17 fevereiro 2015

POR QUE CANCELEI MEU PERFIL NO FACEBOOK

Por Alan Capriles

A notícia de que eu cancelaria meu perfil no Facebook causou mais surpresa a mim mesmo do que nos 791 contatos que eu mantive até Fevereiro de 2015. Digo isso porque durante os últimos quatro anos eu havia sido um usuário bastante ativo, publicando textos diariamente , criando álbuns de fotos, curtindo e compartilhando assuntos que eu julgava interessantes. Além desse uso, que é o habitual, o Facebook ainda facilitou muito a divulgação de minhas outras páginas na internet, tais como meu blog, site e perfil no YouTube. E mesmo eu nunca tendo gostado muito de bate-papo pela internet (por isso eu sempre entrava off-line) reconheço que o Facebook ainda foi uma ferramenta bastante útil e prática na comunicação com diversos contatos, especialmente com os amigos mais distantes. Aliás, por falar em amigos, creio que o melhor de tudo foi reencontrar no Facebook amigos que eu não via desde a época da escola – e com os quais me encontrei depois pessoalmente. Pois bem, como se vê, não havia qualquer indício de que eu estivesse insatisfeito com essa rede social. Mas a verdade é que eu estava insatisfeito. Muito insatisfeito.

Agora que escrevo com mais liberdade, pois no Facebook a gente não pode escrever muito (senão ninguém lê) posso explicar melhor as razões de minha saída:

#1 – O Facebook não é grátis.
Nós pagamos pelo Facebook. Pagamos com nossas informações pessoais, que são vendidas para empresas associadas ao Facebook. Não gosto de me sentir usado, como se fosse um produto, mas é isso que realmente somos nessa rede social comercial.

#2 - Não há privacidade no Facebook.
Tudo que publicamos nessa rede pode ser acessado segundo os interesses da empresa e dos governos aos quais ela se associa, a começar pelos EUA. Em outras palavras, no Facebook (que já conta com mais de 1,4 bilhão de usuários) estamos mais expostos e vulneráveis do que em qualquer outro ambiente virtual. Não gosto de me sentir monitorado. Além disso, tanto poder assim nas mãos de uma só empresa... Certamente isso não vai acabar bem.

#3 – Não há realidade no Facebook.
Como analisou muito bem um amigo, no Facebook “as pessoas são mais bonitas (escolhem as fotos), são mais inteligentes (copiam coisas legais), são mais religiosas (colocam textos da bíblia), são mais sociais, pois interagem com todos (não precisam dizer verdades, pois aqui somos todos personagens)." Pois bem, cansei dessa farsa. Prefiro lembrar que as pessoas são pessoas, e não semideuses que nunca sofrem, que estão sempre sorrindo. Aliás, estudos comprovam que esse hábito de só publicarmos fotos felizes aumenta a depressão em usuários que tem essa tendência. De fato, certa vez visitei uma pessoa que estava deprimida e que me disse não compreender como todos eram felizes, menos ela. Perguntei de onde havia tirado essa ideia absurda, ao que me respondeu: “Do Facebook, é claro.”

#4 – O Facebook toma muito de nosso tempo.
Não conheço nada que tenha mais sucesso em nos distrair e tomar nosso tempo que o Facebook. Dizem que o WhatsApp também é assim, mas como nunca usei (e nem pretendo usar) não posso afirma-lo. Mas quero revelar minha própria experiência: quantas vezes liguei o computador a fim de realizar algum trabalho, mas não consegui concluí-lo (ou sequer começa-lo) por cometer o erro de primeiro dar uma espiadinha no Facebook. Essa rede nos fisga de tal maneira que a gente se esquece de tudo e não sente o tempo passar! Confesso que antes de ser usuário desta rede eu conseguia produzir muito mais artigos, estudos e vídeos, pois meu tempo era mais bem aproveitado. Agora que estou novamente livre do Facebook espero voltar a ser produtivo como antes.

#5 – O Facebook causa mal entendidos.
Aceitei pessoas demais como "amigos" e acabei não conseguindo acompanhar todo mundo. Como resultado, eu curtia algo aqui e não curtia ali - não porque eu desprezasse a pessoa que publicou, mas simplesmente porque não me apareceu a sua publicação. Mas nem todos compreendem isso, de tal modo que por mais de uma vez me perguntaram: por que você não curtiu o que eu postei? Sinceramente, cansei disso também...

#6 - O Facebook nos torna narcisistas.
Como qualquer outra rede social, o Facebook faz com que nos sintamos na obrigação de nos mostrarmos bonitos, inteligentes, engraçados e vitoriosos para todo o mundo. Com o tempo, passamos a ser mais amantes de nós mesmos do que deveríamos ser. Confesso que antes do Facebook eu me sentia mais humilde e menos dono da verdade.

#7 – O Facebook gera discórdias.
Muito do que escrevemos em postagens e comentários é mal compreendido e acaba gerando desavenças desnecessárias. Minha relação com alguns bons amigos ficou prejudicada por causa disso – um preço alto demais para se pagar. Além disso, cansei de ver pessoas a quem quero bem escrevendo indiretas a minha pessoa em suas postagens. E se porventura não foram indiretas, se tudo não passou de um mal entendido, fica comprovado que o Facebook é isso mesmo que eu disse: um causador de discórdias.

#8 - O Facebook não é uma rede social.
Poderíamos avaliar corretamente o Facebook como um instrumento antissocial, pois o fato é que essa rede questionavelmente "aproxima" quem está longe, mas literalmente afasta quem está perto – como, por exemplo, minha esposa, meus filhos e melhores amigos. Prefiro perder o Facebook a perder minha família e aqueles que precisam de minha real companhia.

Todos os motivos acima são verdadeiros, mas ainda tem mais uma coisa. Eu não seria completamente honesto se omitisse o fator espiritual, ou seja: sinto que Deus me direcionou a sair desta rede. E talvez porque, como seguidor de Cristo que sou, não seja mesmo possível conciliar o Facebook com certos mandamentos de Jesus, tais como o "negue-se a si mesmo", ou a proibição de me exaltar. Além disso, o mundo não é uma curtição, tal como o botão “curtir” do Facebook tenta nos fazer acreditar. Há uma mensagem subliminar nisso e me parece que poucos estão percebendo como essas curtidas afetam nosso ser. O fato é que o Facebook não nos deixa mais inteligentes, mas talvez nos torne mais bobos. Não quero ofender ninguém, mas se você também é um seguidor de Cristo, desperte para a seriedade de nossa missão e deixe essa brincadeira tola para trás. Muitos cristãos dizem que estão evangelizando pelo Facebook, mas a realidade é que ninguém se converte dessa forma. Evangelizar numa rede como essa, repleta de porcarias, é como falar de Jesus no meio de um bloco de carnaval. Ninguém sequer escutará você! Pode ser que por um segundo alguém pense em algo que você escreveu, mas logo em seguida se apagará de sua memória, pois ela estará dando gargalhadas por alguma outra publicação.

Mas, sinceramente, não quero influenciar ninguém. Se você é mais forte do que eu, glorifico a Deus por isso. Porém, quanto a mim, senti que o Facebook estava fazendo mal para a minha alma, para a minha família e para o meu ministério. Senti que eu precisava fazer uma escolha. E, é claro, escolhi obedecer a Jesus.

Alan Capriles

P.s.: Em 15 de Fevereiro de 2015 cancelei meu perfil pessoal no Facebook, mas, atendendo a pedidos, mantive uma página chamada A Verdade em Amor para divulgar textos como esse, ou minhas pregações. Não se trata de um perfil, no entanto, essa página também será excluída após cumprir seu papel.


02 fevereiro 2015

A CRUZ DO FACEBOOK


Por Alan Capriles

Dentre os mais de um bilhão de usuários do Facebook, certamente já ocorreu a mais alguém a seguinte pergunta:

- Por que a logomarca da maior rede social do mundo é um f minúsculo e não maiúsculo, como seria de se esperar?

Pensar nisso nos conduzirá, inevitavelmente, a uma nova questão:

- O que não há na imagem do F maiúsculo para que o mesmo fosse descartado da logomarca do facebook?

Após refletir um pouco, nada mais encontrei senão isto: a similaridade do f minúsculo com o formato de uma cruz. Ora, no maiúsculo isso não acontece. Não estou sugerindo que o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, seja cristão. Ele mesmo declara ser ateu. Mas, então, por qual motivo um ateu permitiria a ideia da cruz na logomarca de sua empresa? Antes de arriscarmos uma resposta, consideremos que a letra f minúscula, embora lembre o formato de uma cruz, não é uma cruz perfeita, mas encurvada na parte superior. Isso me levou a pensar se existiria algum tipo de cruz com esse formato específico.

Qual não foi minha surpresa ao lembrar-me do falecido papa João Paulo II. Ele costumava carregar um estranho cajado, o qual continha no alto um enorme crucifixo que se entortava na ponta. A preferência desse papa por um crucifixo com esse formato gerou bastante polêmica na época de seu pontificado. E não é pra menos: o crucifixo vergado teria sido uma criação de satanistas no século VI para distorcer a imagem de Cristo e representar a marca da besta em seus rituais.[1]


Mas a logomarca do Facebook tem ainda maior semelhança com outro aparato, também utilizado por adeptos do satanismo. Trata-se da chamada cruz da confusão, ou cruz satânica. Segundo sites que estudam o ocultismo, a parte encurvada representa um ponto de interrogação, cujo propósito seria questionar a eficácia do sacrifício de Jesus na cruz pela salvação da humanidade.[2] 

Essa interrogação aparece na parte de baixo porque no satanismo toda cruz é representada de forma invertida. Mas, ao ser novamente colocada na posição correta, torna-se evidente a semelhança com a logomarca do Facebook.

Até mesmo o tom azulado dessa logomarca não ocorreria por acaso, pois o azul é a cor que se relaciona diretamente com Lúcifer nas práticas ocultistas.[3] Aliás, a cruz satânica ainda representaria os três príncipes infernais: Satanás, Belial e Leviatán. Exatamente por isso quem se utiliza dessa cruz estaria indicando sua completa sujeição a Lúcifer.[4]

Confesso que, ao chegar nesse ponto de minhas pesquisas, meu primeiro impulso foi concluir que tudo isso não passa de uma grande coincidência. A cor azul, por exemplo, predominante no Facebook, não seria por causa de uma consagração dessa rede social a Lúcifer, mas sim porque Mark Zuckerberg possui um tipo raro de daltonismo, que o impede de fazer distinção entre o vermelho e o verde.[5]

Mas o que me manteve intrigado foi descobrir que há indícios de que Zuckerberg seja mesmo praticante de ocultismo. Um dos exemplos mais convincentes ocorreu durante uma entrevista, na qual ele precisou retirar sua jaqueta, pois estava banhado em suor.[6] Sem que ele tivesse tempo de reagir, a repórter tomou de suas mãos a jaqueta, na qual se revelou algo inesperado e muito estranho: escondido na parte interior da mesma havia um enorme desenho circular, com inscrições e uma estrela de seis pontas ao centro com o número 2010. Impossível ver essa imagem e não pensar em algo como magia negra, ou satanismo - especialmente se considerarmos que 2010 foi considerado o melhor ano para o Facebook e também para seu criador, que foi eleito a personalidade do ano pela revista Time. [7]

Ainda reluto contra essa ideia, pois me parece absurdamente fantasiosa. Senão, vejamos: a logomarca do Facebook seria propositalmente um f minúsculo para que se pareça com uma cruz satânica, chamada de cruz da confusão; essa cruz, por sua vez, representa uma ligação com Lúcifer, cuja cor é o azul; não por acaso, o azul é a cor predominante do Facebook, a qual ninguém pode alterar (diferentemente do extinto Orkut); tudo isso seria um indício do pacto que Zuckerberg teria feito com Lúcifer para obter sucesso a nível mundial; o estranho desenho na jaqueta do criador do Facebook confirmaria sua prática ocultista; no centro da imagem, 2010, considerado como o melhor ano do Facebook

Acho que fui mesmo longe demais... Eu mesmo não consigo acreditar em nada disso! Por outro lado, durante minhas pesquisas me deparei com duas coincidências que não consigo desconsiderar:

A primeira delas é o improvável (mas talvez não impossível) propósito que haveria no Facebook de se gerar confusão entre os homens. De fato, essa rede social tem trazido perturbação na vida de milhares de pessoas. Se por um lado o Facebook “aproxima” quem está longe, por outro afasta quem está perto. Tenho certeza que a maioria dos leitores conhece pelo menos um caso de briga conjugal, ou mesmo de adultério, no qual o Facebook faça parte da história. Sem se falar no vício que essa rede social tem gerado na vida de pessoas que já não conseguem mais viver em sociedade, nem mesmo com familiares que vivem sob o mesmo teto. Alguém dirá que tais pessoas fazem mau uso do Facebook. Mas, pergunto eu, como seria o bom uso? A invenção do botão “curtir”, por exemplo, tem gerado mais discórdias do que amizades. E a necessidade inconsciente de se curtir tudo que seus “amigos” publicam tem tomado cada vez mais o precioso tempo dos usuários. Sem se falar nos comentários, que geralmente são mal interpretados (pois também são mal escritos) e acabam gerando confusão nos relacionamentos onde antes havia paz.  Como se não bastasse, muitos parecem ficar paranoicos na rede, compartilhando tudo que lhes está ocorrendo, chegando ao absurdo de publicar até mesmo a foto do que estão para comer! Esses, que já não conseguem viver desconectados, talvez não percebam que tal conexão é que lhes tem roubado a verdadeira vida.[8]

A segunda e última coincidência seria o suposto propósito de se questionar a eficácia do sacrifício de Jesus pela salvação da humanidade. De fato, poucas coisas são tão deprimentes para um pastor (como é o meu caso) quanto se examinar no Facebook a linha do tempo de certas pessoas que se dizem cristãs. Impossível não me questionar se foi para isso que Jesus morreu na cruz, ou seja, para gerar esse tipo de discípulos, que vivem completamente distraídos de sua missão. Se o Facebook é mesmo um terreno maligno, deveríamos entrar nele como sabotadores do seu propósito de aprisionar as pessoas – e não como seus usuários mundanos, que compartilham das mesmas porcarias que a maioria tem curtido.

Será que estou sugerindo que o diabo esteja por detrás disso? E não somente disso, mas também de outras redes similares, tais como Twitter e WhatsApp, que igualmente tem aprisionado milhões de almas no vício da internet? Bem, seja você crente, satanista, ou mesmo ateu (como se diz o criador do Facebook), de uma coisa podemos ter certeza, e nisso eu acho que todos nós estamos de acordo:

Deus não tem mesmo nada a ver com isso.

Alan Capriles

Notas

[1] "Vejamos o que diz o autor católico Piers Compton, em seu livro The Broken Cross: Hidden Hand in the Vatican, Neville Spearman, 1981. Este crucifixo vergado é "... um símbolo sinistro, usado pelos satanistas no século VI, que foi novamente colocado em uso ao tempo do Concílio Vaticano II. Nesse crucifixo vergado, era exibida uma figura repulsiva e distorcida de Cristo, que todos os praticantes de magia negra e feiticeiros da Idade Média usavam para representar o termo bíblico "Marca da Besta". Entretanto, não somente o papa Paulo VI, mas seus sucessores, os dois Joões, João Paulo I e João Paulo II, carregavam esse objeto e o exibiam para ser reverenciado pelas multidões, que não tinham a menor idéia que representa o Anticristo." (pág. 72). Na página 56, Compton mostra uma fotografia do papa João Paulo II, segurando essa cruz vergada, exatamente como mostramos aqui."

[2] "O ponto de interrogação, logicamente, questiona a divindade de Cristo e a validade do Seu sacrifício na cruz do Calvário. É usada pela Nova Era e pelo Satanismo."

[3] "A cor de Lúcifer é azul, azul-elétrico. A maioria dos demônios também tem a aura azul. Aqueles de nós que viu o Inferno concorda que ele tinha uma aura azul. USE AZUL."
http://alegriadesatan.weebly.com/ritual.html

[4] "En el marco del ocultismo representa a tres príncipes infernales: Satanás, Belial y Leviatán. Connota una completa sujeción a Lucifer, y era antiguamente usado por los romanos."

[5] "Segundo Zuckerberg, azul é a cor dominante do Facebook porque é a cor que ele mais enxerga. “Azul é a cor mais rica para mim – eu posso ver todo o azul”, disse."

[6] Vídeo com a entrevista:
http://youtu.be/G4XGbZ7IrC8


[8] Dica de leitura: VERTIGEM DIGITAL - Porque as redes sociais estão nos dividindo, diminuindo e desorientando. Andrew Keen - Editora Zahar.
http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos/r1331.pdf