ASSOMBROSA PROFECIA NO APÓCRIFO LIVRO DA ASCENSÃO DE ISAÍAS

Por Alan Capriles

A profecia que será revelada a seguir encontra-se no “Livro da Ascensão de Isaías”, um apócrifo do Antigo Testamento, que remonta ao primeiro século. Consiste em detalhes acerca do martírio do profeta Isaías, visões messiânicas e apocalípticas que ele teria tido e, principalmente, trata de seu arrebatamento em espírito aos céus. Sucessivos Concílios recusaram a inspiração divina desse livro por causa de seu caráter esotérico.

O trecho do Livro da Ascensão de Isaías que apresento abaixo é uma profecia que surpreende por sua exatidão. A impressão que temos é a de que o “profeta” vislumbrou nosso tempo, especialmente a crise na qual se encontra a igreja cristã. O desprezo pelas escrituras, a disputa por cargos ministeriais, a negligência e opressão pastoral, o anseio pelas riquezas, a distorção do evangelho, o mundanismo na igreja e as divisões entre seus líderes – tudo isso revelado com assombrosa precisão.

Confira e tire suas próprias conclusões:
E mais tarde, na ocasião do segundo advento, os discípulos negligenciarão a doutrina dos doze apóstolos e alterarão sua fé piedosa e querida.

E haverá muitas discussões sobre o seu primeiro e sobre o seu último advento.

E muitos, nesses dias, lutarão pelos cargos sem ter a sabedoria que os torne dignos destes.

E veremos anciãos iníquos, pastores rapaces oprimindo suas próprias ovelhas; os santos pastores negligenciarão seus deveres mais sagrados.

E muitos haverão de trocar suas nobres vestimentas de santo pelo hábito daqueles que possuem as riquezas. Haverá distinção de pessoas, e muitos procurarão os homens deste mundo.

Haverá calúnias e caluniadores que não se regozijarão com a aproximação do Senhor, e muitos serão privados das luzes do Espírito Santo.

E só haverá, nesses dias, poucos profetas que, em diferentes lugares, anunciarão as grandes verdades.

Por causa do espírito falso e da fornicação, do espírito de ignomínia e da avareza que inspiram aqueles que dizem: “Tornai-vos escravos do ouro e daqueles que o possuem!”

E sentimentos de ódio intenso surgirão entre os pastores e os anciãos.

E a cobiça apoderar-se-á da maioria dos corações, e cada um só falará dos objetos do seu desejo.

E serão negligenciados os oráculos dos santos profetas que existiram antes de mim, e serão negligenciadas as minhas profecias, e as pessoas entregar-se-ão ao turbilhão de seus corações.
(Livro da Ascensão de Isaías, cap. 3:21-31)

Comentários

Rô Moreira disse…
Caramba, caráter esotérico?? isso que eu chamo de revelação, realmente tudo isso acontece em nosso dias Alan. Muito bom!
Sensatez disse…
Paz,
Pena essa profecia não estar na Bíblia,muitos dos enganados que seguem após esses lobos vorazes,talvez tivessem a chance de reconhecê-los com mais facilidade,pois conseguem levar em roda um grande número de incautos,primeiro por falta de disciplina dos mesmos,que sem leitura Bíblica estão cada dia mais longe da verdade,depois a falta de conhecimento dos escritos Apócrifos que também ensinam e alertam em muitas situações ,seria muito proveitoso se houvesse mais divulgação dos mesmos,desde que claro com assuntos sérios e relevantes,que creio estarei lendo por aqui.
Abraço em Cristo!!
Anônimo disse…
Meu amigo, se este livro realmente existiu ANTES, há mais de 2000 anos, só posso dizer: KARAKAS! Abração.
Alan Capriles disse…
Pois é, amigos

Minha reação quanto a esta profecia também foi mais ou menos igual a de vocês: caramba, karakas! Por isso intitulei como "assombrosa" profecia.

Curioso foi como o Senhor me levou até ela. Eu já lera esse livro apócrifo há mais de 20 anos atrás, mas na época essas palavras ainda não eram tão fortemente a realidade que vemos hoje. Mas ontem, logo pela manhã, quando eu guardava minha Bíblia na estante, senti uma forte atração para pegar o livro que contém os apócrifos. E, claro, abri na página dessa profecia. Fiquei chocado. Imediatamente quis compartilhar com vocês o conteúdo.

E vem mais por aí!
Alan Capriles disse…
A paz, Rita!

Apesar do Livro da Ascensão de Isaías não estar na Bíblia, cada versículo dessa profecia encontra respaldo bíblico. Mas muitos não lêem, ou não prestam atenção nessas profecias, que claramente denunciam a crise que hoje vemos na igreja.

Particularmente, creio que o autor desse livro apócrifo se serviu de profecias dos livros que hoje estão na Bíblia, reunindo-as dentro de um mesmo texto, o que torna seu efeito mais impactante do que quando lidas em separado. Claro que o autor também alterou as palavras, para que o plágio não fosse descoberto.

Só nos resta essa opção acima, ou crer que o Livro da Ascensão de Isaías seria mesmo inspirado por Deus.

Um forte abraço, na paz do Senhor Jesus!
Rô Moreira disse…
Creio que isso foi uma avaliação feita em época diferente. Mas isso não quer dizer que não seja também inspirado. Paz!
René disse…
Alan,

Gosto muito de ler e creio que devemos ler de tudo, fazendo as devidas ponderações, sempre tendo a Palavra do Senhor como parâmetro. E a leitura de apócrifos não é diferente.

Quanto a essa profecia, parece, sim, ter sido inspirada pelo Senhor, afinal, tem se tornado realidade. No entanto, creio que o profeta que a revelou não teve coragem pra se revelar como profeta, creditando-a a Isaías. Explico o porquê: os profetas vetero-testamentários não tiveram a visão dos dois adventos de Jesus em separado. O que lhes foi permitido ver foi o advento de Jesus, tanto em humilhação, quanto em glória, mas sem compreenderem que seriam dois adventos. E o Senhor assim o fez, porque o próprio mistério da Igreja estava oculto nesse fato. Este era um segredo que o Senhor não quis compartilhar com ninguém, durante todo aquele período. Assim, como a profecia cita claramente a existência de dois adventos, é de se supor que ela tenha sido escrita já no período neo-testamentário. O que, na minha opinião, não tira seu valor, apenas indica outro autor.

Abração e continue na Paz!
Alan Capriles disse…
Amado René

Também creio que estamos diante de um texto inspirado, ainda que eu não possa dizer o mesmo a respeito de todo o restante do Livro da Ascensão de Isaías, pois há trechos que contradizem as Escrituras.

Como você mesmo percebeu, trata-se de um texto escrito no período neo-testamentário. O cardeal Tisserant estima que tenha sido redigido entre 88 e 100 d.C.

Avento a hipótese de que esse trecho do livro, publicado aqui, tenha sido realmente inspirado e acrescido ao restante do livro, por alguém que dele se aproveitou. Mas é apenas uma hipótese.

É gratificante receber seus comentários a esse respeito, bem como dos demais irmãos, pois esse é um assunto meio proibido no meio evangélico, e até mesmo desconhecido da maioria. É muito bom ter alguém com quem conversar sobre isso.

Um forte abraço, amigo, na paz do Senhor Jesus!
Anônimo disse…
Alan, se é proibido no meio, aproveitemos que estamos fora do meio e absolutamente atolados em Jesus e vamos examinar tudo. Eu já li alguns apócrifos do Novo Testamento, mas nenhum dos que eu li deu liga; num deles, não me lembro qual, pois já fazem anos, narrava uma estorinha que Jesus brigava com as crianças e as vezes matava os bichos de estimação delas, aí José bronqueava com Ele e aí Ele ressuscitava o bichinho. Noutro narra o nascimento dEle numa caverna e a forma que ocorreu para Maria continuar virgem e por aí vai. Nunca havia lido nada coerente em apócrifos. Estou adorando, manda ver. Obrigado, forte abraço.
Alan Capriles disse…
É verdade, Cláudio. Existe muito absurdo nos apócrifos. Precisamos ter cuidado. Tentarei selecionar apenas o que trás algo que edifique. Já estou preparando uma nova publicação.
Um forte abraço, amigo.
Diego Lopes disse…
Grande Alan! Olá!
Recebi um selo de qualidade no meu blog (http://paixao-e-compaixao.blogspot.com).
De modo a não deixar morrer a corrente e também premiar o seu blog, eu estou te dando esse selo. Passe lá no blog e pegue! O seu blog faz a diferença!
Espero que o seu excelente conteúdo alcance a outros, como me alcançou!
http://paixao-e-compaixao.blogspot.com/2011/02/selo-de-qualidade.html
Abçs!
Unknown disse…
Olá! Pr. Alan, Graça e Paz...

Muito bom este trecho do livro da ascensão de Isaías, e por que não dizer, profético e atualissimo, ainda que apócrifo, mas com muita realidade para os nossos dias,talvez, pudéssemos classifica-lo,como parcialmente inspirado, pelo menos nesta parte,
já que o restante do livro não tem compromisso com a revelação Bíblica.
Eu em particular, gosto muito de alguns trechos de alguns livros apócrifos, e creio que eles são proveitosos, que sejam proféticos, ou históricos, porém devemos tomar muito cuidado com estes livros, porque os seus textos na maioria, não são apenas espúrios, mas também, mal intencionados.
Gostaria de acrescentar ao meu comentário, o comentário do irmão Walter Andrade Campelo, do Site Luz para o Caminho, pois eu gostei muito de como ele abordou este assunto, o qual devido ao conteúdo, farei em duas etapas.

Seu comentário:
Primeira parte

Cânon
"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (II Timóteo 3:16 ACF1).
Desde que o homem iniciou o processo de escrita daquilo que por Deus era ordenado, houve a necessidade de se distinguir entre o que era escrito por inspiração divina e o que era escrito meramente por vontade humana. O Espírito de Deus agia de modo a que a pessoa que estava escrevendo tivesse clara noção de que o que ela escrevia era texto autoritativo, ou seja, que estava falando em nome de Deus, logo o que era escrito, era Palavra de Deus. Da mesma forma aqueles que estavam com esta pessoa, também tinham esta noção, proveniente da mesma origem: O Espírito Santo de Deus.
Ao conjunto dos livros que foram reconhecidos como tendo sido escritos desta forma, damos o nome de cânon bíblico. A palavra cânon é proveniente da palavra gregakanwn, que significa cana, junco, bastão ou vareta. Desta forma significando algo que deve estar reto ou ser mantido reto, e assim algo que mede ou que pode ser medido. O termo veio a ser aplicado às Escrituras, para denotar que elas continham a regra autoritativa de fé e prática, o padrão de doutrina e dever2. Parece ter sido Atanásio (séc. IV) o primeiro a tratar a palavra com este sentido. São, portanto chamados de canônicos os livros que foram inspirados por Deus, os quais compõem as Escrituras Sagradas.
Unknown disse…
Segunda parte do comentário

Apócrifo
A palavra "apócrifo" tem origem na palavra grega apokrufov que significa, segundo o léxico de Liddell e Scott, algo "escondido", "secreto", "obscuro", "de difícil compreensão", e é aplicada a textos que têm sua autenticidade incerta ou a escritos cuja autoria é desconhecida ou questionada.
Tanto na teologia judaica quando na cristã, o termo "apócrifo" se refere a qualquer porção de texto pretensamente escriturística, mas que não correspondendo à regra estabelecida para a determinação de um livro como canônico, ficou fora do cânon oficial, sendo considerada, portanto, como um texto cujo conteúdo é espúrio ou falseado, não devendo ser levado em consideração na formação de quaisquer ensinos doutrinários, ou no estabelecimento de quaisquer práticas eclesiásticas.
Uso atual dos apócrifos
Mesmo havendo, em geral, um consenso sobre este assunto entre o povo de Deus, desde tempos remotos, a sociedade em geral não tem este conceito plenamente solidificado, ou claramente compreendido, como conseqüência disto sempre houve escritos seculares que tentam tratar os livros apócrifos como tendo o mesmo grau de autoridade que um texto canônico, ou como tendo ainda maior autoridade, ocorrência esta que tem crescido em quantidade e em vigor nos últimos tempos, como acontece, por exemplo, com o livro (e filme) intitulado "O Código DaVinci" de Dan Brown, o qual baseia muito de sua argumentação em textos apócrifos.
E pior, criou-se, por força do grande misticismo pós-moderno, uma "corrida" aos apócrifos (inclusive por alguns estudiosos cristãos). São pessoas que equivocadamente supõem haver nos livros apócrifos alguma nova "revelação" ou "informação pertinente". Contudo, esta busca é algo extremamente perigoso, uma vez que confiar em informações prestadas por um livro que desde os primórdios do cristianismo foi considerado como sendo falso e espúrio é, para dizer pouco, um ato de grande insensatez. Quem confia no que diz uma testemunha que, sabidamente, ao longo do tempo tem mentido e enganado? Ela pode em algum momento até dizer uma verdade, mas como saber? Como se ter certeza? Lembremo-nos da fábula do menino e do lobo! Em verdade, não é possível ter-se confiança naquilo que diz um livro apócrifo. Sua leitura pode, até certo ponto (DIANTE DE EXTREMA CAUTELA), ser ilustrativa em alguns aspectos, mas, nunca deve ser tomada como tendo autoridade, ou verdade reservada, ou revelação. Deve-se ter absoluto cuidado para não se ter à fé abalada por quaisquer informações encontradas nestes livros. Muitos deles foram escritos exatamente com este objetivo em mente, qual seja, enfraquecer ou abalar a fé dos leitores na Santa Palavra de Deus.

Desculpe o tamanho exagerado do meu comentário, pois o assunto é polemico, mas Finalizando, contudo, quero encorajá-lo a continuar publicando os livros apócrifos, principalmente aqueles que traz dados históricos, já que para questão de fé, devemos nos conformar com os textos divinamente inspirados e canônicos, conforme nos orienta a santa palavra em 2Pe-1:19-21.
Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. (ARA).

Espero novas pérolas, no amor de Cristo, um forte abraço.
Deus te abençoe...
Rô Moreira disse…
Jesus brigava com as crianças e as vezes matava os bichos de estimação delas, aí José bronqueava com Ele e aí Ele ressuscitava o bichinho.
kkkkkkkkk
Vamos ter cuidado então gente!
João Carlos disse…
Karacas é lingua estranha né?

Brincadeira...

Alan, como você vê, só agora estou tendo tempo de ler seus excelentes textos meu amado.

Quanto ao dito "livro apócrifo" falar o quê? Só por este trecho que você nos brindou já dá pra ver que deveria estar no cânon da nossa amada bibliazinha...

Forte abraço,

JC
Alan Capriles disse…
Valeu JC !

Fico feliz em tê-lo por aqui. Acabo de ler seu perfil e vejo que temos algumas coisas em comum, além do amor a Jesus e seu evangelho. Quem sabe algum dia joguemos uma partidinha de xadrez ao som do U2? Seria ótimo!

Um forte abraço, na paz de Cristo!
Alan Capriles disse…
Amado Fábio

Agradeço imensamente por seu comentário, que, apesar de longo, é muito importante para que tenhamos cautela nesse terreno movediço dos livros apócrifos.

Aproveito pra agradecer também à nossa amiga Rô. De forma divertida e breve ela conseguiu exemplificar porque devemos ter cuidado com esses textos.

Que Deus nos dê discernimento para separarmos o verdadeiro do falso.

Graça e paz!