores e os anciãos.

E a cobiça apoderar-se-á da maioria dos corações, e cada um só falará dos objetos do seu desejo.

E serão negligenciados os oráculos dos santos profetas que existiram antes de mim, e serão negligenciadas as minhas profecias, e as pessoas entregar-se-ão ao turbilhão de seus corações.
(Livro da Ascensão de Isaías, cap. 3:21-31)

23 fevereiro 2011

LIVROS APÓCRIFOS

Quando se fala em “livros apócrifos”, a maioria dos evangélicos imagina os escritos deuterocanônicos, ou seja, aqueles que constam no Antigo Testamento da Bíblia católica, mas que não existem na Bíblia protestante.

Mas o termo apócrifo, que significa “oculto”, refere-se principalmente a textos antigos que, apesar de terem sido considerados como sagrados por alguns cristãos até o quarto século, acabaram sendo deixados de fora do cânon bíblico, tanto católico romano, quanto protestante.

Existem mais de cem livros apócrifos. Alguns quase chegaram a ser incluídos entre os livros que hoje compõem a Bíblia, como a Epístola de Barnabé e o Proto-evangelho de Tiago. Este último era bastante mencionado pelos chamados “Pais da Igreja”, como Orígenes, Clemente, Pedro de Alexandria, São Justino e São Epifânio, numa época anterior à canonização definitiva da Bíblia.

Particularmente, não creio que devamos desprezar os livros apócrifos apenas porque não fazem parte da seleção de livros inspirados. E, antes que me interpretem mal, quero enfatizar: creio na inspiração divina dos sessenta e seis livros da bíblia sagrada protestante.

O que defendo apenas é que uma pessoa madura espiritualmente deve examinar tudo, inclusive o conteúdo dos livros apócrifos, e reter somente o que é bom.

Martinho Lutero dizia, com respeito aos livros deuterocanônicos, que estes "eram de leitura proveitosa e grata, mas não deviam ser considerados iguais à Escritura Sagrada." O mesmo digo em relação a certos livros apócrifos. Não os considero iguais aos escritos da Bíblia, muito menos necessários para nossa fé cristã, mas tão somente de grata e proveitosa leitura.

Sendo assim, comunico que, eventualmente, estarei publicando trechos de alguns livros apócrifos que tenho em minha biblioteca, e que considero edificantes, pois em nada contradizem os escritos da Bíblia Sagrada, antes pelo contrário, os confirma.

Que ninguém me julgue como herege por causa disso.

Alan Capriles

19 fevereiro 2011

QUEM É CALVINO? E QUEM É ARMÍNIO?

João Calvino (John Calvin) e Jacó Armínio (Jacob Arminius)

Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais,
como a crianças em Cristo.
Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo.
Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais
e andais segundo o homem?
Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Calvino, e outro: Eu, de Armínio,
não é evidente que andais segundo os homens?
Quem é Calvino? E quem é Armínio?
Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um.

(Baseado em 1 Coríntios 3:1-5)

Sinceramente, espero que tanto os que se dizem calvinistas quanto os arminianos usem mais o seu precioso tempo para  viver o puro e simples evangelho, ao invés de se atacarem pela internet.

Alan Capriles

05 fevereiro 2011

PASTOR TEM QUE TRABALHAR!

Por Alan Capriles

Pastor tem que trabalhar!
Levantar cedo, ao amanhecer, e consagrar-se em secreta oração;
Estudar diariamente a Bíblia, com planejamento e perseverança;
Preparar estudos e sermões, com correta interpretação;
Pregar o verdadeiro evangelho
E ensinar todo o conselho de Deus...

Pastor tem que trabalhar!
Acolher novos membros, com paciência e dedicação;
Assumir seu papel, conduzindo as ovelhas que houver;
Aconselhar sabiamente os irmãos, com sigilo e compaixão;
Liderar o rebanho de Deus
Mostrando o caminho que devem andar...

Pastor tem que trabalhar!
Levar a santa ceia aos membros acamados;
Orar com fé pelos enfermos em nome do Senhor;
Acudir irmãos carentes e visitar os afastados
Promover a caridade
Dando exemplo prático de serviço e amor...

Pastor tem que trabalhar!
Realizar batismos, casamentos, bodas, funerais;
Consolar os abatidos e os fracos acolher;
Interromper seu descanso, mesmo em alta madrugada,
Sempre disponível e amável
A quem for socorrer.

Pastor tem que trabalhar!
E se algum pastor não quiser cumprir seu chamado,
Que procure um emprego assalariado,
Desses com horário de entrada, saída,
Descanso certo e remunerado.

Mas, se ainda houver alguém
Que aspire ao santo episcopado
Servindo a Cristo simplesmente por amor
Que não se engane
Com o que irão lhe falar.
Porque pastor,
Sim...
Pastor tem que trabalhar!

Alan Capriles

GERAÇÃO Z – A ÚLTIMA GERAÇÃO?

Por Alan Capriles

Uma das profecias escatológicas mais impressionantes da Bíblia não está no livro do Apocalipse, mas naquela que é considerada por teólogos como a última epístola escrita por Paulo, pouco antes de seu martírio. Trata-se da descrição que ele faz a Timóteo de como seriam as pessoas nos últimos dias.
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”
(2Tm 3:1-4)
Sabendo que a hora de sua partida para a glória se aproximava, Paulo compartilha com o jovem Timóteo a revelação que Deus lhe dera acerca dos últimos dias. O que o apóstolo parecia desconhecer é que isso não se realizaria no tempo de Timóteo, mas somente agora, cerca de dois mil anos depois, em nossos dias.

Afirmo isso baseado na simples constatação de que todas as características relacionadas por Paulo são condizentes com a última geração existente, geração esta batizada por sociólogos de (acreditem) “geração Z”.

Aliás, a letra “z” é a última do alfabeto. Seria isso mera coincidência?

A chamada “geração Z” é composta por aqueles que nasceram após 1995, ou seja, dentro de um contexto social onde já havia internet e telefonia celular.  Não posso dizer até que ponto essa tecnologia pode influenciar negativamente nossos jovens, mas o fato é que não consigo imaginar uma geração mais “amante de si mesma” como essa!

Acompanho de perto essa geração porque meus dois filhos fazem parte dela, tendo o mais velho nascido em 1996 e o caçula em 1999. Ambos estão entrando na fase da adolescência e já percebo neles o início das infames características relacionadas por Paulo.  Como pai, procuro não apenas repreender, mas também aconselhar, mostrando que tais atitudes são abomináveis, ainda que comuns em nossos dias.

Ou alguém duvida que a maioria dos jovens dessa geração seja mais amiga dos prazeres do que de Deus? Uma prova disso está nas igrejas evangélicas e católicas, que têm criado deleites mundanos, tais como shows e bailes, para manter os jovens como membros. Nunca antes na história da igreja tal coisa foi necessária. Uma igreja bíblica – centrada em Palavra, oração e caridade – dificilmente será procurada pela geração Z. Por uma simples razão: a maioria deles não quer Deus, mas apenas quer se divertir. Obviamente, há exceções, mas são poucas.

A maioria de nossos jovens, por exemplo, parece não ver nada de errado em ficar tirando dezenas de fotos de si mesmos, para depois apresentá-las em suas páginas de relacionamento. Se isso não é ser amante de si mesmo, então não sei o que mais poderia ser. E é desse amor a si mesmo que decorrem todos os outros males que aparecem na relação de Paulo: avareza, presunção, soberba, etc...

Seria então a “geração Z” a última geração?

Como se não bastasse, ainda existe o fato das mudanças climáticas e suas conseqüências, que coincidem com as profecias apocalípticas de Jesus.

De fato, o Senhor profetizou sobre uma geração que veria todos os sinais da sua vinda se cumprindo (Mt 24:33,34). Uma geração que veria guerras, fomes, pestes, coisas espantosas, catástrofes climáticas, o aumento da iniqüidade, de falsos cristos e de falsos profetas. E profetizou mais: que esta geração não passaria sem que ele retornasse (Lc 21:28,31,32). E qual a geração que tem visto todos os sinais, seja pela tela de um televisor, computador, ou mesmo celular?

Estou ciente dos riscos de se afirmar que esta seja a última geração. Por isso não afirmo nada a esse respeito. Algumas seitas nasceram da precipitação de líderes que proclamavam haver chegado o fim. Não quero cometer tamanho desatino. O título deste artigo é uma simples indagação, nada mais do que isso.

Afinal de contas, o dia e hora da prometida volta do Senhor ninguém sabe e geração alguma saberá predizer. Geração alguma... se é que ainda teremos outras gerações.

Alan Capriles

21 janeiro 2011

TORNADO - UMA NOVA AMEAÇA?


Casas destelhadas, árvores arrancadas do chão, muros destruídos, postes derrubados, móveis voando - efeitos de um tornado que passou pela baixada fluminense, estado do Rio de Janeiro, no final da tarde de 19 de janeiro de 2011.

Isso mesmo: um tornado no Rio de Janeiro! Confirmado pelo INPE.

Seria o primeiro de uma série de tornados? Segundo o metereologista Izimar Azevedo, professor da UFRJ, "isso pode acontecer de novo".



Particularmente, acredito que fenômenos como esse não apenas vão acontecer de novo, mas com uma freqüência cada vez maior. Não é pessimismo, nem "catastrofismo". Esse é o reflexo natural das alterações climáticas pelas quais nosso planeta está passando.

O que fazer? "Adaptação" é a palavra de ordem para os especialistas. Mas, para nós, que somos cristãos, "preparação" é uma palavra mais apropriada. Quem lê, entenda...

Alan Capriles

14 janeiro 2011

SOS REGIÃO SERRANA DO RIO


Quando não há o que dizer, ainda há o que fazer. 
Por Alan Capriles

Diante das imagens da maior tragédia natural climática do país ficamos boquiabertos. Confesso não ter palavras para expressar o que sinto perante a calamidade que atingiu a região serrana do Rio nesse verão de 2011.


Imagens de Petrópolis (Vale do Cuiabá) em 12jan2011

Mas que nosso espanto se converta em solidariedade. São milhares de desabrigados. Pessoas simples, como você e eu, mas que perderam tudo em questão de minutos! Tudo, não... Ainda estão vivas e não perderam a esperança de um recomeço.


Quando são questionados a respeito do que pretendem fazer, "começar do zero" é a resposta da maioria dos desabrigados. Lembro de alguém que disse ter perdido tudo que construiu em 55 anos em apenas 5 minutos. A enxurrada levou sua casa, construída com tanto sacrifício, e todos os pertences conquistados durante a vida. E esse é somente um exemplo entre tantos outros! Mas pior é a dor daqueles que perderam famílias inteiras! Uma jovem revelou que quinze pessoas de sua família morreram na tragédia. O que dizer para essas pessoas?


Que nossa resposta seja o amor, não de palavras, mas expresso em solidariedade, em ajuda humanitária. Somente o amor pode sarar as feridas da alma e restaurar a esperança e a fé, que são os propulsores da vida.

“ Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13:13)


Como realizar doações para ajudar as vítimas da maior tragédia climática da história do país.
(fonte: g1.com.br)

Cruz Vermelha - Praça da Cruz Vermelha, 10 – Centro do Rio.
Estão sendo arrecadados: água mineral, alimentos de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, colchões, roupa de cama e banho e cobertores.

Prefeitura de Petrópolis – Igreja Wesleyana; Igreja de Santa Luzia; Sede da Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania.

Os três postos arrecadam doações de água, colchões e materiais de limpeza e higiene pessoal.

Prefeitura de Teresópolis – Ginásio Pedrão – Rua Tenente Luiz Meirelles, 211 – Várzea.
Estão sendo arrecadados: alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal.

Uma conta corrente também recebe doações para ajudar as famílias atingidas pelo temporal. Nome da conta: "SOS Teresópolis - donativos".
Agência: 0741 (Banco do Brasil) – Conta: 110000-9.

Rodovia BR-040 - Concer - Praças de pedágio da BR-040 situadas em Duque de Caxias (km 104), Areal (km 45) e Simão Pereira (km 816), além da sede da empresa (km 110/JF, em Caxias).

A Concer pede que sejam doados, preferencialmente, água mineral, produtos de higiene pessoal e de limpeza, roupas de cama, mesa e banho, além de colchonetes. Nas praças de pedágio, as doações podem ser entregues nos postos do serviço de informação ao usuário da rodovia, que funcionam de segunda a segunda, 24 horas por dia.

Hemorio – Rua Frei Caneca, 8 – Centro do Rio – Das 7h às 18h.
O Hemorio pede que as pessoas doem sangue para as vítimas das chuvas. Os estoques estão quase zerados. Friburgo e Teresópolis solicitaram 300 bolsas, mas o Hemorio não tem como atender.

Pode doar sangue quem tiver entre 18 e 65 anos, mais de 50 quilos e estiver bem de saúde. Basta levar um documento oficial de identidade com foto.

Informações e agendamento pelo disque sangue 0800-282-0708.

Supermercados – Grupo Pão de Açúcar
Postos de coleta foram montados pela empresa em todas as suas 100 lojas das redes Pão de Açúcar, ABC Comprebem, Sendas, Extra e Assaí, em todo o estado Rio de Janeiro para que os clientes possam cooperar com doações de alimentos não perecíveis, roupas e cobertores. A ação acontece até o dia 26 de janeiro.

Polícia Rodoviária Federal - Ver postos abaixo.
Maior necessidade é por água, leite em pó, materiais de higiene e limpeza e colchões.

Postos da PRF que receberão doações:

BR-116: KM 133 (Doações 24 horas)
BR-101: KM 269 (Doações 24 horas)
BR-040: KM 109 (Doações das 8h às 17h)
BR-116: KM 227 (Doações das 8h às 17h)

Rodoviária Novo Rio - Avenida Francisco Bicalho, 1 - Santo Cristo.
A Rodoviária Novo Rio recebe doações para a Cruz Vermelha. Os donativos são recebidos no embarque inferior, das 9 às 17 horas.

Polícia Militar - Todos os batalhões da Polícia Militar do estado serão centros de recepção de doações.

Comandantes dos batalhões recomendam que sejam doados água mineral, alimentos não perecíveis e material de higiene pessoal.

Em São Gonçalo várias igrejas estão arrecadando doações. Dentre elas, a Igreja Bíblica Cristã, que está aberta de segunda a sexta, de 7h30 às 8h30, quarta, das 19h30 às 21h30 e aos domingos, de 8h30 às 11hs e das 18h30 às 21h30. Os donativos poderão ser entregues em qualquer desses horários.

“ Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3:18)

08 janeiro 2011

TUDO ESTÁ BEM SEM DEUS

Por Alan Capriles

O título do presente artigo espanta você? Pois não deveria. Diariamente recebemos esta mesma mensagem, de que “Tudo está bem sem Deus”, seja por meio de filmes, novelas, programas de televisão, ou mesmo pela internet. A mídia sempre procura nos distrair mostrando pessoas que, apesar de totalmente alienadas de Deus, terminam muito bem e felizes sem ele.

É o que ocorre, por exemplo, no filme “O Náufrago”, protagonizado por Tom Hanks. Particularmente, esse é o ator norte-americano que mais gosto, e esse filme, um dos dez que mais assisto. E acredito que muitos outros concordam comigo. No entanto, isso não deve nos impedir de enxergar a mensagem sutil que há por trás dessa estória, e que serve muito bem como exemplo máximo para todas as outras.

Respeitando leitores que ainda não tenham assistido “O Náufrago” evitarei contar o final da estória. Sendo assim, quero apenas limitar-me ao fato de que Tom Hanks, perdido numa ilha deserta, prefere conversar com uma bola de futebol do que falar com Deus em oração. E isso, apesar de incrível – para não dizer impossível – é aceito por todos como algo absolutamente normal.

Não, isso não é normal. Ninguém precisa estar numa ilha deserta para pensar em Deus, ou orar. Mas, se alguém estiver nessa situação, é óbvio que pensará no criador e, ainda que não tenha religião alguma, pedirá o socorro do alto. Mas isso não acontece em momento algum desse ou de qualquer outro filme.

A verdade é que Deus é completamente descartado de todos os filmes, novelas e seriados que passam na TV. Ninguém ora, ninguém vai à igreja, ninguém se preocupa com a salvação. Porém, quando raramente surge um personagem fazendo alguma dessas coisas, é para expô-lo ao ridículo. Não é assim?

“Tudo está bem sem Deus” é a mensagem que seriados nacionais e internacionais transmitem diariamente para milhões de telespectadores. Seriados como “A Grande Família” ou “Eu, a Patroa e as Crianças”, que divertem a todos nós, retratam conflitos familiares que são resolvidos absolutamente sem qualquer menção a Deus, ou a religião alguma.

E quanto às novelas? Todas terminam agradando ao público, mas o final feliz acontece após meses de uma estória na qual dezenas de personagens vivem totalmente esquecidas de Deus. E, o mais assustador, é que quase ninguém se dá conta disso...

Estaríamos todos entorpecidos?

É assustador pensar nisso. Passamos horas por semana recebendo a mensagem de que não precisamos de Deus para viver. E ninguém percebe! Seria essa a causa de nossa sociedade estar vivendo tão egoisticamente, como se Deus não existisse? Seria uma hipnose coletiva?

“Tudo está bem sem Deus... Tudo está bem sem Deus... Tudo está bem sem Deus...” Cada filme que assistimos, cada novela que nos entretém, cada seriado e até desenhos animados que distraem nossas crianças – todas essas e outras programações eliminam Deus completamente de suas estórias.

Acredito ser essa também a causa de tantos crentes frios e indiferentes para com as “coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”. Ora, os mesmos evangélicos que têm enorme preconceito contra música secular são os que assistem com gosto a todos os melhores filmes de Hollywood. E alguns ainda não perdem por nada o capítulo da “sua” novela. Sendo assim, como esperar que uma ou duas horas de pregação semanal possa gerar avivamento genuíno, se passamos dezenas de horas por semana gelando nosso coração diante de uma tela de TV, ou de computador?

E as telas estão cada vez mais sedutoras, com imagens em altíssima resolução e até em três dimensões! Como se proteger disso? Com toda essa tecnologia, cada dia mais atraente, torna-se ainda mais difícil despertar as pessoas dessa hipnose...

Isso parece loucura pra você? Não lhe parece grave que filmes, novelas, seriados e desenhos eliminem Deus por completo de suas estórias? Se você não consegue ver nada de errado nisso, talvez seja porque seu discernimento também já esteja entorpecido. Talvez porque você passe horas demais diante de uma tela de TV ou de computador. Talvez porque você seja mais uma vítima dessa mídia, que sussurra dia e noite em nossas mentes uma só mensagem: “Tudo está bem sem Deus...”

Por Alan Capriles

31 dezembro 2010

CASA LAR ADONAI

INSTITUIÇÃO DE APOIO À CRIANÇA

Gravei esse vídeo na esperança de que a Casa Lar Adonai se torne mais conhecida e receba o apoio de mais pessoas - especialmente o seu, amigo leitor.

Por favor, assista o vídeo e entre em contato. Os dados aparecem no final da gravação.

Desde já lhe agradeço, e o faço em nome de Jesus, pois estou certo de que naquele Dia nosso Senhor dirá: "Foi a mim que fizestes". (Mt 25:40)

“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua,
mas por obra e em verdade.”
(1 João 3:18 RC)

28 dezembro 2010

A PRIORIDADE ESQUECIDA: O SEXTO “SOLA”

Por Alan Capriles

Somos salvos por meio da fé em Cristo, não pela prática de boas obras. Esta verdade bíblica foi um dos cinco pilares da reforma protestante, no século 16. Os reformistas enfatizaram o “sola fide” (somente a fé) em oposição aos abusos da igreja católica apostólica romana, que vendia o céu por indulgências. E fizeram muito bem na defesa da verdade.

Meio milênio depois, esta verdade parece não ter sido esquecida no meio evangélico. Por mais que estejam deturpando o verdadeiro evangelho, o fato é que tanto os pregadores, quanto os folhetos evangelísticos das mais diversas denominações continuam afirmando que somos salvos pela fé. E somente pela fé.

Alguns poderão contestar, dizendo que hoje muitas igrejas impõem regras para que alguém seja salvo, tais como ser dizimista, ou passar por alguma campanha de libertação. Admito que isso esteja realmente acontecendo. Mas eu me refiro especificamente à questão das boas obras. Não conheço nenhuma denominação que afirme ser necessário praticar boas obras para ser salvo. E a razão é tanto óbvia quanto bíblica: boas obras não salvam. Ponto final.

Ponto final? Eu não seria tão precipitado.

Quanto mais eu medito na Bíblia, especialmente nos escritos do Novo Testamento, mais a palavra de Deus me convence de que as boas obras devem ser praticadas. E muito praticadas. Estou falando de caridade mesmo: ajudar os órfãos, as viúvas, os pobres...

São inúmeros os textos bíblicos que nos incentivam para a prática das boas obras!

Essa é uma verdade tão clara nas escrituras, mas tão raramente exercida no meio evangélico, que sou obrigado a concluir que a ênfase na salvação pela fé tornou-se, para muitos crentes, uma desculpa para não se praticar boas obras.

De maneira geral, os evangélicos não se preocupam em ajudar a quem precisa. E mesmo quando existe alguma iniciativa dessa natureza, são poucos os membros da igreja que se envolvem. Como pastor, eu estou falando daquilo que eu sei. Meu maior desafio tem sido fazer com que os irmãos da nossa congregação tenham mais compaixão pelo próximo, envolvendo-se nas iniciativas sociais que nossa igreja promove. Ou simplesmente ajudando a quem está do seu lado! Mas, como é difícil...

E talvez seja difícil porque sabemos que a salvação vem por meio da fé. Sendo assim, creio que muitos não praticam a caridade porque imaginam ser algo desnecessário. “Ora, já estou salvo, pra que me desgastar com boas obras?” Porém, não há maior engano do que esse!

Ninguém é salvo pelas obras – é verdade – mas se alguém não pratica boas obras, provavelmente é porque nunca foi salvo. Repito: nunca foi salvo! Quantos crentes egoístas, que pensam estar salvos, terão uma terrível surpresa ao ouvirem do Senhor naquele grande Dia: “Apartai-vos de mim, nunca vos conheci.”

Boas obras não salvam, mas é a marca de um salvo. Não estou com isso dizendo que qualquer pessoa que pratique boas obras é salva, mas que todo salvo, sem dúvida, praticará boas obras. E as praticará por amor, sem nenhum interesse, ou segundas intenções.

Digo isso porque há pessoas que praticam boas obras com a intenção de aparecer. Outras, por interesse espiritual, de pagar o seu “karma”, ou de ter uma melhor encarnação. Tais pessoas, obviamente, não estão dando um fruto, mas forçando uma situação.

Quem imagina estar comprando a salvação com obras ainda não compreendeu o evangelho de Cristo. Ele comprou nossa salvação com seu sangue, sofrendo o castigo que nos dá a paz. Do alto daquela cruz ele declarou “Está consumado!” O preço já foi pago e o escrito de dívida que havia contra nós foi riscado. Por pura graça e amor. E, para sermos salvos, somente precisamos crer na eficácia da obra de Jesus Cristo a nosso favor. A salvação é pela fé.

Mas a palavra de Deus nos ensina que a fé de um salvo resulta na prática de boas obras. Não somos salvos por elas, mas devemos andar nelas, ou seja, praticá-las.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10 RC)

Isso é revelador! Fomos criados em Cristo Jesus com esse objetivo: “para as boas obras!” A prática de boas obras é o fruto que viceja naturalmente na vida de alguém convertido a Cristo. Apesar de ser nossa obrigação ajudar o próximo, não é necessário ninguém mandar um cristão ser caridoso. Alguém verdadeiramente convertido a Cristo tem prazer em ajudar porque seu coração está cheio de amor e compaixão.

É também revelador o fato de que no encontro do apóstolo Paulo com os apóstolos Pedro e João, o único conselho que esses deram a ele foi: “não se esqueça dos pobres” (Gálatas 2:10). Recomendação que o próprio Paulo declara ter seguido diligentemente. Em sua epístola a Tito, por exemplo, encontramos várias recomendações nesse sentido, dentre as quais destaco as seguintes:

“[Jesus Cristo] se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14 RC)

“Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.” (Tito 3:8 RC)

Pergunto: temos nos aplicado às boas obras? Ou não cremos em Deus? Quem crê em Deus deve aplicar-se às boas obras.

Somos muito bons em falar de Deus e dizer que amamos nosso próximo, mas não podemos nos esquecer disso:

“Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3:17-18 RC)

Temos realmente amado nosso próximo por obra e em verdade?

Como se vê, a prática das boas obras era uma prioridade na igreja apostólica. Uma prioridade. Eu poderia deixar dezenas de referências aqui, mas não o farei. Leia sua Bíblia! Ou melhor, medite nela. Especialmente nos escritos do Novo Testamento. Coloque à prova tudo que eu afirmo aqui. Sua salvação pode depender disso.

Se essa palavra lhe incomodou, provavelmente você é mais um daqueles crentes egoístas, que se gabam de saber muito das escrituras, mas que não pratica o amor de Deus. Simplesmente porque você não o tem. Mas pode ter. Ouça a voz do Senhor Jesus em seu coração:

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13:34-35 RA)

Eis a chave para termos um amor espontâneo por nosso próximo: “assim como eu vos amei”. Somente quando meditamos no imenso amor de Jesus, que morreu por nós, sendo nós ainda pecadores, é que podemos amar nosso irmão. Medite mais no amor de Deus.

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19 RA)

O exemplo do Senhor Jesus fez com que a prática do amor fosse uma prioridade na vida de seus discípulos. Uma prioridade que foi esquecida. Deveria ter sido resgatada no século 16, mas continuou esquecida...

Mas já é tempo de se resgatar esta verdade das escrituras. O sexto “sola”, que os reformadores não se deram conta, mas que é tão importante quanto os outros. A verdade bíblica de que “só o amor é a característica do verdadeiro cristão, a real evidência da salvação.”

Só o amor.
Por Alan Capriles

24 dezembro 2010

UM PRESENTE PARA JESUS - O FILME



Assista esse filme em tela cheia clicando aqui.

Acredito que essa é uma das mensagens mais importantes para serem compartilhadas, especialmente no meio evangélico. Por essa razão gravamos esse curta-metragem, totalmente amador, mas feito com enorme carinho, dedicação e dependência do favor divino. E, de fato, a provisão de Deus se fez presente de tal forma que podemos concluir que esse filme é um verdadeiro milagre. Agora, nossa oração é para que essa boa semente se espalhe por toda a terra, transmitindo a verdadeira mensagem do que o Senhor espera de nós: o amor ao próximo.

A Deus seja a glória!

09 dezembro 2010

A VERDADE SOBRE MISSÕES



Há uma grande necessidade em Missões, ainda maior e mais urgente do que o envio de novos missionários. Quem nos faz o alerta e explica o que está ocorrendo é Paul Washer - pastor, missionário, escritor e fundador da Heart Cry, uma respeitada sociedade missionária norte-americana.

Antes de publicar este vídeo, mostrei-o a um casal de amigos que fazem missões na África. Eles ficaram muito impressionados e confirmaram cada palavra de Paul Washer. Segundo eles, este é mesmo um problema sério, que atinge missionários que eles conhecem. Trata-se de um alerta tão importante que o transcrevi abaixo, a fim de facilitar sua divulgação:

Por Paul Washer

A grande necessidade no campo missionário é de uma teologia sistemática e de uma pregação expositiva que seja cristocêntrica, ou seja, centrada em Jesus Cristo.

Todos falam sobre missões: “Temos que fazer missões!”

Não, nós não precisamos fazer mais missões do que já estamos fazendo. Nós, norte-americanos, somos o povo que mais tem missões em mente sobre a face da Terra.

O problema é que a maior parte do que chamam de missões é anti-bíblico. E isso é muitíssimo grave. As missões tornaram-se ateológicas (sem teologia). E isso é mal.

Missões agora são dirigidas pelo sociólogo, pelo antropólogo e pelo perito em cultura, quando as missões devem ser lideradas pelo teólogo e exegeta. Missões devem estar baseadas na Escritura.

Deixe-me dar um ou dois exemplos:

Anos atrás um jovem no seminário me telefonou, quando eu estava no Peru, e me disse: “Senhor Washer, quero ir trabalhar com o senhor, quero entregar minha vida no Peru”. E eu lhe pedi: “Fale-me sobre sua teologia”. Ele respondeu:

- Minha teologia não é realmente o meu forte, só quero entregar minha vida.

- Fale-me de seus estudos e preparação para pregar.

- Veja, senhor Washer, só quero ir e entregar minha vida.

Eu respondi: “Jovem, ninguém no Peru precisa da sua vida. Então não venha para cá. Eles necessitam de alguém que abra a sua boca e lhes fale sobre Deus. Eles precisam de Deus.”

Outro exemplo:

Simplesmente não consigo entender as idéias que temos acerca de missões! Às vezes estou num aeroporto em outro país e vejo 40 adolescentes e estudantes norte-americanos com suas camisetas e seus grupos cristãos indo para salvar o mundo. E tudo desperdiçado. Gasta-se 80 mil dólares em média por semana para seu “passeio missionário”. São 40 deles. Chegam, pregam o “evangelho” que não é realmente evangelho nenhum. Fazem seus shows, agitam-se, e tudo mais e logo estão de volta dizendo que mil pessoas se salvaram, quando provavelmente ninguém se salvou de fato. Digo isso porque todas essas pessoas que fizeram decisões nunca aparecem na igreja no próximo domingo. Para eles é um exercício e algo banal.

Com este mesmo dinheiro posso colocar 25 pastores peruanos no campo por um ano inteiro, os quais falam o mesmo idioma, pregando o evangelho 24 horas por dia.

De modo que se faz um montão de atividade missionária e a maioria é inútil, pois não se baseia nesta verdade:

Fazer missões não se trata de enviar missionários. Fazer missões é enviar a verdade do evangelho de Deus a este mundo através de homens e mulheres.

Então, se você tem paixão por missões, não me importa... Não me importa. Isto tem pouco valor pra mim. Porque todos estão correndo com sua paixão por missões.

A questão é:

Você tem que se dedicar em conhecer a Deus e conhecer e sua palavra de maneira que quando for ao campo missionário possa abrir sua boca para instruir as pessoas acerca de Deus.

Se você não está preparado, não entre no campo missionário.

Eu conversava com um irmão que ensina teologia sistemática e pregação expositiva na China. E ele dizia que acabara de terminar um trabalho de estatística sobre o campo missionário e muitas missões e agências missionárias. E ele estimava que 4% do dinheiro missionário e de atividade missionária são investidos para proclamar a verdade. Tudo vai para campanhas evangelísticas e quanta gente se batizou e fazer uma porção de eventos e logo, de tudo, não sobra quase nada.

Do que é que necessitamos no campo missionário?

Nós precisamos plantar mais igrejas locais que sejam bíblicas e sãs. E devemos apoiar estas igrejas até que se tornem autônomas, tenham um pastor bíblico e uma liderança bíblica, até que possam multiplicar-se e difundir a verdade que professam.

É um trabalho duro. Missão não se trata de fazer campanhas enviando um montão de pessoas por um tempo, para nada fazer, e que depois voltam relatando contos.

Se você quer se envolver com missões, deixe-me lhe dar um conselho: Pare de juntar-se a grupos e ficar correndo por aí em nome de Jesus. Abra sua Bíblia, consiga bons livros, estude as Escrituras, memorize capítulos, organize suas idéias em uma teologia sistemática e conheça bem o que você crê. Prepare-se para defender a Verdade, conheça algo da história da Igreja. Seja mestre na palavra de Deus e só depois faça missões.

Até que isto aconteça, fique em casa. Fique em casa. Porque não necessitamos mais do desastre que já está lá fora. Soa muito forte, mas lamento:

É a verdade.
Por Paul Washer
____________________

Comentário de Alan Capriles:

Espero que todos tenham compreendido a urgência deste alerta. Se missionários estão indo para o campo sem o estudo adequado da Palavra de Deus e, principalmente, sem compreender o que é o evangelho de Cristo, muito provavelmente não acontecerão genuínas conversões. Mas a culpa não é deles, e sim das igrejas e agências missionárias que não os preparam adequadamente. Aliás, não podemos esperar muito do campo missionário enquanto nossas próprias pregações e ensino não voltarem a ser puramente bíblicos. Lembrando que, graças a Deus, sempre há exceções.