24 fevereiro 2011

ASSOMBROSA PROFECIA NO APÓCRIFO LIVRO DA ASCENSÃO DE ISAÍAS

Por Alan Capriles

A profecia que será revelada a seguir encontra-se no “Livro da Ascensão de Isaías”, um apócrifo do Antigo Testamento, que remonta ao primeiro século. Consiste em detalhes acerca do martírio do profeta Isaías, visões messiânicas e apocalípticas que ele teria tido e, principalmente, trata de seu arrebatamento em espírito aos céus. Sucessivos Concílios recusaram a inspiração divina desse livro por causa de seu caráter esotérico.

O trecho do Livro da Ascensão de Isaías que apresento abaixo é uma profecia que surpreende por sua exatidão. A impressão que temos é a de que o “profeta” vislumbrou nosso tempo, especialmente a crise na qual se encontra a igreja cristã. O desprezo pelas escrituras, a disputa por cargos ministeriais, a negligência e opressão pastoral, o anseio pelas riquezas, a distorção do evangelho, o mundanismo na igreja e as divisões entre seus líderes – tudo isso revelado com assombrosa precisão.

Confira e tire suas próprias conclusões:
E mais tarde, na ocasião do segundo advento, os discípulos negligenciarão a doutrina dos doze apóstolos e alterarão sua fé piedosa e querida.

E haverá muitas discussões sobre o seu primeiro e sobre o seu último advento.

E muitos, nesses dias, lutarão pelos cargos sem ter a sabedoria que os torne dignos destes.

E veremos anciãos iníquos, pastores rapaces oprimindo suas próprias ovelhas; os santos pastores negligenciarão seus deveres mais sagrados.

E muitos haverão de trocar suas nobres vestimentas de santo pelo hábito daqueles que possuem as riquezas. Haverá distinção de pessoas, e muitos procurarão os homens deste mundo.

Haverá calúnias e caluniadores que não se regozijarão com a aproximação do Senhor, e muitos serão privados das luzes do Espírito Santo.

E só haverá, nesses dias, poucos profetas que, em diferentes lugares, anunciarão as grandes verdades.

Por causa do espírito falso e da fornicação, do espírito de ignomínia e da avareza que inspiram aqueles que dizem: “Tornai-vos escravos do ouro e daqueles que o possuem!”

E sentimentos de ódio intenso surgirão entre os pastores e os anciãos.

E a cobiça apoderar-se-á da maioria dos corações, e cada um só falará dos objetos do seu desejo.

E serão negligenciados os oráculos dos santos profetas que existiram antes de mim, e serão negligenciadas as minhas profecias, e as pessoas entregar-se-ão ao turbilhão de seus corações.
(Livro da Ascensão de Isaías, cap. 3:21-31)

23 fevereiro 2011

LIVROS APÓCRIFOS

Quando se fala em “livros apócrifos”, a maioria dos evangélicos imagina os escritos deuterocanônicos, ou seja, aqueles que constam no Antigo Testamento da Bíblia católica, mas que não existem na Bíblia protestante.

Mas o termo apócrifo, que significa “oculto”, refere-se principalmente a textos antigos que, apesar de terem sido considerados como sagrados por alguns cristãos até o quarto século, acabaram sendo deixados de fora do cânon bíblico, tanto católico romano, quanto protestante.

Existem mais de cem livros apócrifos. Alguns quase chegaram a ser incluídos entre os livros que hoje compõem a Bíblia, como a Epístola de Barnabé e o Proto-evangelho de Tiago. Este último era bastante mencionado pelos chamados “Pais da Igreja”, como Orígenes, Clemente, Pedro de Alexandria, São Justino e São Epifânio, numa época anterior à canonização definitiva da Bíblia.

Particularmente, não creio que devamos desprezar os livros apócrifos apenas porque não fazem parte da seleção de livros inspirados. E, antes que me interpretem mal, quero enfatizar: creio na inspiração divina dos sessenta e seis livros da bíblia sagrada protestante.

O que defendo apenas é que uma pessoa madura espiritualmente deve examinar tudo, inclusive o conteúdo dos livros apócrifos, e reter somente o que é bom.

Martinho Lutero dizia, com respeito aos livros deuterocanônicos, que estes "eram de leitura proveitosa e grata, mas não deviam ser considerados iguais à Escritura Sagrada." O mesmo digo em relação a certos livros apócrifos. Não os considero iguais aos escritos da Bíblia, muito menos necessários para nossa fé cristã, mas tão somente de grata e proveitosa leitura.

Sendo assim, comunico que, eventualmente, estarei publicando trechos de alguns livros apócrifos que tenho em minha biblioteca, e que considero edificantes, pois em nada contradizem os escritos da Bíblia Sagrada, antes pelo contrário, os confirma.

Que ninguém me julgue como herege por causa disso.

Alan Capriles

19 fevereiro 2011

QUEM É CALVINO? E QUEM É ARMÍNIO?

João Calvino (John Calvin) e Jacó Armínio (Jacob Arminius)

Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais,
como a crianças em Cristo.
Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo.
Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais
e andais segundo o homem?
Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Calvino, e outro: Eu, de Armínio,
não é evidente que andais segundo os homens?
Quem é Calvino? E quem é Armínio?
Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um.

(Baseado em 1 Coríntios 3:1-5)

Sinceramente, espero que tanto os que se dizem calvinistas quanto os arminianos usem mais o seu precioso tempo para  viver o puro e simples evangelho, ao invés de se atacarem pela internet.

Alan Capriles

05 fevereiro 2011

PASTOR TEM QUE TRABALHAR!

Por Alan Capriles

Pastor tem que trabalhar!
Levantar cedo, ao amanhecer, e consagrar-se em secreta oração;
Estudar diariamente a Bíblia, com planejamento e perseverança;
Preparar estudos e sermões, com correta interpretação;
Pregar o verdadeiro evangelho
E ensinar todo o conselho de Deus...

Pastor tem que trabalhar!
Acolher novos membros, com paciência e dedicação;
Assumir seu papel, conduzindo as ovelhas que houver;
Aconselhar sabiamente os irmãos, com sigilo e compaixão;
Liderar o rebanho de Deus
Mostrando o caminho que devem andar...

Pastor tem que trabalhar!
Levar a santa ceia aos membros acamados;
Orar com fé pelos enfermos em nome do Senhor;
Acudir irmãos carentes e visitar os afastados
Promover a caridade
Dando exemplo prático de serviço e amor...

Pastor tem que trabalhar!
Realizar batismos, casamentos, bodas, funerais;
Consolar os abatidos e os fracos acolher;
Interromper seu descanso, mesmo em alta madrugada,
Sempre disponível e amável
A quem for socorrer.

Pastor tem que trabalhar!
E se algum pastor não quiser cumprir seu chamado,
Que procure um emprego assalariado,
Desses com horário de entrada, saída,
Descanso certo e remunerado.

Mas, se ainda houver alguém
Que aspire ao santo episcopado
Servindo a Cristo simplesmente por amor
Que não se engane
Com o que irão lhe falar.
Porque pastor,
Sim...
Pastor tem que trabalhar!

Alan Capriles

GERAÇÃO Z – A ÚLTIMA GERAÇÃO?

Por Alan Capriles

Uma das profecias escatológicas mais impressionantes da Bíblia não está no livro do Apocalipse, mas naquela que é considerada por teólogos como a última epístola escrita por Paulo, pouco antes de seu martírio. Trata-se da descrição que ele faz a Timóteo de como seriam as pessoas nos últimos dias.
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”
(2Tm 3:1-4)
Sabendo que a hora de sua partida para a glória se aproximava, Paulo compartilha com o jovem Timóteo a revelação que Deus lhe dera acerca dos últimos dias. O que o apóstolo parecia desconhecer é que isso não se realizaria no tempo de Timóteo, mas somente agora, cerca de dois mil anos depois, em nossos dias.

Afirmo isso baseado na simples constatação de que todas as características relacionadas por Paulo são condizentes com a última geração existente, geração esta batizada por sociólogos de (acreditem) “geração Z”.

Aliás, a letra “z” é a última do alfabeto. Seria isso mera coincidência?

A chamada “geração Z” é composta por aqueles que nasceram após 1995, ou seja, dentro de um contexto social onde já havia internet e telefonia celular.  Não posso dizer até que ponto essa tecnologia pode influenciar negativamente nossos jovens, mas o fato é que não consigo imaginar uma geração mais “amante de si mesma” como essa!

Acompanho de perto essa geração porque meus dois filhos fazem parte dela, tendo o mais velho nascido em 1996 e o caçula em 1999. Ambos estão entrando na fase da adolescência e já percebo neles o início das infames características relacionadas por Paulo.  Como pai, procuro não apenas repreender, mas também aconselhar, mostrando que tais atitudes são abomináveis, ainda que comuns em nossos dias.

Ou alguém duvida que a maioria dos jovens dessa geração seja mais amiga dos prazeres do que de Deus? Uma prova disso está nas igrejas evangélicas e católicas, que têm criado deleites mundanos, tais como shows e bailes, para manter os jovens como membros. Nunca antes na história da igreja tal coisa foi necessária. Uma igreja bíblica – centrada em Palavra, oração e caridade – dificilmente será procurada pela geração Z. Por uma simples razão: a maioria deles não quer Deus, mas apenas quer se divertir. Obviamente, há exceções, mas são poucas.

A maioria de nossos jovens, por exemplo, parece não ver nada de errado em ficar tirando dezenas de fotos de si mesmos, para depois apresentá-las em suas páginas de relacionamento. Se isso não é ser amante de si mesmo, então não sei o que mais poderia ser. E é desse amor a si mesmo que decorrem todos os outros males que aparecem na relação de Paulo: avareza, presunção, soberba, etc...

Seria então a “geração Z” a última geração?

Como se não bastasse, ainda existe o fato das mudanças climáticas e suas conseqüências, que coincidem com as profecias apocalípticas de Jesus.

De fato, o Senhor profetizou sobre uma geração que veria todos os sinais da sua vinda se cumprindo (Mt 24:33,34). Uma geração que veria guerras, fomes, pestes, coisas espantosas, catástrofes climáticas, o aumento da iniqüidade, de falsos cristos e de falsos profetas. E profetizou mais: que esta geração não passaria sem que ele retornasse (Lc 21:28,31,32). E qual a geração que tem visto todos os sinais, seja pela tela de um televisor, computador, ou mesmo celular?

Estou ciente dos riscos de se afirmar que esta seja a última geração. Por isso não afirmo nada a esse respeito. Algumas seitas nasceram da precipitação de líderes que proclamavam haver chegado o fim. Não quero cometer tamanho desatino. O título deste artigo é uma simples indagação, nada mais do que isso.

Afinal de contas, o dia e hora da prometida volta do Senhor ninguém sabe e geração alguma saberá predizer. Geração alguma... se é que ainda teremos outras gerações.

Alan Capriles