30 setembro 2010

PT E PV: FARINHA DO MESMO SACO?

Até que ponto um presidente está comprometido com os ditames de seu partido?

Talvez muitos não saibam, mas o Partido Verde, assim como o PT, propõe a legalização de tudo quanto os cristãos mais abominam, desde o aborto até o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O que me intriga é se a Marina Silva, candidata pelo PV, poderá realmente ser contra os ditames de seu partido, caso seja eleita presidente do Brasil.

Não estou aqui, de forma alguma, defendendo o voto para a Dilma. Muito pelo contrário! Votar em Dilma seria trocar o seis pelo meia-dúzia. Embora a Dilma tenha dito ontem que é contra o aborto, o Partido dos Trabalhadores tem lutado por sua legalização.

O que precisamos ponderar seriamente é se a Marina Silva tem autonomia política para ser contrária ao que o seu partido apóia.

Assisti hoje a um vídeo no qual Caio Fábio chama Marina Silva de “santa”. Isso é uma coisa difícil de engolir. O que uma “santa” pretende ao se filiar a um partido que tem as seguintes propostas:

O aborto
PV propõe: “legalização da interrupção voluntária da gravidez”

As drogas
PV propõe: “uma nova Lei de Entorpecentes, legalizando o uso da Canabis Sativa para fins industriais, médicos e pessoais, descriminalizando o uso de drogas”

O casamento entre pessoas do mesmo sexo
PV propõe: “defender a liberdade sexual, no direito do cidadão dispor do seu próprio corpo e na noção de que qualquer maneira de amor é valida e respeitável”

Os jogos de azar
PV propõe: “a descriminalização de atividades como os jogos de azar e o jogo do bicho”

Atitudes valem mais do que palavras. Por favor, alguém me responda: O que uma pessoa que diz ser contrária a estas coisas todas acima relacionadas está fazendo neste partido? Será que alguém poderia me responder? Será que estou vendo demais?

Minha avó já dizia: “as aparências enganam”. Será que estamos sendo enganados por um saião e um coque no cabelo? Devemos acreditar que uma pessoa é crente só porque diz que é?

Sei que muitos evangélicos votarão na Marina. Eu também daria meu voto pra ela, não fosse o seu partido. Minha consciência não permite. É óbvio pra mim que o PT e o PV são farinha do mesmo saco.

Por Alan Capriles

29 setembro 2010

ANTES DE VOTAR NA MARINA

SAIBA PORQUE MARINA SILVA PROPÕE PLEBISCITOS

A razão para a candidata Marina Silva propor plebiscito em questões polêmicas, tais como legalização do aborto e das drogas é muito simples: o seu partido.

Encontramos no site do Partido Verde o seguinte:

“devem ser criados mecanismos de democracia direta, como referendos ou plebiscitos que permitam aos cidadãos deliberar diretamente sobre questões de âmbito nacional, regional ou local, facilitada à participação ativa da população em conselhos para deliberar, fiscalizar e dar mais entrosamento e eficácia à ação do poder público.”
http://partidoverde.achanoticias.com.br/interna_programa.shtml

Caso seja eleita presidente, Marina Silva fará plebiscitos. Isto faz parte do programa do seu partido. Não tenham dúvida: ela fará muitos plebiscitos. Mas e se o tiro sair pela culatra? E se a maioria dos brasileiros se manifestar a favor da legalização daquilo que o PV já aprova?

O aborto
PV propõe: “legalização da interrupção voluntária da gravidez”

As drogas
PV propõe: “uma nova Lei de Entorpecentes, legalizando o uso da Canabis Sativa para fins industriais, médicos e pessoais, descriminalizando o uso de drogas”

O casamento entre pessoas do mesmo sexo
PV propõe: “defender a liberdade sexual, no direito do cidadão dispor do seu próprio corpo e na noção de que qualquer maneira de amor é valida e respeitável”

Os jogos de azar
PV propõe: “a descriminalização de atividades como os jogos de azar e o jogo do bicho”

A votação do povo a favor destas coisas é bem possível, uma vez que a mídia apóia tais alterações na Lei. Caso estas coisas sejam aprovadas pelo povo, o que você acha que Marina Silva faria? Será que ela propõe plebiscitos apenas para saber a vontade do povo? Certamente que não.

Divulgo isto somente para fins de informação, a fim de que as pessoas votem conscientemente e depois não se arrependam. Não faço campanha para ninguém.

Que Deus tenha misericórida da nossa nação.

16 setembro 2010

O DIREITO DE DIZERES

Por Alan Capriles

"Não concordo com o que dizes,
mas defendo até a morte o direito de dizeres.”
(Voltaire)

Ouvi esta frase pela primeira vez numa aula de história, quando adolescente, e nunca mais a esqueci. Fiz do “direito de dizeres” um lema em minha vida e não me arrependo. Acredito que a liberdade de expressão é mais do que uma conquista, é uma necessidade inerente ao ser humano.

Isto se aplica, principalmente, e questões de fé. Jesus Cristo, por exemplo, não era contra o livre pensamento. Ao ler os evangelhos encontro um Jesus que incentivava o raciocínio e a liberdade de expressão. Vemos isto, por exemplo, quando ele é abordado por um intérprete da Lei, que lhe faz uma pergunta. Ao invés de simplesmente responder, o Senhor lhe devolve outra pergunta:

“Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas?” (Lucas 10:26)

Isto obrigou aquele homem a raciocinar e a expressar sua opinião. O mesmo princípio se aplica a muitas outras passagens na vida de Jesus. Será que hoje, vinte séculos depois, temos a permissão de raciocinar e de expressar livremente nossa opinião nas igrejas cristãs?

Lamentavelmente, aonde mais o raciocínio deveria ser incentivado é onde menos isto acontece: nas escolas e nas igrejas. Opiniões contrárias ao “status quo” geralmente são reprimidas por autoridades constituídas, sejam políticos, professores, padres ou pastores.

Foi por causa disso, por exemplo, que deixei o catolicismo, com apenas dezesseis anos de idade. Após fazer um EAC (Encontro de Adolescentes com Cristo) ganhei um Novo Testamento como lembrança. Ao contrário dos amigos que participaram comigo daquele encontro, comecei a ler o presente que nos deram. O resultado foi uma porção de questionamentos, que tentava esclarecer nas reuniões de juventude que aconteciam aos domingos antes da missa. Fazíamos um círculo e cada jovem podia fazer uma pergunta para um casal de líderes. Quando chegava a minha vez, eu abria o Novo Testamento e pedia que me explicassem os pontos de discordância entre o que a Bíblia dizia e o que a igreja católica ensinava. Nunca me respondiam. Até que, certo dia, quando chegou a minha vez na rodada de perguntas, fui proibido de perguntar. Indignado, quis saber o motivo. A justificativa era que eu estava perturbando a reunião e confundindo os jovens com as minhas perguntas. Todos me olhavam, esperando minha resignação. Ao invés disto, levantei-me dizendo: “Se na igreja católica não posso falar o que penso, a partir de hoje sou protestante!” E nunca mais voltei naquela igreja, perdendo todos os meus amigos daquela paróquia. Pouco tempo depois eu estava sendo batizado numa igreja evangélica.

Anos mais tarde, descobri que, no que diz respeito à liberdade de expressão, o protestantismo não é muito diferente do catolicismo. Certa vez cheguei a ser excluído de uma igreja evangélica por causa de um questionamento. O crime? Pedir que o pastor me mostrasse na Bíblia o que ele estava querendo implantar como nova doutrina. Como não havia mesmo base bíblica, o pastor preferiu me excluir imediatamente, aos berros, para que eu não tivesse tempo de alertar outros irmãos.

Vejo que o mesmo acontece na "blogosfera" evangélica. Às vezes escrevo comentários que nunca chegam a ser lidos por outros internautas, pois o dono do blog o exclui. Concordo que não devemos publicar comentários que contenham agressão, ou palavrões, mas não é este o caso. Alguns comentários que escrevo são excluídos simplesmente porque contém uma opinião contrária, ainda que seja bíblica e coerente.

Será que é proibido pensar diferente?

Será que, por ser cristão, não posso admitir a possibilidade de vida extraterrestre sem ser discriminado? Será que Deus precisa estar preso numa caixinha, inventada por nós mesmos, na qual estaria impedido de criar vida em outras partes do Universo que Ele mesmo criou, só porque não está revelado nas Escrituras? Quem disse que Deus é obrigado a nos contar a história toda? Deus é Deus!

Será que, por ser cristão, não posso ouvir música que não seja evangélica, que não esteja alimentando um sistema gospel mercantilista? Por que não? A quem interessa que eu só ouça música evangélica? Quem sai mais beneficiado com isso? Pensem, pelo amor de Deus!!!

Será que, por ser cristão, eu só posso votar em evangélicos? Será que somente os evangélicos podem trabalhar a favor do povo? Se é que vão trabalhar...

Será que, por ser cristão, eu não posso dialogar com espíritas, budistas, muçulmanos, hindus e ateus? Jesus não dialogava com todos, ainda que não concordasse com eles? Jesus não permitia que todos expressassem suas opiniões, ainda que discordasse delas?

Será que, por ser cristão, eu não posso estar enganado em alguma doutrina? Sabemos que a verdade é uma só. Mas também é verdade que há crentes calvinistas e crentes arminianos, cada qual acreditando estar com a razão! Só existe uma verdade, mas há crentes pré-milenistas, pós-milenistas e amilenitas. Quem estará certo? Só existe uma verdade, mas existem crentes ortodoxos, carismáticos, pentecostais, neo-pentecostais e sabe-se lá mais o quê!

Se quisermos descobrir verdades, precisamos nos parecer mais com Cristo. Jesus era manso e humilde de coração, características essenciais para quem deseja crescer espiritualmente. Mansidão para dar ao próximo a chance dele se expressar. Quem sabe ele esteja certo! Humildade para reconhecer que não somos donos da verdade e mudarmos de opinião quando necessário.

Você pode até não concordar com o que penso. Mas saiba que, com certeza, defenderei o seu direito de me contestar. Sim, defenderei até a morte aquilo que pra mim é sagrado: o seu “direito de dizeres”.

Alan Capriles

14 setembro 2010

DEUS É FIEL A QUEM?

Por Alan Capriles

Tenho percebido que é cada vez maior o número de carros com o adesivo “DEUS É FIEL” grudado no para-brisa traseiro. Na cidade onde moro são tantos, que parecem até saídos de fábrica com este adesivo. Nada contra. Cada um cola o que quiser em seu carro.

A questão é outra: Deus é fiel, mas a quem?

Sem este complemento, a frase pode ser mal interpretada. E, uma vez que tais adesivos geralmente são colocados em carros novos, é inevitável imaginar que o dono do veículo está querendo dizer o seguinte:

“Deus é fiel a mim”

O problema é que Deus não é fiel ao homem. Enfatizo: DEUS NÃO É FIEL AO HOMEM. Deus é fiel à sua Palavra. Ele não tem compromisso com o homem. O compromisso do Senhor é com a Palavra dele. A Bíblia toda está repleta de sentenças assim: “se você fizer isto, acontecerá aquilo”. Não podemos esquecer que as promessas de Deus são condicionais. Por exemplo, o Senhor disse:

“Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:12)

Uma pessoa que se exalta, declarando que Deus é fiel a ela, pode estar correndo um sério risco, como está escrito:

“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” (Provérbios 16:18)

Será que existe soberba maior do que alguém achar que Deus é fiel a ele? Seria Deus o seu escravo? Pois a idéia que está se passando com estes adesivos de “Deus é Fiel” é que Deus foi fiel em dar o que pediram, ou mereceram. Se isto não é altivez do espírito, então não sei mais o que poderia ser...

Tive a confirmação disso há poucos dias, quando li o seguinte adesivo no pára-brisa de um carro da marca Doblò:

“Mereci, Deus doblo”

Será que merecemos alguma coisa? O que Jesus nos ensinou? Tenho a impressão de que muitos crentes nunca leram os evangelhos, ou sequer meditaram no sermão da montanha.

Se o que temos é por merecimento, o que vem a ser a graça de Deus?

A raiz deste equívoco, em parte, talvez esteja nos louvores que entoamos. Em muitas igrejas não se faz uma análise teológica dos novos louvores que aparecem. Bastou fazer sucesso na rádio para ser cantado na igreja. Um destes louvores, que cabe como exemplo perfeito para este artigo, é o famoso “Fiel a mim” da cantora Eyshila. Por mais que o louvor seja lindo (e é mesmo) não justifica terminar o refrão repetindo tamanha heresia. E milhares estão repetindo isto, culto após culto:

“A vitória vem, mesmo que pareça que é o fim
Pois Tu és fiel, Senhor, fiel a mim”

Por que não dizer o contrário? Isto sim seria bíblico e mais louvável:

“Mesmo que a vitória não venha e seja o fim
Permanecerei fiel, Senhor, fiel a Ti.”

Ah, claro, esqueci. Neste caso, a música não faria sucesso. Afinal de contas, o povo não está interessado em ser fiel a Deus, mas em ter vitória em seus alvos materialistas.

Mas, apesar de tudo, e apesar do homem ser infiel, Deus permanece fiel:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)

Deus é fiel à sua Palavra: somos justificados por meio de seu Filho, Jesus Cristo. Que alívio! E de nada mais precisamos, senão de sermos também fiéis a Ele, mediante tão grande prova de amor.

Por Alan Capriles