Predestinação é um conceito teológico segundo o qual todas as pessoas já teriam sido predestinadas pelo próprio Deus a serem salvas ou perdidas. Sei que estou resumindo bastante a questão, mas, basicamente, é isso: Deus já teria decidido o destino eterno da sua alma, antes mesmo do seu nascimento e, portanto, independente da sua vontade. Esse conceito é bastante conhecido no meio evangélico-protestante, onde os defensores da predestinação são chamados de calvinistas e seus oponentes, defensores do livre arbítrio, são chamados de arminianos. Entre um extremo e outro, há subcategorias - e também um debate sem fim...
Ora, não tenho pretensão alguma de colocar um ponto final nessa discussão, a qual já se arrasta por séculos. No entanto, é possível que minha reflexão possa ajudar alguns leitores a perceber o quanto é inútil este debate, incentivando-lhes a não perder mais tempo com algo tão infrutífero. Sincera e utopicamente, espero que calvinistas e arminianos esqueçam suas diferenças e passem a viver unidos na mesma fé. Para tanto, basta que percebam como suas posições convergem para uma mesma conclusão prática, como veremos nas duas questões a seguir:
Se as pessoas já nascem predestinadas (cabendo somente a Deus saber a quem Ele mesmo predestinou) o que resta a um calvinista fazer, senão evangelizar a todos quanto puder? Do contrário, ele mesmo não seria um eleito, um predestinado, mas sim um filho da desobediência, alguém sem amor, que não compartilha da graça de Deus que diz haver recebido.
E se, por outro lado, as pessoas não nascem predestinadas (cabendo a cada um escolher seu destino eterno) o que resta a um arminiano fazer, senão também evangelizar a todos quanto puder? Do contrário, ninguém mais seria salvo, e nem ele mesmo, condenado por sua própria falta de amor ao próximo.
Como se vê, tanto o calvinismo quanto o arminianismo convergem para a urgência da evangelização. Portanto, ao invés de se desperdiçar tempo e energia em debates infrutíferos, calvinistas e arminianos deveriam estar unidos no propósito de semear a maravilhosa graça de Deus que há em Jesus.
Não sei quanto a você, mas eu já estou cheio dessas discussões vergonhosas, carregadas de orgulho - nas quais ninguém se move um milímetro da sua trincheira teológica - e que nos distanciam cada vez mais do amor, que é a vontade de Deus em Cristo Jesus. Porque a verdade, a grande verdade, é que nem o calvinismo e nem o arminianismo têm valor algum para nossa salvação, mas sim a fé que atua pelo amor. E nisso sim é que deveríamos nos concentrar.
Alan Capriles
Comentários
Em João (3.16-18), o Senhor Jesus, autor e consumador da fé, afirmou que o Pai estendeu a salvação para todo que nele crê. Aprecie: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem crê nele, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado.
A mensagem da cruz é fiel e verdadeira e somente essa afirmativa do Senhor Jesus já seria o suficiente para desacreditar essa doutrina herética, a qual predestina salvação a uns e condenação a outros, vindo a desmentir a Palavra do Mestre.
Realmente, depois de muito ler sobre as doutrinas,ainda não entendi a ponto de escrever algo sobre o assunto. Então descanso em Deus e mantenho meu olhar para cruz, que é o centro da vontade de Deus...
Abç, Alan!
Pois independente de ser calvinista ou arminiano , ambos concordam numa coisa ainda que se evangelize o planeta inteiro , que é que Deus não salvará toda a raça humana , pois ainda que os salvos durante séculos sejam uma multidão , em comparação com os perdidos , fico com as palavras de nosso Mestre : ... poucos serão salvos ...
Assim com mansidão por fruto do Espírito em nós , dialoguemos sobre fatos das Escrituras , não para criar contenda , mas para que se Deus quiser em meio a esses diálogos de temas poucos claros a nós , Deus possa dar mais clareza , e aumente o angulo de nossas lentes finitas que apenas vêem um lado da moeda sem enxergar o outro lado .
Entendo a prioridade de evangelizar , mas vejo que é possivel Deus fazer-nos evangelizarmos as pessoas nEle , por Ele e para Ele sem deixar de conversar saudavelmente sobre predestinação e assim torna isto algo frutífero .
Mas no contexto do que o amado Pr. Alan colocou que se debate predestinação e assim se deixa de evangelizar , pode sim se torna algo infrutífero , é por isso que disse no início de que depende muito de pessoa a pessoa .
Frutífero ou infrutífero ?
Deus nos ajude .
Paz queridos irmãos ..
Deus o abençõe amado Pr. Alan , com este artigo que os irmãos possam se mobilizarem do debate para a ação de evangelizar corretamente com o evangelho que é o poder de Deus para todo aquele que crê , nunca esquecendo como havia dito , creio que pode ser frutífero ou infrutífero , isto depende como expus acima .