28 setembro 2012

A SOLITÁRIA BUSCA PELA VERDADE


Por Alan Capriles

Quem busca pela verdade precisa acostumar-se à solidão. Esse isolamento da alma é inevitável e ocorre porque quase todas as pessoas que conhecemos simplesmente escolhem no que acreditar e se acomodam às crendices que lhes convém. Quase ninguém está disposto a mudar, pois o preço de se reconhecer equivocado lhe parece alto demais. Sendo assim, poucos se dão ao longo e extenuante trabalho de investigar a raiz de suas crenças pré-concebidas.

Dentre os poucos que se aventuram pela senda do saber, a maioria interrompe sua jornada no decorrer do percurso. Geralmente caem na armadilha de se refugiar em algum grupo divergente e se dão por satisfeitos, dizendo para si mesmos que a jornada finalmente chegou ao fim. Já não questionam coisa alguma, mas engolem tudo sem mastigar. Não se dão conta de que somente trocaram seus antigos ídolos por algum novo guru. Apenas mudaram de lugar, mas continuam protegidos dentro de alguma trincheira, de onde agora atacam os hereges.

São raríssimos aqueles que têm, ao mesmo tempo, humildade para continuar investigando, personalidade para não vestir um rótulo e coragem para assumir um pensamento diferente. Quem o faz geralmente se descobre sozinho, isolado em seus conhecimentos e sem saber como transmiti-los ao mundo, sem saber como se fazer compreender.

Jesus bem que tentou...
Mas eu nem sei por onde começar.

Alan Capriles
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20 setembro 2012

CONSTANTINO - PAI DO EDIFÍCIO DA IGREJA


Por Frank Viola

A história de Constantino (285-337 d.C.) abre uma página tenebrosa na história da cristandade. Foi ele quem iniciou a construção dos edifícios eclesiásticos. [1] A história é assombrosa.

Quando Constantino entrou em cena, era favorável que os cristãos escapassem de sua condiçãode desprezo e de minoria. A tentação pela aceitação foi por demais forte para resistir e a bola de neve constantiniana começou a rolar.

Em 312 d.C., Constantino tornou-se César do Império Ocidental.[2] Em 324, ele tornou-se Imperador de todo Império Romano. Pouco tempo depois ele começou a ordenar a construção de edifícios de igreja. Ele fez isso para promover a popularidade e a aceitação da cristandade. Se os cristãos tivessem seus próprios edifícios sagrados — como tinham os judeus e os pagãos — a fé cristã seria legitimada no Império.

É importante entender a tática de Constantino — porque ele foi o útero que concebeu o edifício da igreja. O pensamento de Constantino era dominado pela superstição e pela magia pagã. Mesmo após tornar-se Imperador, ele permitiu às velhas instituições pagãs permanecerem como eram antes.

Mesmo após sua conversão ao cristianismo, Constantino nunca abandonou sua adoração ao deus sol. Ele manteve a imagem do sol cunhada na moeda. Ele montou uma estátua do deus sol que sustentava sua própria imagem no Foro de Constantinopla (sua nova capital). Constantino também mandou construir uma estátua da deusa Cibele, (embora apresentada em postura de adoração cristã).

(Historiadores continuam a debater se Constantino foi ou não um genuíno cristão. O fato de ter ordenado a execução de seu filho mais velho, seu sobrinho, e seu cunhado, não fortalece o expediente no que diz respeito à sua conversão. Mas não estamos aqui para levar avante esse tipo de discussão).

Em 321 d.C., Constantino decretou o domingo como dia de descanso — um feriado legal. Parece que a intenção de Constantino era honrar ao deus Mitras, o Sol Invencível. (Constantino descreveu o domingo como “o dia do sol”). Confirmando sua afinidade com a adoração do sol, as escavações de São Pedro de Roma descobriram um mosaico de Cristo como o Sol Invencível.

Praticamente até o dia de sua morte Constantino “agia como um sumo sacerdote pagão”. Na realidade ele detinha o título pagão de Pontifex Máximus, que significa o chefe dos sacerdotes pagãos! (No século XV este mesmo título chegou a ser o título honorífico do Papa Católico).

Constantino usou decorações e rituais tanto pagãos como cristãos na dedicatória de sua nova capital, Constantinopla. Ele utilizou fórmulas de magia pagã para proteger as colheitas e sanar as enfermidades.

Além disso, toda evidência histórica indica que Constantino era egomaníaco. Quando construiu a nova “Igreja dos Apóstolos”, ele erigiu monumentos aos doze Apóstolos, os quais ladeavam um único sepulcro central. Esta tumba Constantino reservou para si mesmo — nomeando-se o décimo terceiro e principal Apóstolo! Constantino não apenas deu continuidade à prática pagã de veneração aos mortos, ele também pretendeu incluir-se no rol desses mortos ilustres!

Constantino também fortaleceu a noção pagã de objetos e espaços sagrados. Devido principalmente à sua influência, o comércio de relíquias passou a ser bem comum na igreja.Pelo século IV, a obsessão pelas relíquias [3] se disseminou de tal forma que alguns cristãos se posicionaram contra essa prática definindo-a como “Uma odiosa observância introduzida nas igrejas sob o disfarce da religião... Uma obra de idólatras”.

Constantino também se destacou por trazer à fé cristã a idéia de “lugar santo” baseado no modelo do santuário pagão. Foi por causa da aura do “sagrado” que os cristãos do século IV anexaram a Palestina, e a tornaram conhecida como “a Terra Santa” no século VI.

O que mais impressiona é que depois de morto Constantino foi declarado “divino”. (Este foi um costume aplicado a todos os Imperadores pagãos que morreram antes dele). Após a morte de Constantino, o Senado proclamou-o deus pagão. E ninguém os impediu de fazer isso.

Neste ponto, uma palavra precisa ser dita acerca de Helena, mãe de Constantino. Essa mulher ficou famosa por sua obsessão com relíquias. Em 326 d.C., Helena fez uma peregrinação à Terra Santa. Em 327 d.C., em Jerusalém, ela declarou ter encontrado a cruz e os pregos utilizados na crucifixão de Jesus. Consta que Constantino promoveu a idéia de que os pedacinhos de madeira da cruz de Cristo possuíam poderes mágicos! A verdade é que uma mentalidade de magia pagã operou no Imperador Constantino. Indiscutivelmente, o pai do edifício da igreja.

O Programa de Construção de Constantino

Depois da viagem de Helena a Jerusalém em 327 d.C., Constantino começou a construir os primeiros edifícios de igrejas ao longo do Império Romano. Ao fazê-lo, ele seguiu a trilha pagã de erigir templos para honrar a Deus.

É interessante o fato dele ter nomeado suas igrejas com nomes de santos — da mesma forma que os pagãos nomeavam seus templos com nomes de seus deuses. Ele construiu suas primeiras igrejas sobre os cemitérios onde os cristãos honravam seus santos mortos. Quer dizer, ele as construiu sobre os restos mortais dos santos mortos. Por quê? Porque, desde pelo menos um século antes os cemitérios onde os santos foram enterrados eram tidos como “campo santo”.

Muitas dessas gigantescas edificações foram construídas sobre as tumbas dos mártires. Essa prática era baseada na idéia de que os mártires tinham o mesmo poder anteriormente atribuído aos deuses pagãos. Mesmo sendo uma prática pagã os cristãos adotaram esta idéia mordendo o anzol.

Os mais famosos “espaços santos” foram: São Pedro, sobre o Monte do Vaticano (erigido em cima da suposta tumba de Pedro); São Paulo, do lado de fora dos muros da cidade (construída em cima da suposta tumba de Paulo); a deslumbrante e magnífica igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém (construída em cima da suposta tumba de Cristo), e a igreja da Natividade em Belém (construída sobre a suposta gruta onde Cristo nasceu). Constantino construiu nove igrejas em Roma e muitas outras em Jerusalém, Belém e Constantinopla.

Querido cristão observe! As raízes do “sagrado” edifício da igreja são completamente pagãs. O edifício da igreja foi inventado por um professo ex-pagão dotado de uma mente completamente pagã. Tais edifícios da igreja foram construídos sobre a idéia pagã de que o morto cria um espaço santo. Por favor, lembre-se disto toda vez que você escutar alguém se referir a um edifício como casa “santa” e “sagrada” de Deus.

Explorando os Primeiros Edifícios de igrejas

Pelo fato da edificação ser considerada sagrada, o congregante necessitava passar por um ritual de purificação antes de entrar. Então, no século IV, foram construídos tanques no pátio para que os cristãos pudessem lavar-se antes de entrar no edifício.

Os edifícios de Constantino eram espaçosos, magníficos e tidos como “dignos de um Imperador”. Eram tão esplêndidos que seus contemporâneos pagãos notaram que “estes gigantescos edifícios imitavam” a estrutura dos templos pagãos![4] E isto não era por acaso. Constantino decorava abundantemente os novos edifícios com arte pagã![5]

Os edifícios das igrejas construídas por Constantino eram desenhados exatamente conforme o modelo da basílica. A basílica era o edifício governamental mais comum. Era desenhada segundo o estilo dos templos pagãos.

As basílicas cumpriam mesma função dos auditórios das universidades de hoje. Com assentos extremamente confortáveis para acomodar as pessoas dóceis e passivas que presenciavam os eventos. Esta foi uma das razões pelas quais Constantino escolheu ao modelo da basílica.

Ele também a favoreceu por sua fascinação com a adoração ao sol. As basílicas foram desenhadas de tal maneira que os raios solares caíam sobre o orador enquanto este falava à congregação. Igual aos templos gregos e romanos, as basílicas cristãs foram construídas com a fachada voltada para o leste.

Exploremos a basílica cristã por dentro. Era uma réplica exata da basílica romana usada pelos magistrados e oficiais romanos. As basílicas cristãs possuíam uma plataforma elevada de onde os clérigos ministravam. A plataforma tinha uma elevação com vários degraus. Também havia uma grade que separava o clero dos leigos.[6]

No centro do edifício ficava o altar. Era uma mesa (mesa do altar) ou arca coberta por uma tampa. O altar era considerado o lugar mais santo do edifício por duas razões. Primeiramente, este continha relíquias dos mártires. (Após o século V, a presença de uma relíquia no altar era essencial para a legitimação da igreja). Em segundo lugar, a Eucaristia (o pão e o cálice) estavam sobre o altar.

A Eucaristia, agora vista como um sacrifício sagrado, era oferecida sobre o altar. Por serem considerados como “homens santos”, apenas e tão somente ao clero era permitido receber a Eucaristia dentro do cercado!

Em frente ao altar havia a cadeira do Bispo chamada de cátedra. A expressão ex-cátedra deriva desta cadeira. Ex-cátedra significa “desde o trono”. A cadeira do Bispo, ou “trono” segundo seu nome original, era a maior e mais elegante dentro do edifício. Esta cadeira ficava no lugar da cadeira do juiz da basílica romana. Era rodeada por duas fileiras de cadeiras reservadas para os anciãos.

O sermão era pregado desde a cadeira do Bispo. O poder e a autoridade repousavam nessa cadeira. A cadeira era coberta com um pano feito de linho branco. Os anciãos e diáconos se sentavam em ambos os lados, formando um semicírculo. A distinção hierárquica encravada na arquitetura da basílica era inconfundível.

É interessante que a maioria dos edifícios das igrejas modernas possuem cadeiras especiais para o pastor e seus auxiliares situadas sobre a plataforma atrás do púlpito. Assim como no caso do trono do Bispo, a cadeira do pastor geralmente é a maior! Tudo isso são vestígios da basílica pagã.

Somando-se a tudo isso, Constantino não destruiu templos pagãos em uma larga escala, nem tampouco os fechou. Em alguns lugares os templos pagãos existentes foram esvaziados de seus ídolos e convertidos em edifícios cristãos. Os cristãos usaram materiais das ruínas de templos pagãos e construíram novos edifícios cristãos nesses locais.

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Fonte:
Trecho do livro "Cristianismo Pagão - A Origem das Práticas de Nossa Igreja Moderna" (Frank Viola)

As notas deixadas pelo autor são muito mais extensas do que as que seguem abaixo. Estas foram selecionadas por eu considerá-las mais necessárias à compreensão do texto.

[1] A Historical Approach to Evangelical Worship, p. 103; History of the Christian Church: Volume 3, p. 542. Schaff escreve: “Depois da cristandade ser reconhecida pelo estado e autorizada a ter propriedades, ela erigiu casas de adoração em todas as partes do Império Romano. Provavelmente havia mais edifícios deste tipo no século IV do que houve em qualquer período, talvez com exceção do século XIX nos Estados Unidos...” Veja também To Preach or Not to Preach?, p. 29. Norrington mostra que na medida em que os Bispos dos séculos IV e V cresciam em riqueza, eles canalizaram tais riquezas através de um elaborado programa de construção de igrejas. Everett Ferguson escreve, “Até a era Constantino não encontramos edifícios especialmente construídos, primeiro eram simples salões, depois basílicas constantinas. Antes de Constantino, todas as estruturas usadas para reuniões da igreja eram “casas ou edifícios comerciais modificados para uso da igreja” (Early Christians Speak, p. 74).

[2] No ano 312 d.C., Constantino derrotou o Imperador Maxentius do Ocidente na batalha da Ponte Milviana. Constantino afirmou que na véspera da batalha ele viu um sinal da cruz nos céus e foi convertido a Cristo. (Ken Connolly, The Indestructible Book, Grand Rapids: Baker Books, 1996, pp. 39-40)

[3] Relíquia é um material relacionado aos restos materiais de um santo após a morte dele como também qualquer objeto sagrado que entrou em contato com o corpo dele. A palavra “relíquia” vem da palavra latina reliquere, que significa “deixado para trás”. A primeira evidência da reverência a relíquias surgiu por volta de 156 d.C. no Martyrium Polycarpi. Neste documento, as relíquias de Policarpo são consideradas mais valiosas que pedras preciosas e ouro (The Oxford Dictionary of the Christian Church, Terceira Edição, p. 1379); Father Michael Collins and Matthew A. Price, The Story of Christianity (DK Publishing, 1999), p. 91; The Early Liturgy, pp. 184-187.

[4] Esta frase é do escritor anticristão Porfírio (The Secular Use of Church Buildings, p. 8). Porfírio disse que os cristãos eram inconsistentes porque ao mesmo tempo em que criticavam a adoração pagã erguiam edifícios imitando templos pagãos! (Building God’s House in the Roman World, p. 129).

[5] The Story of Christianity (Gonzalez), p. 122. De acordo com o Professor Harvey Yoder, Constantino construiu a igreja original de Hagia Sophia (a igreja de sabedoria) no local de um templo pagão e importou 427 estátuas pagãs do Império para decorá-la. ("From House Churches to Holy Cathedrals,”. Conferência proferida em Harrisburg, VA, Oct., 1993).

[6] “Ver o edifício da igreja dessa forma significava que este não era mais a casa do povo de Deus para seu culto comum, mas a Casa de Deus que lhes permitia prestar a devida reverência. Eles tinham que entrar na nave (onde a congregação sentava ou permanecia em pé) e se abster de entrar no santuário (a plataforma do clero) que era o lugar do coro ou o santuário reservado para o sacerdócio” (From Temple to Meeting House, p 244; The Growth of Church Institutions, pp. 219-220).

10 setembro 2012

SIMPLESMENTE FILHOS DE DEUS

Por Alan Capriles

Interessante como Jesus não se auto rotulava... Havia diversos grupos religiosos dentro do judaísmo: fariseus, saduceus, zelotes, essênios - mas Cristo não se declarou parte de nenhum deles! Talvez por isso as pessoas ficassem tão confusas a seu respeito. 

Ainda mais interessante é observar que Jesus não orientou a seus seguidores que se intitulassem católicos, ou evangélicos, ou espíritas, ou testemunhas de jeová, ou adventistas, ou mesmo cristãos! Mas é impressionante como as pessoas gostam de se auto rotular, como se estivessem procurando uma trincheira para se esconder e depois atacar os "hereges". E "ai" daquele que sair de sua trincheira, se declarar livre de rótulos e buscar a pacificação!

Sinto-me a vontade para falar sobre isso porque também já fui assim, defensor de rótulos e entrincheirado numa denominação. Porém, na medida em que fui crescendo no conhecimento de Cristo, passei a não sentir mais necessidade alguma de me identificar com um gueto e de me prender a um conjunto de dogmas pré-concebidos. Creio que essa percepção só se torna possível através de uma releitura dos evangelhos, mas uma releitura desprovida das lentes da religiosidade - o que não é nada fácil! Mas garanto que vale muito a pena tentar. Somente quando nos esforçamos em compreender o que Jesus nos ensinou em total pureza e completude é que podemos perceber que ele nunca desejou dividir os que o seguem, muito menos aprisioná-los em rótulos e dogmas. Cristo apenas buscou nos fazer enxergar quem somos: simplesmente filhos de Deus.

Alan Capriles

06 setembro 2012

PARA OS QUE SE DIZEM CRISTÃOS


Esse recado é para você, que se diz cristão, mas que gosta de entrar em contendas, guardar ressentimentos e, pior ainda, ficar denegrindo a imagem de outras pessoas, inclusive a de seus próprios "irmãos" que também se dizem cristãos. Que tal a gente lembrar...

O que nos ensinou nosso Mestre:
"Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis:
amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;
bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.
Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; 
e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica;
dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.
Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.
Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? 
Porque até os pecadores amam aos que os amam.
Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso.
E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? 
Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; 
será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. 
Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.
Não julgueis e não sereis julgados; 
não condeneis e não sereis condenados; 
perdoai e sereis perdoados;
dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; 
porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também."
(Jesus Cristo - Lc 6:27-38)

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;
se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas."
(Jesus Cristo - Mt 6:14-15)

O que nos ensinou Estêvão (ao ser apedrejado):
"Senhor, não lhes imputes este pecado."
(Atos 7:60)

O que nos ensinou Paulo:
"Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? 
Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.
Como está escrito: 
Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, 
e toda língua dará louvores a Deus.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Não nos julguemos mais uns aos outros; 
pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão."
(Romanos 14:10-13)

O que nos ensinou Tiago:
"Irmãos, não faleis mal uns dos outros. 
Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; 
ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz.
Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; 
tu, porém, quem és, que julgas o próximo?"
(Tiago 4:11-12)

O que nos ensinou Pedro:
"Finalmente, sede todos de igual ânimo, 
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, 
não pagando mal por mal ou injúria por injúria; 
antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, 
a fim de receberdes bênção por herança." 
(1Pedro 3:8-9)

O que nos ensinou João:
"Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; 
pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Ora, temos, da parte dele, este mandamento: 
que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão."
(1João 4:20-21)

O que nos ensinou Judas:
"Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo 
e disputava a respeito do corpo de Moisés, 
não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: 
O Senhor te repreenda!" 
(Judas 9)

E, finalmente,
O que tem nos ensinado a vida:
"Somos todos igualmente falhos,
igualmente pecadores,
igualmente humanos."

Ah, lembrei de mais uma:
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado 
seja o primeiro que lhe atire pedra."

Mas quem foi mesmo que nos ensinou isso...