tag:blogger.com,1999:blog-319546032024-02-21T01:14:54.891-03:00Alan CaprilesUnknownnoreply@blogger.comBlogger195125tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-13010058372160109682023-02-07T09:51:00.011-03:002023-02-07T14:05:51.983-03:00OS COMERCIANTES DA FÉ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMsY3VMrxV2h0aQGxzaR-z0IONs2SMwjGETp_uZWOoW1dX4vHH_x_nlgPjj25bwzR6XAImoAZnJLiYdb2R_XuC5TNA-QG0jTFMg_TTLAD88LH-fVKVIguNIZy0iXa6qfPso0wyd-9AmXFJ_JAw3O5uSXo9rQvePJLdqtG5E_BDuHXFpJqBOQ/s793/2023-02-07%20(2).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="547" data-original-width="793" height="442" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMsY3VMrxV2h0aQGxzaR-z0IONs2SMwjGETp_uZWOoW1dX4vHH_x_nlgPjj25bwzR6XAImoAZnJLiYdb2R_XuC5TNA-QG0jTFMg_TTLAD88LH-fVKVIguNIZy0iXa6qfPso0wyd-9AmXFJ_JAw3O5uSXo9rQvePJLdqtG5E_BDuHXFpJqBOQ/w640-h442/2023-02-07%20(2).png" width="640" /></a></div><p style="text-align: left;"><i>"Movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." 2 Pedro 2:3</i></p><p>Por favor, reflitam sobre isto:</p><p>Alguém consegue imaginar o nosso Senhor Jesus Cristo cobrando para pregar, ou ensinar a Palavra de Deus? </p><p>E alguém consegue imaginar qualquer um dos apóstolos cobrando para pregar o evangelho, ou ensinar o que aprendeu com o Senhor? </p><p>E alguém consegue imaginar os autores bíblicos cobrando para conceder acesso àquilo que escreveram inspirados pelo Espírito Santo, sendo que não há qualquer escrito mais valioso em todo o Universo? </p><p>Tudo isso eles nos deram de graça, embora tenham sofrido para fazê-lo, mas esse foi um custo prazeroso, pois sabiam estar obedecendo a Deus. Como pode então alguém se achar superior aos apóstolos e mesmo ao Senhor Jesus Cristo achando-se no direito de cobrar para se ensinar a santa Palavra de Deus? </p><p>Pois bem, aqueles que cobram para pregar, ou por seus cursinhos bíblicos (ou sobre como escapar da grande tribulação - a modinha atual) terão que prestar contas com Deus por fazerem da santa Palavra de Deus um negócio. <b>Ao cobrarem para compartilhar o ensinamento bíblico eles estão deixando de fora os mais pobres, que não tem condições de lhes pagar</b>. A verdade, porém, é que tais "mestres" não se importam com essas pessoas carentes, pois não há neles o verdadeiro amor de Deus, mas apenas interesse financeiro. Sendo assim, não se deixe enganar: esses comerciantes da fé, por mais famosos que sejam, receberão o merecido castigo da perdição eterna se não se arrependerem! </p><p>A justificativa dada por esses "mestres" é que eles necessitam cobrar, pois tiveram que gastar dinheiro com livros e equipamentos tecnológicos, além do tempo investido para escrever e gravar vídeos. Sabemos de tudo isso, mas o que a Palavra nos ensina é que aqueles que ensinam essa mesma Palavra o façam voluntariamente, não por torpe ganância, pois os que estão aprendendo irão também ofertar espontaneamente, se puderem fazê-lo, mas sem qualquer cobrança ou constrangimento por parte dos seus mestres — assim como os apóstolos não rejeitavam as ofertas que espontaneamente recebiam, porém não cobravam pelo que estavam ensinando. O problema é que <b>esses mesmos comerciantes da fé não tem suficiente fé para confiar que Deus irá tocar no coração dos seus alunos para lhes enviar alguma oferta</b>. E assim se assemelham aos ímpios e mundanos, que tudo fazem cobrando e por amor ao dinheiro. </p><p>Que não nos esqueçamos disto:</p><p><b>O verdadeiro discípulo de Cristo não é aquele que meramente se diz cristão e conhecedor da Palavra de Deus, mas sim aquele que realmente segue os passos de Cristo, não ousando fazer algo que não consiga imaginar o seu Mestre e Senhor fazendo.</b> </p><p>- Alan Capriles.</p><p><b>A DEUS TODA GLÓRIA</b>!</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-7111578094256764642020-07-30T14:29:00.002-03:002020-09-04T10:45:17.777-03:00Cristo, não César, é Cabeça da Igreja<p style="text-align: right;">Por John MacArthur / 24,Jul,2020</p><h4 style="text-align: left;">Um Caso Bíblico para o Dever da Igreja Permanecer Aberta</h4><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8CcUz2ysX1iyeEHMvf1iWuP8uoF821h9TdoKYEH5pb9PWbe-wMmpcnCuPplxO7Q8r_td6Fm2oKF0vqx6Y4E0fY7Y-dCje-ZfkCdMk3eA6GJWKUDWCgT3iwbCUFfPW2nr9gEXG/s1280/john+macarthur.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8CcUz2ysX1iyeEHMvf1iWuP8uoF821h9TdoKYEH5pb9PWbe-wMmpcnCuPplxO7Q8r_td6Fm2oKF0vqx6Y4E0fY7Y-dCje-ZfkCdMk3eA6GJWKUDWCgT3iwbCUFfPW2nr9gEXG/s320/john+macarthur.jpg" width="320" /></a></div>Cristo é o Senhor de todos. Ele é o único verdadeiro chefe da igreja (Efésios 1:22; 5:23; Colossenses 1:18) Ele também é Rei dos reis - soberano sobre todas as autoridades terrenas (1 Timóteo 6:15; Apocalipse 17:14; 19:16) A Grace Community Church sempre se manteve imutável sobre esses princípios bíblicos. Como Seu povo, estamos sujeitos à Sua vontade e ordens, conforme revelado nas Escrituras. Portanto, não podemos e não concordamos com uma moratória imposta pelo governo em nosso culto congregacional semanal ou em outras reuniões corporativas regulares. O cumprimento seria desobediência aos mandamentos claros de nosso Senhor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Alguns pensam que uma afirmação tão firme está inexoravelmente em conflito com a ordem de estar sujeita às autoridades governamentais estabelecidas em Romanos 13 e 1 Pedro 2 . As escrituras exigem obediência cuidadosa e conscienciosa a toda autoridade governante, incluindo reis, governadores, empregadores e seus agentes (nas palavras de Pedro, “não apenas para quem é bom e gentil, mas também para quem não é razoável” 1 Pedro 2:18). Na medida em que as autoridades governamentais não tentam afirmar autoridade eclesiástica ou emitir ordens que proíbem nossa obediência à lei de Deus, sua autoridade deve ser obedecida, se concordamos ou não com suas decisões. Em outras palavras, Romanos 13 e 1 Pedro 2 ainda atam as consciências de cada cristão. Devemos obedecer às nossas autoridades civis como poderes que o próprio Deus ordenou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, enquanto o governo civil é investido da autoridade divina para governar o estado, nenhum desses textos (nem nenhum outro) concede aos governantes civis jurisdição sobre a igreja. Deus estabeleceu três instituições na sociedade humana: a família, o estado e a igreja. Cada instituição possui uma esfera de autoridade com limites jurisdicionais que devem ser respeitados. A autoridade de um pai é limitada à sua própria família. A autoridade dos líderes da igreja (que lhes é delegada por Cristo) é limitada aos assuntos da igreja. E o governo é especificamente encarregado da supervisão e proteção da paz e bem-estar cívico dentro dos limites de uma nação ou comunidade. Deus não concedeu aos governantes civis autoridade sobre a doutrina, prática ou política da igreja. A estrutura bíblica limita a autoridade de cada instituição à sua jurisdição específica. A igreja não tem o direito de se intrometer nos assuntos de famílias individuais e ignorar a autoridade dos pais. Os pais não têm autoridade para gerenciar questões civis, contornando os funcionários do governo. Da mesma forma, os funcionários do governo não têm o direito de interferir nos assuntos eclesiásticos de uma maneira que prejudique ou desconsidere a autoridade dada por Deus de pastores e anciãos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando qualquer uma das três instituições excede os limites de sua jurisdição, é dever das outras instituições reduzir esse excesso. Portanto, quando qualquer funcionário do governo emite ordens para regular o culto (como proibições de cantar, limites no comparecimento ou proibições de reuniões e serviços), ele sai dos limites legítimos de sua autoridade ordenada por Deus como um funcionário cívico e se arrogará a si próprio autoridade que Deus expressamente concede apenas ao Senhor Jesus Cristo como soberano sobre seu Reino, que é a igreja. Seu governo é mediado pelas igrejas locais através dos pastores e anciãos que ensinam sua Palavra (Mateus 16:18-19; 2 Timóteo 3:16 – 4: 2)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, em resposta à recente ordem do estado que exige que as igrejas na Califórnia limitem ou suspendam todas as reuniões indefinidamente, nós, pastores e anciãos da Grace Community Church, informamos respeitosamente nossos líderes cívicos de que eles excederam sua jurisdição legítima, e a fidelidade a Cristo nos proíbe de observamos as restrições que eles querem impor em nossos cultos corporativos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dito de outra maneira, nunca foi prerrogativa do governo civil ordenar, modificar, proibir ou ordenar a adoração. Quando, como e com que frequência a igreja adora não está sujeita a César. O próprio César está sujeito a Deus. Jesus afirmou esse princípio quando disse a Pilatos: "Você não teria autoridade sobre mim, a menos que lhe fosse dado de cima" (João 19:11) E porque Cristo é o chefe da igreja, os assuntos eclesiásticos pertencem ao seu Reino, não ao de César. Jesus fez uma distinção gritante entre esses dois reinos quando disse: "Prestar a César as coisas que são de César e a Deus as coisas que são de Deus" (Marcos 12:17) O próprio Senhor sempre prestou a César o que era de César, mas nunca ofereceu a César o que pertence exclusivamente a Deus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como pastores e anciãos, não podemos entregar às autoridades terrenas nenhum privilégio ou poder que pertença exclusivamente a Cristo como chefe de Sua igreja. Pastores e anciãos são aqueles a quem Cristo deu o dever e o direito de exercer Sua autoridade espiritual na igreja (1 Pedro 5:1-4; Hebreus 13: 7, 17) - e somente as Escrituras definem como e a quem eles devem servir (1 Coríntios 4:1-4) Eles não têm o dever de seguir as ordens de um governo civil que tenta regular o culto ou o governo da igreja. De fato, os pastores que cedem sua autoridade delegada a Cristo na igreja a um governante civil abdicaram de sua responsabilidade perante seu Senhor e violaram as esferas de autoridade ordenadas por Deus tanto quanto o funcionário secular que ilegalmente impõe sua autoridade à igreja. A declaração doutrinária de nossa igreja inclui este parágrafo há mais de 40 anos:</div><div><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;">Ensinamos a autonomia da igreja local, livre de qualquer autoridade ou controle externo, com o direito de autogoverno e livre da interferência de qualquer hierarquia de indivíduos ou organizações (Tito 1:5) Ensinamos que é bíblico que as igrejas verdadeiras cooperem entre si para a apresentação e propagação da fé. Cada igreja local, no entanto, através de seus presbíteros e sua interpretação e aplicação das Escrituras, deve ser o único juiz da medida e do método de sua cooperação. Os presbíteros devem determinar todos os outros assuntos de associação, política, disciplina, benevolência e governo (Atos 15:19–31; 20:28; 1 Coríntios 5: 4-7, 13; 1 Pedro 5:1–4)</div></blockquote><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suma, como igreja, não precisamos da permissão do estado para servir e adorar nosso Senhor, como Ele ordenou. A igreja é a preciosa noiva de Cristo (2 Coríntios 11:2; Efésios 5:23-27) Ela pertence somente a Ele. Ela existe por Sua vontade e serve sob Sua autoridade. Ele não tolerará nenhum assalto à pureza dela e nenhuma violação de Sua liderança sobre ela. Tudo isso foi estabelecido quando Jesus disse: “Eu edificarei Minha igreja; e os portões do Hades não a dominarão” (Mateus 16:18)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A própria autoridade de Cristo está “muito acima de todo domínio, autoridade, poder e domínio, e todo nome que é nomeado, não apenas nesta era, mas também na futura. E [Deus Pai] pôs todas as coisas em sujeição aos seus pés [de Cristo] e deu-Lhe como cabeça sobre todas as coisas à igreja, que é o Seu corpo, a plenitude daquele que tudo preenche” (Efésios 1:21-23)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por conseguinte, a honra que devemos, com razão, a nossos governadores e magistrados terrenos (Romanos 13:7) não inclui conformidade quando esses funcionários tentam subverter a sã doutrina, corromper a moralidade bíblica, exercer autoridade eclesiástica ou suplantar a Cristo como chefe da igreja de qualquer outra maneira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A ordem bíblica é clara: Cristo é o Senhor sobre César, não vice-versa. Cristo, não César, é o chefe da igreja. Inversamente, a igreja não governa de maneira alguma o estado. Novamente, esses são reinos distintos, e Cristo é soberano sobre ambos. Nem a igreja nem o estado têm autoridade superior à do próprio Cristo, que declarou: "Toda autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Observe que não estamos fazendo um argumento constitucional, embora a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos afirme expressamente esse princípio em suas palavras iniciais: "O Congresso não fará nenhuma lei respeitando um estabelecimento de religião ou proibindo o livre exercício do mesmo". O direito ao qual apelamos não foi criado pela Constituição. É um daqueles direitos inalienáveis concedidos exclusivamente por Deus, que ordenou o governo humano e estabelece tanto a extensão quanto as limitações da autoridade do estado (Romanos 13:1-7) Portanto, nosso argumento não é propositalmente fundamentado na Primeira Emenda; é baseado nos mesmos princípios bíblicos em que a própria Emenda se baseia. O exercício da verdadeira religião é um dever divino dado a homens e mulheres criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27; Atos 4:18-20; 5:29; cf. Mateus 22:16-22) Em outras palavras, <b>a liberdade de culto é um mandamento de Deus, não um privilégio concedido pelo Estado</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um ponto adicional precisa ser feito neste contexto. Cristo é sempre fiel e verdadeiro (Apocalipse 19:11) Os governos humanos não são tão confiáveis. As escrituras dizem: "o mundo inteiro jaz no poder do maligno" (1 João 5:19) Isso se refere, é claro, a Satanás. João 12:31 e 16:11 chame-o de “o governante deste mundo”, o que significa que ele exerce poder e influência através dos sistemas políticos deste mundo (cf. Lucas 4: 6; Efésios 2: 2; 6:12) Jesus disse sobre ele: "é um mentiroso e o pai da mentira" (João 8:44) A história está cheia de lembranças dolorosas de que o poder do governo é fácil e frequentemente abusado para fins malignos. Os políticos podem manipular estatísticas e a mídia pode encobrir ou camuflar verdades inconvenientes. Portanto, uma igreja exigente não pode cumprir passiva ou automaticamente se o governo ordena o encerramento das reuniões congregacionais - mesmo que a razão apresentada seja uma preocupação com a saúde e a segurança pública.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A igreja por definição é uma assembléia. Esse é o significado literal da palavra grega para "igreja" -ekklesia — a assembléia dos chamados. Uma assembléia não-assembléia é uma contradição em termos. Os cristãos são, portanto, ordenados a não abandonar a prática de se reunir (Hebreus 10:25) - e nenhum estado terreno tem o direito de restringir, delimitar ou proibir a congregação de crentes. Sempre apoiamos a igreja subterrânea em nações onde o culto cristão congregacional é considerado ilegal pelo Estado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando os funcionários restringem a frequência da igreja a um determinado número, eles tentam impor uma restrição que em princípio torna impossível para os santos se reunir como a igreja. Quando os oficiais proíbem cantar nos cultos, eles tentam impor uma restrição que em princípio torna impossível para o povo de Deus obedecer aos mandamentos de Efésios 5:19 e Colossenses 3:16. Quando os funcionários determinam o distanciamento, eles tentam impor uma restrição que em princípio torna impossível experimentar a estreita comunhão entre os crentes que é comandada em Romanos 16:16, 1 Coríntios 16:20, 2 Coríntios 13:12 e 1 Tessalonicenses 5:26. Em todas essas esferas, devemos nos submeter ao nosso Senhor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora nós, na América, possamos não estar acostumados a invasões do governo na igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, essa não é a primeira vez na história da igreja que os cristãos tiveram que lidar com exageros do governo ou governantes hostis. Por uma questão de fato, a perseguição da igreja pelas autoridades governamentais tem sido a norma, não a exceção, ao longo da história da igreja. “De fato”, diz a Escritura, “todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12) Historicamente, os dois principais perseguidores sempre foram o governo secular e a religião falsa. Muitos mártires do cristianismo morreram porque se recusaram a obedecer a essas autoridades. Afinal, é isso que Cristo prometeu: "Se eles me perseguirem, também o perseguirão" (João 15:20) Na última das bem-aventuranças, Ele disse: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:11-12)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À medida que a política do governo se afasta dos princípios bíblicos e à medida que as pressões legais e políticas contra a igreja se intensificam, devemos reconhecer que o Senhor pode estar usando essas pressões como meio de expurgar para revelar a verdadeira igreja. Sucumbir à superação do governo pode fazer com que as igrejas permaneçam fechadas indefinidamente. Como a verdadeira igreja de Jesus Cristo pode se distinguir em um clima tão hostil? Há apenas um caminho: ousada lealdade ao Senhor Jesus Cristo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo onde os governos parecem simpatizantes com a igreja, os líderes cristãos muitas vezes precisam recuar contra as agressivas autoridades do estado. Em Genebra, no tempo de Calvino, por exemplo, os oficiais da igreja às vezes precisavam repudiar as tentativas do conselho da cidade de governar aspectos de adoração, política da igreja e disciplina da igreja. A Igreja da Inglaterra nunca foi totalmente reformada, precisamente porque a Coroa e o Parlamento britânicos sempre se intrometeram nos assuntos da igreja. Em 1662, os puritanos foram expulsos de seus púlpitos porque se recusaram a cumprir os mandatos do governo sobre o uso do Livro de Oração Comum, o uso de vestimentas e outros aspectos cerimoniais do culto regulamentado pelo Estado. O monarca britânico ainda afirma ser o governador supremo e chefe titular da Igreja Anglicana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas novamente: Cristo é a única verdadeira cabeça de Sua igreja,e pretendemos honrar essa verdade vital em todas as nossas reuniões. Por essa razão preeminente, não podemos aceitar e não nos curvaremos às restrições intrusivas que os funcionários do governo agora querem impor à nossa congregação. Oferecemos essa resposta sem rancor, e não de coração que seja combativo ou rebelde (1 Timóteo 2:1-8; 1 Pedro 2:13-17), mas com uma consciência preocupante de que devemos responder ao Senhor Jesus pela mordomia que Ele nos deu como pastores de Seu precioso rebanho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aos funcionários do governo, dizemos respeitosamente com os apóstolos: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus" (Atos 4:19) E nossa resposta hesitante a essa pergunta é a mesma que a dos apóstolos: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (Atos 5:29)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nossa oração é que toda congregação fiel esteja conosco em obediência a nosso Senhor, como os cristãos têm feito ao longo dos séculos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ADENDO</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Abaixo, queremos responder à pergunta principal que recebemos em resposta à declaração: Por que você se submeteu à ordem original do governo, citando Romanos 13 e 1 Pedro 2 ?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os anciãos da Grace Church consideraram e consentiram independentemente com a ordem original do governo, não porque acreditávamos que o Estado tivesse o direito de dizer às igrejas quando, se ou como adorar. Para deixar claro, acreditamos que as ordens originais foram tanto uma intrusão ilegítima da autoridade do Estado em questões eclesiásticas quanto acreditamos que é agora. No entanto, como não poderíamos ter conhecido a verdadeira gravidade do vírus e porque nos preocupamos com as pessoas como nosso Senhor, acreditamos que proteger a saúde pública contra contágios graves é uma função legítima dos cristãos e do governo civil. Portanto, seguimos voluntariamente as recomendações iniciais de nosso governo. É claro que é legítimo que os cristãos se abstenham da assembléia dos santos temporariamente diante de doenças ou ameaça iminente à saúde pública.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando o devastador bloqueio começou, era para ser uma medida de curto prazo, com o objetivo de "achatar a curva" - significando que eles queriam diminuir a taxa de infecção para garantir que os hospitais não fossem sobrecarregados. E havia projeções horríveis de morte. À luz desses fatores, nossos pastores apoiaram as medidas, observando as diretrizes que foram emitidas para as igrejas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas não cedemos nossa autoridade espiritual ao governo secular. Dissemos desde o início que nosso cumprimento voluntário estava sujeito a alterações se as restrições persistissem além do objetivo declarado, ou se os políticos se intrometessem indevidamente nos assuntos da igreja, ou se as autoridades de saúde adicionassem restrições que tentariam minar a missão da igreja. Tomamos todas as decisões com nosso próprio ônus de responsabilidade em mente. Simplesmente aproveitamos a oportunidade inicial para apoiar as preocupações dos funcionários da saúde e acomodar as mesmas preocupações entre os membros de nossa igreja, com o desejo de agir com abundância de cuidados e razoabilidade (Filipenses 4: 5)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas agora estamos mais de vinte semanas em restrições não aliviadas. É evidente que essas projeções originais da morte estavam erradas e o vírus não é nem de longe tão perigoso quanto se temia originalmente. Ainda assim, aproximadamente quarenta por cento do ano se passou com a nossa igreja essencialmente incapaz de se reunir de uma maneira normal. A capacidade dos pastores de pastorear seus rebanhos foi severamente reduzida. A unidade e a influência da igreja foram ameaçadas. Foram perdidas oportunidades para os crentes servirem e ministrarem uns aos outros. E o sofrimento de cristãos preocupados, temerosos, angustiados, enfermos ou com necessidade urgente de companheirismo e encorajamento foi ampliado além de qualquer coisa que pudesse razoavelmente ser considerada justa ou necessária. Os principais eventos públicos planejados para 2021 já estão sendo cancelados, sinalizando que as autoridades estão se preparando para manter as restrições em vigor no próximo ano e além. Isso força as igrejas a escolher entre o claro comando de nosso Senhor e os funcionários do governo. <b>Portanto, seguindo a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, escolhemos alegremente obedecê-Lo</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">FONTE: Grace to You, site da Igreja de John MacArthur.<br />Publicado em 24/Julho/2020 originalmente em </span><a href="https://www.gty.org/library/blog/B200723" style="text-align: left;">https://www.gty.org/library/blog/B200723</a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-25515506598356284122020-05-16T20:20:00.001-03:002020-05-16T20:20:28.324-03:00EIS O ROTEIRO MALIGNO QUE ESTÃO SEGUINDO<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/XBZRt13WxCM" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-8955827414356463732020-05-15T11:32:00.001-03:002020-05-15T11:32:58.243-03:00E ENTÃO VIRÁ O FIM - Parte 2<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/Gj8ErotfYws" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-83668178394890501762020-05-12T13:58:00.001-03:002020-05-12T13:58:11.932-03:00Análise de Sonho com a Grande Tribulação<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/uoWJGJTMvcM" width="480"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-57453631004848699012020-02-25T23:05:00.002-03:002020-02-25T23:05:47.320-03:00ANTECIPE-SE AO CAOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjemvyfAgHO4w2UNIX5a4-0By1n9r9EUJNze_TPhyYT-31f6MUh8IqpNj0j-DM_NaKCnxs8PYyw76igOB50cROXf4rJzXAoX6WQHnAXV1UTC9-vPJQ6KnKR175VK4hJkgYfNIW-/s1600/Casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="900" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjemvyfAgHO4w2UNIX5a4-0By1n9r9EUJNze_TPhyYT-31f6MUh8IqpNj0j-DM_NaKCnxs8PYyw76igOB50cROXf4rJzXAoX6WQHnAXV1UTC9-vPJQ6KnKR175VK4hJkgYfNIW-/s640/Casal.jpg" width="640" /></a></div>
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Por Alan Capriles<br />
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Após muito observar e ponderar sobre as informações que consegui obter acerca do novo coronavírus, minha conclusão é de que a situação é realmente muito grave. Sendo assim, devemos não somente nos preocuparmos e orar, mas também tomarmos providências o quanto antes.<br />
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Primeiramente, devo esclarecer que tenho plena consciência de que essa epidemia é muito conveniente para que governos consigam aumentar a repressão e obter um rígido controle sobre seus cidadãos. Porém, isso não significa que o vírus seja falso, não representando uma ameaça real. Provavelmente falso foi o número de mortos apresentado pela China, uma vez que a taxa de mortalidade no Irã, por exemplo, está em 25%, a qual é muito mais alta que os 2% informados pelo governo chinês.<br />
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Sei também que provavelmente o Covid-19 tenha sido criado em laboratório e que seus criadores estejam aguardando o momento certo para divulgar que descobriram a vacina e assim venderem-na para o mundo inteiro - e ainda bancarem os heróis! Mas provavelmente isso não ocorrerá sem que antes esse vírus seja usado como desculpa para se acelerar o processo de extinção do dinheiro físico no mundo, implantando-se a moeda digital tão desejada pela elite.<br />
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Seja como for, alguém sempre sai ganhando em uma crise, ou se aproveita dela de alguma forma. O fato é que, a despeito disso, a gravidade desse vírus não pode ser uma fake news, como alguns chegaram a afirmar, pois o governo chinês não provocaria prejuízos exorbitantes em sua própria economia para sustentar uma mentira. Antes, pelo contrário, temos evidências de que a situação na China é muito mais grave do que o divulgado por seus meios oficiais. Sendo assim, vamos aos fatos e juntemos as peças do quebra-cabeças:<br />
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1) Embora esse vírus (Covid-19) pareça não ser tão mortal quanto o Sars, especialistas afirmam que seu contágio é mais rápido que o vírus da gripe comum e que pode ficar incubado no corpo humano sem manifestar sintomas por pelo menos duas semanas. Ou seja, isso significa que pessoas podem estar contaminadas sem saber e estar contaminando outras pessoas por mais de dez dias.<br />
<br />
2) Nesta semana soubemos de centenas de casos confirmados na Europa, especialmente na Itália. Tais pessoas já estavam contaminadas há dias, embora não soubessem e estavam seguindo com suas vidas normalmente, inclusive fazendo viagens.<br />
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3) A cidade do Rio de Janeiro recebeu neste carnaval cerca de 2 milhões de turistas, um número recorde, e deste montante pelo menos 450 mil são estrangeiros.<br />
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4) Basta que apenas um desses estrangeiros tenha vindo ao Brasil portando o vírus para contaminar centenas, ou até milhares de pessoas durante o carnaval - uma festa na qual as pessoas ficam aglomeradas por horas e estão todas bastante suadas.<br />
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Sendo assim, podemos concluir que o Brasil certamente já tem pessoas contaminadas com o Covid-19. E, provavelmente, muitas pessoas... É impossível que dentre os 450 mil estrangeiros que pularam carnaval no Rio não houvesse pelo menos um turista contaminado! Sem contar os demais europeus e asiáticos que foram para outras cidades brasileiras. Certamente dezenas de turistas estrangeiros devem ter vindo ao Brasil com o vírus, porém sem ainda manifestarem os sintomas.<br />
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Portanto, sejamos prudentes e estejamos nos antecipando ao caos. Pois é muito provável que estejamos na contagem regressiva para uma situação caótica. É evidente que cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador deverão em breve ter casos confirmados e terão que enfrentar situações semelhantes a cidades chinesas e italianas, onde as prateleiras dos mercados estão ficando vazias e pessoas tiveram que ficar confinadas em suas residências. Você já parou para pensar nisso? Ou vai deixar para agir quando tudo estiver mais caro e em falta nas prateleiras? Como está seu estoque de, por exemplo, papel higiênico? Não é pra rir, não... O caso é sério, amigos. Que cada um faça sua lista e tome logo as devidas providências.<br />
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Oremos para que nada disso aconteça! Porém, se Deus permitir acontecer, que não sejamos pegos de surpresa.<br />
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Alan Capriles<br />
<i>P.s.: Enquanto eu concluía esse texto contatos me informaram que acabou de ser confirmado o primeiro caso de coronavírus Covid-19 no Brasil. Como eu disse, a contagem regressiva para o caos já começou.</i><br />
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-43851670079369285722019-07-26T11:40:00.001-03:002019-07-26T12:40:15.074-03:00A BÍBLIA ENSINA OU NÃO QUE A TERRA É PLANA?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9oHDtS1K3RiugVGvgn-rB0BBQuKw09bvUbWp676VHcVYVQYUgmtvy9Dp-rVvf4eYJOuEwZ3H64tRxncaqoXj3y1b8Wte8vEWkmCwqtORMn-u2gdTYfzm8P5o5_2nIA6aZnWY3/s1600/Terra+plana.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="339" data-original-width="602" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9oHDtS1K3RiugVGvgn-rB0BBQuKw09bvUbWp676VHcVYVQYUgmtvy9Dp-rVvf4eYJOuEwZ3H64tRxncaqoXj3y1b8Wte8vEWkmCwqtORMn-u2gdTYfzm8P5o5_2nIA6aZnWY3/s640/Terra+plana.png" width="640" /></a></div>
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Por Dr. Danny R. Faulkner<br />
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Introdução</h3>
Como já discutido anteriormente, a crença de que a Terra é plana cresceu rapidamente nos últimos tempos, em grande parte através da disseminação via inúmeros sites da Internet e da influência da mídia social. Infelizmente, muitos cristãos foram vítimas disso, levados a acreditar que a Bíblia ensina que a Terra é plana e que, até cinco séculos atrás, a igreja igualmente ensinou que a Terra é plana. Neste artigo, examinarei muitas das passagens bíblicas que supostamente ensinam que a Terra é plana, e vou mostrar que na verdade elas não fazem isso. Mas antes de fazê-lo, devo responder a duas <b>falsas premissas</b> mencionadas acima: que a igreja historicamente ensinava que a Terra é plana e que isso mudou há 500 anos.<br />
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Conforme o estudioso medieval Geoffrey Burton Russell demonstrou habilmente, ao contrário do conceito geral errôneo, <b>a igreja medieval não ensinava que a Terra seria plana</b>. Tomás de Aquino introduziu o pensamento aristotélico no ensino da igreja medieval. Escrevendo no século IV a.C., Aristóteles claramente ensinou que a Terra era esférica. No início do século II a.C., Eratóstenes mediu com precisão a circunferência da Terra esférica. O Almagesto de Cláudio Ptolomeu desde o início do século II d.C. forneceu um modelo útil para calcular as posições dos corpos celestes. Embora esse modelo fosse geocêntrico, ele não promoveu uma Terra plana, mas em vez disso foi baseado em uma Terra esférica. As obras de Aristóteles, Eratóstenes e Ptolomeu foram todas amplamente disponíveis e discutidas no final do período medieval, e continuaram a ser através da transição para a Renascença. Dado o registro claro da História, por que é tão comum acreditar hoje que a maioria das pessoas, e especialmente a igreja, pensavam que a Terra era plana?<br />
<br />
Esse conceito errôneo é facilmente atribuído aos escritos de dois céticos do final do século XIX, John William Draper e Andrew Dickson White, que inventaram a tese do conflito. A tese do conflito afirma que a religião em geral, e o cristianismo em particular, impediram o progresso. A argumentação da tese do conflito era que a Europa medieval estava dominada pela superstição (cristianismo) que impediu o avanço intelectual, e foi somente depois que a razão do homem reafirmou-se durante a Renascença que o homem lentamente se tornou livre do dogma religioso, resultando no Iluminismo. É verdade que quatro séculos atrás a Igreja Católica Romana se opôs ao ensinamento de Galileu sobre a teoria heliocêntrica. De acordo com a tese do conflito, foi o suposto ensino geocêntrico da Bíblia que fez com que a Igreja Católica Romana se opusesse a Galileu. Entretanto, o registro histórico demonstra que foram os ensinamentos de Aristóteles e Ptolomeu que desempenharam o papel principal nesse conflito. Isso é, o caso Galileu foi uma batalha entre duas teorias científicas — geocentrismo e heliocentrismo — com a Bíblia desempenhando um papel muito menor. Daí, a tese do conflito reinterpretou o caso Galileu em algo que não foi.<br />
<br />
Os promotores da tese do conflito também recontaram a história de Cristóvão Colombo. A maioria das pessoas hoje persiste na crença errônea de que na época de Colombo quase todos pensavam que a Terra era plana. De acordo com essa deturpação da história, Colombo era uma das poucas pessoas que pensavam que a Terra era esférica, e ele entendeu que em uma Terra esférica poderia navegar para o oeste da Europa para chegar à Índia e à China. Supostamente, Colombo teve de argumentar contra fortes objeções provenientes daqueles que pensavam que a Terra era plana para obter apoio para sua expedição. Finalmente, de acordo com a mesma história, Colombo conseguiu completar uma viagem para o Novo Mundo, e quando ele voltou para a Europa, as pessoas perceberam que Colombo estava certo — o mundo era esférico e não plano. Sério? Como a navegação da Europa para o Caribe e de volta para a Europa provou que o mundo era esférico? Não provou. A verdade é que ninguém disse a Colombo que ele não poderia chegar ao Extremo Oriente navegando para o oeste. Todos sabiam que isso era possível, porque <b>todos sabiam que a Terra era esférica</b>. O problema era que a Terra era muito grande. A maioria das pessoas entendeu que a distância a oeste da Europa para o Extremo Oriente era muito maior do que indo para o leste (um olhar para qualquer globo prova isso). A questão não era como era possível chegar à Ásia indo para o oeste, mas sim o quanto era viável. A crença era de que o oceano entre a Europa e a Ásia era vasto, com pouca ou nenhuma terra no meio. Na época de Colombo, as viagens em águas abertas eram muito arriscadas, e os navios raramente navegavam mais de três dias fora da vista da terra. Uma viagem a oeste através do oceano para a Ásia teria exigido meses, sem nenhuma oportunidade para reabastecimento ou resgate ao longo do caminho se problemas se desenvolvessem.<br />
<br />
Os fatos da História refutam a história comumente defendida sobre Cristóvão Colombo. Grande parte do trabalho de apoio a uma Terra plana hoje, indiscriminadamente, repete e baseia-se nessa falsa visão. O movimento da Terra plana começou em meados do século XIX, ao mesmo tempo em que a tese do conflito estava sendo desenvolvida. Enquanto os céticos estavam ridicularizando a Bíblia por supostamente ensinar que a Terra é plana, os primeiros terraplanistas aceitaram loucamente essa falsa afirmação. Incontestavelmente, o recente aumento de interesse na Terra plana entre os cristãos tem sido alimentado pela (falsa) crença de que a Bíblia ensina que a Terra é plana. Aqueles que se alistaram no movimento da Terra plana nos últimos tempos, aparentemente, ignoram o fato de que aqueles que promoveram a tese do conflito fizeram os mesmos argumentos para desacreditar a Bíblia. Isso pode ser irônico, ou talvez não seja. É possível que certas pessoas que promovem a Terra plana hoje estejam fazendo o mesmo para desacreditar a Bíblia e o cristianismo mais uma vez. Neste caso, então os cristãos que têm sido enganados ao acreditar que a Terra é plana caíram de modo tolo na armadilha. Examinemos as Escrituras para ver o que elas dizem. Veremos que os promotores da Terra plana não as manejam melhor do que manejam a História.<br />
<h3 style="text-align: left;">
A Bíblia Ensina que a Terra tem uma Borda?</h3>
Quase todos entendem que uma esfera não tem uma borda. De fato, podemos viajar indefinidamente em torno de uma esfera e nunca chegar a um limite ou borda. Por outro lado, se a Terra é plana, ela deve ter uma borda em algum lugar, a menos que a Terra seja um plano infinito. No entanto, poucas pessoas atualmente sugerem o último, e ninguém no mundo antigo o fez. Os céticos da Bíblia gostam de apontar que a frase "quatro cantos da Terra" aparece três vezes na Bíblia. Seguramente, os céticos afirmam que isto deve se referir a uma Terra plana e quadrada — provando deste modo que a Bíblia ensina uma Terra plana. No mínimo, eles argumentam que isso mostra que os escritores da Bíblia acreditavam em uma das cosmologias da Terra plana do mundo antigo, provando assim que a Bíblia não é inspirada, mas que as pessoas que escreveram a Bíblia apenas refletiam a cosmovisão de seus tempos. Existem alguns exemplos de cosmologias da Terra plana do mundo antigo, mas elas sempre consistiram de uma Terra plana e redonda. Um círculo era considerado uma forma muito mais perfeita do que um quadrado, portanto nenhuma das antigas cosmologias da Terra plana envolvem uma Terra quadrada. Se uma Terra plana e quadrada fosse a cosmologia da Bíblia, então ela teria estado em desacordo com cada cosmologia antiga da Terra plana. Portanto, essa tentativa dos céticos de afirmar que a Bíblia ensina uma Terra plana não se enquadra (trocadilho intencional) nos fatos da História.<br />
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Se os versículos que mencionam os quatro cantos da Terra não se referem a uma Terra plana, então a que eles se referem? Deixe-me começar com Apocalipse 7:1, que fala de quatro anjos que estão sobre os quatro cantos da Terra e que restringem os quatro ventos da Terra. Mesmo os estudantes mais ardentes da interpretação hiperliteral da Bíblia reconhecem os frequentes elementos poéticos e o uso de imagens no livro de Apocalipse. Isso se estende às muitas ocasiões em que números aparecem no livro de Apocalipse. Neste versículo, o número quatro aparece três vezes. Em cada uso, as coisas mencionadas estão intimamente ligadas, portanto há uma relação biunívoca entre cada um dos três grupos de quatro.<br />
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Os quatro ventos referem-se às quatro direções das quais os ventos podem vir: norte, sul, leste e oeste. Muitas vezes usamos essa nomenclatura hoje, tal como dizer que o vento é “do oeste.” A repetição do número quatro (“quatro anjos… quatro cantos… quatro ventos”) liga cada anjo e cada canto com uma das quatro direções da bússola. Portanto, não há fundamento para interpretar esses quatro cantos literalmente, especialmente quando isso não corresponde com nenhuma cosmologia.<br />
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A frase “quatro cantos da terra” provavelmente era uma expressão idiomática no tempo do apóstolo João, tanto como é hoje em português, referindo-se a cada posição distante na Terra. Esse é o significado do contexto de Apocalipse 20:7-8, a outra ocorrência da frase “quatro cantos da terra” no livro de Apocalipse (a versão King James tem a palavra quadrante aqui em vez de canto, embora a palavra grega seja a mesma em ambos, Apocalipse 7:1 e 20:7-8). As expressões idiomáticas em uma língua podem ser difíceis de traduzir para outro idioma, porque uma tradução literal pode não ter sentido na língua alvo (imagine como uma tradução literal da nossa expressão idiomática “fiquei a ver navios” seria entendida em outros idiomas). É provável que a compreensão idiomática da língua portuguesa de “os quatro cantos da terra,” referente às partes mais remotas da Terra, provenha de Apocalipse 20:7-8. A partir de uma avaliação de seu contexto, podemos concluir que esse é também o significado de “os quatro cantos da terra” em Isaías 11:12, a terceira aparição desta frase na Bíblia. Seu uso geralmente é entendido como idiomático.<br />
<br />
Os céticos da Bíblia frequentemente usam esses três versículos para argumentar que a Escritura ensina que a Terra é plana. Enquanto alguns promotores da Terra plana usam esses três versículos, muitos não. Por quê? Eles provavelmente percebem que uma Terra quadrada com cantos não concorda com seu modelo de uma redonda Terra plana. <b>Essa é uma omissão notável dos terraplanistas.</b> Como os cristãos que acreditam em uma Terra plana, porque creem seriamente que é o que a Bíblia ensina, lidariam com esses três versículos? Eles provavelmente iriam interpretá-los tanto como eu os interpreto. <b>Contudo, uma vez que se admita que algumas passagens bíblicas que supostamente ensinam uma Terra plana são idiomáticas, é difícil afirmar que passagens semelhantes também não são idiomáticas.</b> Por exemplo, a frase “extremidades da terra” aparece 28 vezes na versão King James, e, se tomada literalmente, sugere que a Terra tem uma borda, o que descartaria uma Terra esférica.<br />
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Entretanto, a avaliação crítica de cada uma dessas 28 ocasiões da frase “extremidades da terra” em seus respectivos contextos mostra claramente que esta frase também é uma expressão idiomática. Por exemplo, em 12 das 28 ocorrências, a palavra hebraica efes (“extremidade, fim”) usada em construção com erets (“terra”), prova que os autores bíblicos tencionaram esta frase como uma referência aos alcances extremos do mundo habitável. O fato de que esta frase algumas vezes é usada não para falar das partes distantes da Terra em si, mas sim das pessoas que habitam esses lugares remotos (por exemplo, Salmos 67:7; 98:3; Isaías 45:22) argumenta fortemente contra esta frase sendo usada para indicar que a Terra tem uma borda física.<br />
<h3 style="text-align: left;">
As Altitudes na Bíblia Ensinam que a Terra é Plana?</h3>
Talvez o argumento mais bizarro de que a Bíblia ensina uma Terra plana se baseia em Daniel 4:11, que diz:<br />
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<div style="text-align: center;">
<b>“Crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>chegava até o céu, e era vista até os confins da terra.”</b></div>
<br />
Esta descrição é repetida quase palavra por palavra em Daniel 4:20. Ambos, céticos e terraplanistas, argumentam que, numa Terra esférica, não seria possível que uma árvore fosse visível da Terra inteira, mas tal árvore poderia ser visível em qualquer lugar em uma Terra plana. Mas qual é o contexto destes versículos? O quarto capítulo de Daniel é o relato do segundo sonho de Nabucodonosor. O versículo 5 cita diretamente as palavras de Nabucodonosor afirmando que ele teve um sonho. Os versículos 10 a 17 citam Nabucodonosor descrevendo o conteúdo de seu sonho. Note que isso é um sonho. Com seus elementos selvagens e fantásticos, os sonhos dificilmente são declarações sobre a realidade, e muito menos a cosmologia. É notável que alguém interprete o conteúdo do sonho de um rei pagão registrado na Escritura como evidência de que a Bíblia ensina que a Terra é plana. Os versículos 19 a 27 contêm a interpretação de Daniel do sonho de Nabucodonosor, e os versículos 28 a 37 relatam o cumprimento do sonho. A chave para a interpretação do sonho é a identificação de Nabucodonosor com a árvore em seu sonho (versículos 20 a 22). Imediatamente, deve-se ver que, uma vez que a árvore representa Nabucodonosor, não é uma árvore literal (embora que, estando em um sonho, a árvore não seria literal de qualquer maneira). Além disso, o cumprimento literal do sonho não envolve uma árvore de forma alguma, reforçando a natureza não-literal da árvore. Mesmo que o sonho reflita corretamente a cosmologia de Nabucodonosor (assumindo que ele pensava que a Terra era plana), dificilmente constitui evidência de que a Bíblia ensina que a Terra é plana. Antes, a Bíblia meramente registra o pensamento de Nabucodonosor.<br />
<br />
O mesmo tipo de raciocínio é usado para argumentar que Mateus 4:8 ensina uma Terra plana. Mateus 4:1-11 dá um relato da tentação de Jesus. A tentação começou no deserto, depois de Jesus ter jejuado por 40 dias e noites. Satanás primeiro tentou Jesus para transformar pedras em pão para satisfazer a fome de Jesus (Mateus 4:3). Presumivelmente, isso foi enquanto ainda estava no deserto. Em seguida, o diabo levou Jesus ao pináculo do Templo em Jerusalém e sugeriu que Jesus se lançasse para baixo (Mateus 4:5). Note que havia uma distância considerável entre o deserto e o Templo (pelo menos 80 quilômetros). Satanás instantânea e literalmente transportou Jesus do deserto para Jerusalém? Ou Satanás apresentou essa vista a Jesus enquanto ainda estava no deserto, talvez em uma visão? Mateus 4:8 registra a terceira tentação:<br />
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<div style="text-align: center;">
<b>“Novamente o diabo o levou a um monte muito alto; </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.”</b></div>
<br />
Aqueles que desejam defender uma Terra plana bíblica apontam que todos os reinos da Terra seriam visíveis de um monte alto somente se a Terra for plana. Entretanto, se esse monte de Mateus 4:8 com sua vista de toda a Terra é literal, então, onde ele está? Aqueles que seguem essa linha de raciocínio nunca determinaram a localização desse monte hipotético. Se esse monte é hipotético mesmo em uma Terra plana, então este versículo dificilmente constitui prova de que a Bíblia ensina que a Terra é plana. Mas este versículo realmente implica a visibilidade de toda a Terra a partir do pico desse monte?<br />
<br />
Os outros dois Evangelhos sinóticos também registram a tentação de Cristo (Marcos 1:12-13, Lucas 4:1-13), embora o relato de Marcos não tenha detalhes. Os detalhes do relato de Lucas coincidem com muitos dos detalhes do registro de Mateus, mas há diferenças. Por exemplo, as segunda e terceira tentações estão trocadas. Isso não é uma dificuldade, se se permite que um ou ambos os relatos da tentação de Cristo sejam tratados tematicamente em vez de cronologicamente. Aqueles que afirmam que a Bíblia ensina uma Terra plana se concentram no relato de Mateus, mas ignoram grandemente o Evangelho de Lucas nessa questão. Observe as diferenças entre Mateus 4:8 (acima) e Lucas 4:5:<br />
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<div style="text-align: center;">
<b>“E o diabo o levou para o alto e mostrou-lhe </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><b>num momento de tempo todos os reinos do mundo.”</b></b></div>
<br />
Note que nenhum monte é mencionado, mas meramente que o diabo levou Jesus “para o alto” (traduções anteriores baseadas no Textus Receptus têm a palavra monte, mas a palavra grega para monte não aparece nos outros manuscritos, portanto sua inclusão no Textus Receptus provavelmente veio de uma adição de um copista que estava informado do relato paralelo de Mateus). Esse é um ponto relativamente pequeno, mas pode ter alguma relevância sobre se o monte que Mateus registrou era literalmente um monte alto do qual todos os reinos do mundo podiam ser vistos. Mais um detalhe no Evangelho de Lucas lança luz sobre esta questão. Lucas declarou que o diabo mostrou a Jesus todos os reinos do mundo “em um instante de tempo.” A ênfase não é sobre onde Jesus estava, mas o que Jesus via. Isso não foi um grande panorama que levou algum tempo para assimilar. Pelo contrário, a glória de todos os impérios do mundo foi mostrada a Jesus simultaneamente. Isso soa mais como uma visão em vez de uma vista. Talvez não tenha havido um monte envolvido, mas, mais provavelmente, se refere a um lugar elevado e desolado, provavelmente no deserto, onde ocorreu a terceira tentação e sua visão concomitante. Não é de admirar que aqueles que promovem a Terra plana normalmente se concentram em Mateus 4:8 enquanto ignoram Lucas 4:5. Conforme mencionado acima, pode-se deduzir incorretamente de Mateus 4:8 que realmente existe um monte tão alto que toda a superfície da Terra é visível a partir dele, mas através da interpretação da Escritura nos termos da Escritura, pode-se ver que isso está incorreto.<br />
<h3 style="text-align: left;">
O Firmamento é um Domo acima da Terra?</h3>
A cosmologia da Terra plana defende que um domo cobre uma Terra plana e circular, com sua borda apoiada na Terra do outro lado da parede de gelo da Antártida. As estrelas estão afixadas a esse domo, enquanto o Sol e a Lua estão acima da Terra, mas abaixo do domo. Alguns têm chamado isso de cosmologia do globo de neve, por causa de sua semelhança com um globo de neve. Supostamente, esta é a cosmologia que a Bíblia ensina. Ironicamente, os céticos fazem o mesmo argumento, mas a intenção deles é desacreditar a Bíblia. Poucos terraplanistas parecem estar cientes desse fato ou da ironia. Examinemos as Escrituras que supostamente apoiam esta cosmologia.<br />
<br />
A chave nesta discussão é o firmamento. A palavra hebraica <b>raqiya</b> é traduzida como <i>firmamento</i> na versão King James. Ela aparece um total de 17 vezes no Antigo Testamento, com mais da metade das ocorrências (nove vezes) só no capítulo 1 de Gênesis. A palavra é um substantivo que deriva da raiz hebraica <b>rq’</b>, que significa <i>esmagar</i>. Um exemplo dessa ação é prensar ou pisar um metal em folhas finas. Essa é uma prática comum com o ouro, porque ele é muito maleável. Douração é o processo de aplicar a folha de ouro aos objetos, dando a impressão de que os objetos são de ouro puro. Por exemplo, a Arca da Aliança foi dourada com folha de ouro sobre madeira de acácia (Êxodo 25:10-11). A folha de ouro pode ser pisada ou esticada tão fina que luz intensa pode ser vista através dela. A partir do significado desta palavra, podemos deduzir que <i>raqiya</i> é algo que foi pisado ou estendido.<br />
<br />
Infelizmente, algumas pessoas argumentam que, uma vez que essa é uma ação frequentemente feita a um metal, a coisa sendo estendida deve ter alguma propriedade física em comum com os metais. Os metais muitas vezes são sólidos, então, de acordo com esse raciocínio, a <i>raqiya</i> deve ser sólida. Esse é, certamente, o sentido da palavra arcaica inglesa “firmamento,” que tem uma raiz em comum com a palavra “firme.” No entanto, este é o significado pretendido? Nem todos os metais são sólidos; e o ouro, que está envolvido no melhor exemplo que ilustra a raiz hebraica a partir da qual o substantivo hebraico <i>raqiya</i> vem, definitivamente não é sólido. Portanto, é questionável se a <i>raqiya</i> é algo que é sólido. É mais provável que o significado pretendido de <i>raqiya</i> esteja relacionado ao processo de esmagamento, não uma propriedade física do objeto submetido ao processo. O processo tem o efeito de espalhar uma substância, ou possivelmente tornar a substância fina. É por isso que muitas traduções mais modernas da Bíblia traduzem <i>raqiya</i> como “expansão” em vez de “firmamento.”<br />
<br />
O primeiro uso da palavra <i>raqiya</i> na Bíblia provavelmente é útil para decifrar seu significado. Este é encontrado em Gênesis 1:6, o início do relato da criação do Segundo Dia. O relato da criação do Segundo Dia começa com a declaração de Deus de que haja uma <i>raqiya</i> para dividir as águas das águas. O versículo seguinte nos diz que Deus criou a <i>raqiya</i> e dividiu as águas que estavam abaixo da <i>raqiya</i> das águas que estavam acima da <i>raqiya</i>. Deste modo, a palavra<i> raqiya</i> aparece três vezes neste versículo. Antes de declarar o fim do Segundo Dia em Gênesis 1:8, Deus chamou a <i>raqiya</i> “céus.” Logo, a palavra hebraica <i>raqiya</i> aparece cinco vezes no relato do Segundo Dia.<br />
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Há várias observações que podemos fazer a partir desta passagem. Em primeiro lugar, as águas que Deus dividiu foram as águas mencionadas em Gênesis 1:2. É claro que as águas que Deus separou abaixo devem se referir à água superficial (principalmente oceanos) na Terra. Mas quais são as águas acima da <i>raqiya</i>? A forma como respondemos esta pergunta vai depender do que entendemos que é a <i>raqiya</i>. Note que Deus equipara a <i>raqiya</i> com o céu. A palavra hebraica <i>shamayim</i> é traduzida como “céus” na maioria das mais de 400 vezes que ocorre no Antigo Testamento, como está aqui.<br />
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Interpretando a Escritura em termos de Escritura, encontramos o reforço da equiparação da <i>raqiya</i> com o céu. Pelo menos onze versículos do Antigo Testamento falam de Deus estendendo os céus (Jó 9:8; Salmos 104:2; Isaías 40:22; 42:5; 44:24; 45:12; 48:13; 51:13 Jeremias 10:12; 51:15; Zacarias 12:1). No Segundo Dia, Deus criou a <i>raqiya</i>, algo que é espalhado ou estendido. Além disso, Deus chamou a <i>raqiya</i> “céus.” O estendimento dos céus provavelmente se refere a quando Deus criou a <i>raqiya</i>.<br />
<br />
O céu geralmente é entendido como estando acima de nós. Dependendo do contexto, a palavra pode se referir ao que está imediatamente acima de nós, onde pássaros voando, nuvens e chuva estão. Também pode se referir à região dos corpos astronômicos. Finalmente, muitas vezes se refere à morada de Deus. “Céu” tem todos esses significados, tanto no uso moderno quanto na Bíblia. <i>Raqiya</i> se refere a todos esses significados, ou apenas a alguns desses significados?<br />
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Os outros aparecimentos da palavra <i>raqiya</i> no relato da criação em Gênesis 1 podem ajudar a responder a esta pergunta. O próximo uso da palavra <i>raqiya</i> está no relato do Quarto Dia da criação (Gênesis 1:14-19), onde aparece três vezes. Cada vez ela aparece em combinação com a palavra hebraica <i>shamayim</i>. A melhor forma de expressar esse relacionamento em inglês é com a frase preposicional, “expansão do céu.” Essa construção enfatiza, para que não haja qualquer dúvida, que a coisa mencionada no relato do Quarto Dia é o que Deus fez no Segundo Dia. Em Gênesis 1:14, Deus ordenou que houvesse luminares no firmamento do céu. Gênesis 1:15 expande a ordem de que sejam luminares no firmamento do céu. Gênesis 1:17-18 declara que Deus criou os luminares e os colocou no firmamento do céu. Está claro aqui que os luminares são os corpos celestes, os luminares maior e menor, e as estrelas também (Gênesis 1:16). Portanto, o firmamento do céu (a <i>raqiya</i>) é onde Deus colocou os corpos celestes ou astronômicos. Hoje chamaríamos isso de espaço sideral, ou simplesmente espaço.<br />
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A propósito, alguns terraplanistas parecem fazer uma distinção aqui que é injustificada. Eles argumentam que as estrelas estão fixadas em um domo acima da Terra (a <i>raqiya</i>), mas defendem que o Sol e a Lua (os luminares maior e menor) estão abaixo do domo, entretanto acima da Terra (isso está em conformidade com a maioria das cosmologias da Terra plana hoje). Isso exige distinguir artificialmente as estrelas dos luminares maior e menor em Gênesis 1:17, de modo que apenas os luminares maior e menor são colocados (isto é, dentro) da <i>raqiya</i> em Gênesis 1:17, enquanto as estrelas são efetivamente colocadas na superfície da <i>raqiya</i>. Terraplanistas que adotam essa distinção sugerem que a frase “no firmamento do céu” de Gênesis 1:17 (e possivelmente Gênesis 1:14-15 também) deve ser entendida como “dentro do firmamento do céu.” Isto é, Deus colocou o Sol e a Lua dentro do firmamento, tanto quanto se poderia colocar um objeto dentro de um recipiente, tal como uma caixa. A caixa não indica a localização do objeto, mas somente contém o objeto. Entretanto, o texto hebraico (e até mesmo o texto em inglês) não permite isso. O pronome plural masculino do versículo 17 remete ao Sol, à Lua e às estrelas coletivamente, e o verso não distingue quanto à sua colocação. A compreensão mais natural do relato da criação do Quarto Dia é que todos os corpos celestes estão localizados na <i>raqiya</i>. Novamente, hoje chamamos isso de espaço.<br />
<br />
Até que ponto a Terra faz a <i>raqiya</i> se estender? O último uso da palavra em Gênesis 1, no relato da criação do Quinto Dia, é útil para responder a esta pergunta. Ao descrever a criação dos seres voadores, Gênesis 1:20 usa a frase “expansão do céus” para descrever onde eles voam. Embora esta frase seja a mesma de seus três aparecimentos no relato do Quarto Dia, a formulação antes desta frase é diferente. O hebraico literalmente afirma que os pássaros foram voar “sobre a face da expansão dos céus.” Isso poderia significar que os pássaros voam neste lado do firmamento do céu ou no lado próximo do firmamento do céu. Se o primeiro, então, a <i>raqiya </i>pode não se estender até onde os pássaros voam. Se o último, pode incluir onde os pássaros voam. De qualquer maneira, a <i>raqiya </i>parece incluir o que hoje chamaríamos de espaço sideral e muito, se não tudo, da atmosfera terrestre. Tenha em mente que a distinção entre a atmosfera da Terra e o espaço sideral é de origem moderna. Além disso, mesmo na linguagem de hoje, não há uma delineação clara sobre onde a atmosfera termina e o espaço começa. Nem o entendimento moderno nem o antigo está necessariamente certo ou errado; eles são apenas diferentes.<br />
<br />
O próximo uso da palavra <i>raqiya</i> (a décima vez no Antigo Testamento) não ocorre até Salmos 19:1. O significado ali é condizente com o que concluí de Gênesis 1. O paralelismo comparativo das duas afirmações do Salmo 19: 1 indica que <i>raqiya</i> e <i>shamayim</i> são a mesma coisa, algo que Gênesis 1:8 já equiparou. Além disso, o Salmo 19:4-6 descreve o movimento do Sol nos céus (equivalente à <i>raqiya</i>), reforçando ainda mais o entendimento captado de Gênesis 1.<br />
<br />
E sobre as sete vezes restantes que a palavra hebraica <i>raqiya</i> aparece no Antigo Testamento fora de Gênesis 1 e Salmo 19? A palavra aparece mais uma vez nos Salmos, no Salmo 150:1, que se lê, na versão King James:<br />
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<div style="text-align: center;">
<b>“Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário: </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><b>louvai-o no firmamento do seu poder.”</b></b></div>
<b>
</b>
<br />
<br />
Como a ordem das palavras é diferente em diferentes idiomas, algumas passagens, como por exemplo esta, podem ser difíceis de traduzir. Os tradutores da King James tentaram seguir a ordem das palavras em hebraico neste versículo. Consequentemente, as duas palavras finais, “seu poder,” referem-se claramente a Deus, embora isso seja um pouco estranho em inglês. A Versão Padrão Inglesa (English Standard Version) alterou ligeiramente a ordem das palavras, de modo que a frase final se lê, “seus poderosos céus.” Ou seja, a palavra "poderoso", sinônimo de poder, modifica a <i>raqiya</i>, em vez de ser descritivo de Deus (note também que a ESV traduziu <i>raqiya</i> como "céus" aqui, talvez com base em Deus chamando a <i>raqiya</i> "céus" em Gênesis 1:8). Esta tradução muda o significado, mas essa diferença de significado é consequente? Deus criou a expansão, portanto, se a expansão é poderosa, Deus é ainda mais poderoso. No entanto, a versão King James provavelmente é a tradução correta, ainda que a ordem das palavras seja estranha. Na Nova Tradução Inglesa, a segunda parte deste versículo diz: "Louvai-o no céu, o qual testifica da sua força!" Esta formulação, embora diferente da King James, expressa mais claramente o significado pretendido pela versão King James. Além disso, esta interpretação é condizente com o significado muito claro do Salmo 19:1.<br />
<br />
A palavra <i>raqiya</i> aparece uma vez no livro de Daniel. O contexto é estabelecido em Daniel 12:1-2 conforme o <i>eschaton</i>, quando a ressurreição dos mortos ocorrerá, uns para a vida eterna e outros para o castigo eterno. Na versão King James, Daniel 12:3 diz:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>"Os que forem sábios, resplandecerão como o brilho do firmamento; </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><b>e os que converterem a muitos para a justiça como as estrelas </b></b><br />
<b><b>para sempre e eternamente."</b></b></div>
<b>
</b>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Observe o paralelismo contido nestes dois símiles separados por um ponto e vírgula e a conjunção "e". Claramente, os "sábios" do primeiro símile e "os que convertem a muitos para a justiça" do segundo símile são as mesmas pessoas, reforçando pelo menos uma equivalência aproximada entre as coisas a que eles são comparados. O primeiro símile diz que o sábio brilhará como o brilho da <i>raqiya</i>. No segundo símile, as palavras "brilhar" e "brilho" são omitidas; mas essas palavras estão implícitas, o que reforça ainda mais o paralelismo. De fato, as pessoas que convertem muitos para a justiça são comparadas às estrelas, que brilham intensamente. Além disso, a partir do relato da criação do Quarto Dia de Gênesis 1, sabemos que as estrelas estão localizadas na <i>raqiya</i>. Portanto, a <i>raqiya</i> de Daniel 12:3 refere-se claramente à mesma coisa encontrada em Gênesis 1 e Salmo 19:1.<br />
<br />
Os últimos cinco aparecimentos da palavra <i>raqiya</i> estão em Ezequiel, quatro vezes no primeiro capítulo e uma vez no capítulo 10. Ezequiel 1:1-3 define a cena: Ezequiel estava com outros exilados junto ao canal Quebar (ou rio) quando os céus se abriram e ele contemplou uma visão. A indicação é que os companheiros de Ezequiel não enxergaram a visão, mas ele só. Ou Deus transportou Ezequiel para o céu, onde ele literalmente viu as coisas de sua visão ou Deus as revelou para ele, tanto como o que alguém pode experimentar em um sonho. Não sabemos ao certo, mas, dada a descrição, o último parece mais provável. Além disso, a visão de Ezequiel 11 claramente é do último tipo (Ezequiel 11:1,24).<br />
<br />
As primeiras coisas que Ezequiel viu foram quatro criaturas viventes que se assemelhavam aos homens, mas cada uma tinha quatro faces. Cada criatura tinha pés e asas e uma roda. As criaturas se moviam em conjunto, e conforme se moviam, as rodas iam com elas. Ezequiel descreveu as criaturas como brilhantes e coloridas (Ezequiel 1:7, 13, 16). Ao longo da descrição de Ezequiel de sua visão, ele repetidamente usou as palavras "como" e "semelhança". Claramente, Ezequiel teve dificuldade em descrever o indescritível, então ele expressou o que viu em termos de coisas familiares para ele. Como tal, é inadequado levar essas comparações literalmente. Em Ezequiel 1:22, o profeta registrou que acima das cabeças das quatro criaturas havia alguma coisa semelhante a uma <i>raqiya</i>. Novamente, observe o uso do símile: Ezequiel não disse que era uma <i>raqiya</i>, mas que era como uma <i>raqiya</i>. Por outro lado, o que Deus fez no Segundo Dia não era como uma <i>raqiya</i>; era uma <i>raqiya</i>. Dada a dificuldade que Ezequiel teve ao descrever o que viu, não podemos ter certeza do que era exatamente essa expansão. Uma possibilidade é que era meramente um espaço, ou abertura, entre as quatro criaturas e o que estava acima. O que estava acima? Ezequiel 1:23 descreve as quatro asas da criatura debaixo da expansão. Ezequiel 1:25 registra que uma voz veio de cima da expansão, e Ezequiel 1:26 afirma que havia algo como um trono acima da expansão. A partir de Ezequiel 1:28, sabemos que este é o trono de Deus. Portanto, essa abertura poderia ter sido entre as criaturas e o trono de Deus.<br />
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Entretanto, existe outra possibilidade. Ezequiel 1:22 compara a aparência dessa expansão a um "cristal". A King James usa a frase "cristal terrível". Infelizmente, a palavra "terrível" mudou de significado nos últimos quatro séculos. Seu significado original é melhor traduzido hoje como "impressionante" ou "imponente". De fato, várias traduções modernas do inglês usam a palavra "impressionante". (Curiosamente, a Bíblia de Genebra, que é anterior à versão King James, usa a palavra "maravilhoso", que ainda é interpretada bem hoje). O que significa ser um cristal? É preciso ter cuidado, porque as definições modernas e antigas são diferentes. No mundo antigo, um cristal era qualquer substância que fosse sólida e transparente. Exemplos incluem vidro, quartzo, sal-gema, diamante e outras pedras preciosas que transmitem luz. Com exceção do vidro, esses cristais tinham facetas de ocorrência natural. No entanto, o vidro, particularmente o vidro de chumbo, pode ser cortado para produzir facetas.<br />
<br />
Hoje, definimos um cristal como uma substância tendo uma matriz ordenada de átomos ou moléculas. Essa matriz ordenada é responsável pela clivagem natural ao longo das facetas dos cristais (seguindo a definição antiga). Quase todas as substâncias sólidas têm uma estrutura de cristal, de modo que a maioria dos cristais (no sentido moderno) não são transparentes. É importante que entendamos a palavra no sentido antigo, não no sentido moderno. A palavra traduzida aqui como "cristal" em outra parte no Antigo Testamento é traduzida como "gelo". No sentido antigo, o gelo teria sido considerado um cristal, porque era duro e transparente. No sentido moderno, o gelo é também um cristal, porque possui uma estrutura cristalina hexagonal. Quer no sentido moderno ou no sentido antigo, devemos ver essa expansão que Ezequiel descreveu como um cristal literal? Provavelmente não. Ezequiel comparou o que viu a uma expansão, mas, além disso, comparou sua aparência a um cristal, sendo a ênfase na luz que emitia. Isto é, brilhava, incandescia, reluzia ou tinha uma coloração como um cristal. Podemos descrever o que Ezequiel viu como uma aura.<br />
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Uma visão posterior começa em Ezequiel 8, com Ezequiel 10 sendo uma parte dessa visão. Ezequiel 10:1 menciona uma <i>raqiya</i> acima das cabeças dos querubins com o que parecia ser um trono acima. Que isso soa similar à Ezequiel 1, soa. A descrição dos querubins em Ezequiel 10:9-14 é semelhante à descrição das quatro criaturas viventes em Ezequiel 1:5-21. De fato, Ezequiel declara duas vezes que esses querubins eram os mesmos que as quatro criaturas viventes que ele vê em sua visão junto ao canal Quebar (Ezequiel 10:15, 20-22). Para reiterar, as <i>raqiyas</i> dos capítulos 1 e 10 de Ezequiel não são as <i>raqiyas</i> encontradas em outras partes no Antigo Testamento. É um erro igualar displicentemente esses dois significados muito diferentes.<br />
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Ambos, céticos e terraplanistas erram nesse ponto. Desatento dessa distinção, é muito fácil pensar que aquilo que Ezequiel descreveu como sendo semelhante a uma <i>raqiya</i> é a mesma <i>raqiya</i> que Deus criou no Segundo Dia e, consequentemente, obtém propriedades da última a julgar pela precedente. Com as muitas semelhanças entre as visões de Ezequiel brevemente discutidas acima e a descrição do apóstolo João de parte de sua visão em Apocalipse 4:6-8, o problema é agravado pela captação de propriedades da <i>raqiya</i> do Segundo Dia da qual o livro de Apocalipse nos diz. Por exemplo, Apocalipse 4:6 afirma que, diante do trono de Deus, havia um mar de vidro, como cristal. Supondo que este mar de vidro está abaixo do trono de Deus, e observando que Ezequiel mencionou o trono de Deus acima de uma expansão (Ezequiel 1:26; 10:1), pode-se concluir que a expansão de Ezequiel e o mar de vidro de João são a mesma coisa, vista de lados opostos. Mas, se alguém comparar cada menção da <i>raqiya</i> no Antigo Testamento, deduz que o mar de vidro de João é a <i>raqiya</i> que Deus criou no Segundo Dia. Para muitos que aderem ao globo de neve, isso está perfeitamente alinhado com Isaías 66:1, que diz que o céu é o trono de Deus e a Terra é o escabelo de seus pés. Ou seja, no modelo do globo de neve, Deus senta-se logo acima do domo sobre a Terra plana.<br />
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Para aqueles que insistem em levar tudo na Bíblia como estupidamente literal, tal tipo de leitura fica repleta de problemas. Por exemplo, Isaías 66:1 declara que o céu é o trono de Deus, mas Ezequiel e João deixaram claro que o trono de Deus está no céu. Os dois não podem ser literalmente verdadeiros. Além disso, Deus é espírito (João 4:24) e, portanto, não possui um corpo físico. Os muitos exemplos de antropomorfismos na Bíblia, sugerindo coisas como Deus tendo mãos (Salmos 8:3, Isaías 66:2) ou olhos (Provérbios 15:3) claramente não são literais. Há também uma inconsistência no argumento da Terra plana aqui. Terraplanistas acreditam que o firmamento é um domo transparente sobre a Terra e, portanto, é curvo. Por outro lado, nenhum corpo de água é curvo, mas pelo contrário todos os mares têm superfícies planas. Mas João descreveu um mar de vidro que, por qualquer outro uso, deve ser plano, então por que esse é curvo?<br />
<br />
Os terraplanistas usam um versículo mais que não contém a palavra <i>raqiya</i>, mas uma palavra relacionada. É Jó 37:18, onde Eliú perguntou a Jó:<br />
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<div style="text-align: center;">
<b>"Estendeste com ele o céu, que é forte, e como um visor derretido?"</b></div>
<br />
Há várias razões pelas quais é preciso ter cuidado na captação do significado deste versículo. Primeiro, este versículo está dentro de uma unidade textual (Jó 37:14-18), que usa poeticamente os fenômenos climáticos para ilustrar o poder esmagador e a sabedoria de Deus —portanto, ensinar cosmologia não é o ponto. Em segundo lugar, essas são as palavras de Eliú, não de Deus. Embora a Bíblia seja inspirada, nem tudo registrado nela é necessariamente verdadeiro. Esse é um registro verídico do que Eliú disse, porque Deus considerou conveniente preservar o discurso de Eliú, mas isso não significa que Eliú falasse infalivelmente. Então, se as palavras de Eliú contêm informações cosmológicas, elas apenas refletem seu entendimento e não necessariamente a realidade. Em terceiro lugar, o livro de Jó contém linguagem e expressões idiomáticas que são exclusivas dele, e muitas são difíceis de traduzir. Além do mais, Jó, sendo poesia hebraica antiga, evidencia muitos exemplos de imagens e linguagem fenomenológica. Jó 37:18 contém um caso de imagens particularmente desafiador.<br />
<br />
Observe que a palavra "céu" aparece neste versículo em vez de "firmamento". Isso acontece porque a palavra hebraica <i>raqiya</i> não está no texto, mas sim <i>shachaqim</i> (o plural de <i>shachaq</i>) é usada. O que esta palavra hebraica significa? Ela aparece em suas várias formas 21 vezes no Antigo Testamento. Aparece cinco vezes no livro de Jó, como o faz em Jó 37:18. Nas outras quatro ocorrências, a versão King James a traduz como "nuvens" (Jó 35:5; 36:28; 37:21; 38:37). Note que um destes outros quatro versículos (Jó 37:21) está dentro do contexto literário imediato do discurso de Eliú. Além disso, dentro desse mesmo contexto, Eliú usa duas outras palavras hebraicas para descrever as nuvens (<i>anan</i> em 37:15 e ab em 37:16). Portanto, <i>shachaqim</i> em Jó 37:18 provavelmente deveria ser traduzida como "nuvens" também. Desta maneira, Eliú aqui nem sequer aborda a cosmologia; se alguma coisa, ele está comentando sobre fenômenos climáticos.<br />
<br />
E o termo "visor"? Este é um termo arcaico para espelho, e as traduções mais modernas o traduzem como tal. A palavra "derretido" é um pouco confusa, porque hoje podemos pensar disso como estando em um estado quente e líquido. Nos tempos antigos, espelhos eram feitos de metal polido, normalmente bronze. Os espelhos eram fabricados por fundição, então, durante a fundição estavam derretidos, mas, quando em uso, estavam solidificados. A terminologia aqui provavelmente se refere a como o espelho foi fabricado, então hoje seria melhor traduzido como um "espelho fundido" (como em muitas traduções modernas da Bíblia).<br />
<br />
E quanto à frase "que é forte"? A versão King James modificou a palavra céu (ou, como vimos, a palavra que deveria ser traduzida como "nuvens"). Entretanto, no texto hebraico, a frase subjacente à tradução ("que é forte") modifica a palavra traduzida "visor/espelho". Como tal, Eliú não está dizendo que o céu (ou nuvens) é forte, mas sim está comparando-o em aparência a um espelho forte (firme ou rígido). Isso faz sentido, pois até hoje nos referimos a condições severamente nubladas como um "céu de chumbo". Claramente, Eliú não está falando sobre um domo sólido sobre a Terra.<br />
<h3 style="text-align: left;">
Discussão</h3>
A partir desta breve avaliação de passagens relevantes do Antigo Testamento, não há evidências claras de que a <i>raqiya</i> é um domo sólido sobre a Terra. Em vez disso, a <i>raqiya</i> provavelmente é o que hoje chamamos de espaço e grande parte da atmosfera terrestre. Além disso, passagens bíblicas que supostamente indicam que a Terra é plana não fazem tal coisa. Sendo assim, por que terraplanistas e céticos pensam que a <i>raqiya</i> é um domo rígido que envolve uma Terra plana? O desenvolvimento dessa falsa ideia tem uma longa história, que só posso resumir brevemente aqui.<br />
<br />
A Septuaginta foi uma tradução do Velho Testamento do século III a.C. do hebraico para o grego. A necessidade dessa tradução foi que muitos judeus da época já não podiam falar ou ler em hebraico. Isso foi particularmente verdadeiro para os judeus da diáspora, dos quais muitos viviam em Alexandria, no Egito, onde a tradução da Septuaginta foi feita. Alexandria foi uma grande cidade grega e era um centro de aprendizado e cultura grega. Consequentemente, o povo de Alexandria, incluindo os judeus, foram fortemente helenizados; e portanto os judeus de Alexandria estavam familiarizados com a ciência então atual.<br />
<br />
A cosmologia grega da época defendia uma Terra esférica concêntrica dentro de uma esfera sólida e transparente muito maior na qual as estrelas estavam afixadas (a esfera celeste). O Sol, a Lua e cinco planetas visíveis a olho nu moviam-se em esferas menores dentro da esfera celeste. A palavra grega <i>steréoma</i>, referente a algo rígido, foi usada para descrever a esfera celeste. Uma vez que os judeus helenizados da época estavam cientes dessa cosmologia, não é por acaso que a Septuaginta traduziu a <i>raqiya</i> como <i>steréoma</i>, aparentemente na tentativa de acomodar a cosmologia de seus dias. Os primeiros escritos judaicos conhecidos que abordam a cosmologia são do período medieval e refletem a cosmologia medieval descrita acima. Por isso, não temos conhecimento em que cosmologia específica os hebreus antigos acreditavam. Todavia, a palavra grega que os tradutores da Septuaginta escolheram é um forte indício sobre o que, pelo menos, os judeus helenizados do mundo antigo pensavam. Provavelmente, era uma Terra esférica centrada na esfera celeste. Isso é muito diferente de um domo arqueado sobre uma Terra plana que os terraplanistas promovem.<br />
<br />
Vários séculos após a tradução da Septuaginta, Jerônimo traduziu o Antigo Testamento e o Novo Testamento para o latim. Jerônimo selecionou a palavra latina <i>firmamentum</i> para traduzir <i>raqiya</i>, uma palavra análoga à palavra grega <i>steréoma</i>. O modelo rígido e transparente da esfera celestial dos antigos gregos ainda era a cosmologia dominante nos dias de Jerônimo. Portanto, ele acomodou essa cosmologia e endossou a interpretação da Septuaginta sobre o assunto. Muito mais tarde, os tradutores das primeiras versões inglesas da Bíblia somente transliteraram a escolha de Jerônimo para o inglês como "firmamento". Isso tem causado problemas desde então, porque as pessoas reconhecem a palavra "firme" dentro dessa palavra e presumem que a raqiya deve ser algo rígido. Entretanto, como já vimos, em vez de se referir a alguma coisa necessariamente rígida, a palavra <i>raqiya</i> provavelmente se refere a algo que foi estendido. É por isso que muitas traduções inglesas modernas traduzem a <i>raqiya</i> como "expansão". Esta é uma boa tradução, porque chega ao coração do que é o provável significado pretendido de <i>raqiya</i>. Algumas traduções modernas traduzem <i>raqiya</i> como "céu". Esta também é uma boa tradução, porque o céu que vemos acima de nós inclui o provável significado da<i> raqiya</i>, conforme discutido anteriormente.<br />
<br />
É uma crença comum hoje que a cosmologia apresentada na Bíblia é a de um domo rígido sobre a Terra sustentada por pilares. Claramente, isso está em desacordo com os fatos.<br />
<br />
Primeiro, a Bíblia não ensina explicitamente nenhuma cosmologia. Em vez disso, pode-se juntar certas passagens para resolver qual possível cosmologia pode estar lá, mas é preciso ter cuidado para não ler essas interpretações de passagens provenientes de fontes externas.<br />
<br />
Nossa abordagem deve ser a exegese, extraindo da Escritura qual é o provável significado, ao invés de eisegese, interpretando um significado na Escritura. Como veremos, uma abordagem eisegética foi o que levou à crença equivocada de que a Bíblia ensina um domo sólido sobre a Terra. Reconheço que não sou imune a essa dificuldade, mas, pelo menos, admitir a tentação de interpretar a Escritura através da lente de fatores externos torna possível estar em guarda. Deixe-me enfatizar novamente que a Bíblia não endossa explicitamente nenhuma cosmologia. Isso é bom, e é condizente com a sabedoria de Deus. Se Deus tivesse endossado nas Escrituras uma cosmologia antiga, aqueles que acreditavam em alguma outra cosmologia antiga teriam descartado a Bíblia com base em que a cosmologia da Bíblia estava errada. Certamente, o homem moderno faria esse argumento, porque as cosmologias modernas diferem de todas as cosmologias antigas. Mas e se Deus tivesse endossado a cosmologia moderna? Então, as pessoas até tempos relativamente recentes teriam descartado a Bíblia, porque, em suas mentes, ela ensinava a cosmologia errada.<br />
<br />
Em segundo lugar, embora não seja uma fonte inspirada, Josefo frequentemente reflete o pensamento dos judeus no primeiro século d.C. Josefo viveu em Israel, não em Alexandria, mas seus escritos mostram evidências da helenização. Uma vez que sua seita foi a única a sobreviver à perseguição e destruição que vieram em 70 d.C., sua obra passou a ser reconhecida como representando os judeus de seu tempo. Contudo, Josefo distorceu as ideias das outras seitas e apresentou sua própria seita com o melhor aspecto possível. Esse tipo de distorção se estendeu até a sua apresentação das crenças religiosas das outras seitas. Deste modo, devemos ter muito cuidado ao usar Josefo. Com essa ressalva, o que os escritos de Josefo revelam sobre a cosmologia entre pelo menos alguns dos judeus antigos? Seu relato da criação do Segundo Dia é condizente com a cosmologia grega de seu tempo, mas não com a cosmologia do domo arqueado.<br />
<br />
Em terceiro lugar, a cosmologia do Ocidente ao longo do período medieval foi a dos gregos antigos, não um domo arqueado sobre uma Terra plana. Foi dentro dessa cosmologia que o astrônomo do segundo século d.C., Cláudio Ptolomeu, desenvolveu seu modelo para explicar os movimentos dos planetas. O modelo ptolomaico foi derrubado (juntamente com os outros elementos da cosmologia grega antiga) há apenas quatro séculos a favor de cosmologias mais modernas, como a teoria heliocêntrica.<br />
<br />
<b>Se o domo arqueado não é a cosmologia da Bíblia, como tanta gente chegou a pensar que era? Essa ideia surgiu como resultado de três acontecimentos no século XIX. </b><br />
<br />
Primeiramente, a arqueologia moderna começou de fato no século XIX. Interpretações de escavações iniciais no Oriente Próximo indicaram uma cosmologia de domo arqueado, a partir da qual os arqueólogos e historiadores concluíram erroneamente que esta era a antiga cosmologia do Oriente Próximo.<br />
<br />
Segundo, a hipótese documentária propôs que o Pentateuco foi escrito muito depois do que o tempo de Moisés (e muitos de seus proponentes duvidam se Moisés existiu mesmo). De acordo com a hipótese documentária, quatro documentos diferentes surgiram na primeira metade do primeiro milênio a.C., e essas fontes foram redatadas muito mais tarde, durante o período intertestamentário. Supostamente, os judeus pegaram grande parte de sua cosmologia, cosmogonia e história inicial a partir das antigas culturas do Oriente Próximo, e estas estão refletidas nos relatos da criação e dilúvio de Gênesis. Por isso, tornou-se moda interpretar as passagens bíblicas em termos da suposta cosmologia dominante do domo arqueado.<br />
<br />
Terceiro, a tese do conflito afirmou que o cristianismo impediu o desenvolvimento do pensamento durante toda a Idade Média, até que o homem, alegadamente, foi liberto das restrições da Bíblia durante a Renascença, em que a razão do homem permitiu uma renovação no aprendizado. Parte do caso criado contra o cristianismo como parte da tese do conflito foi que a igreja e a Bíblia ensinaram que a Terra era plana e estava rodeada por um domo arqueado. Conforme demonstrado em outra parte, a igreja nunca ensinou que a Terra é plana. Uma mentira tão patente deve pôr em dúvidas a alegação sobre o domo arqueado sendo a cosmologia bíblica também. A gravura de Flammarion é uma representação muito famosa do domo arqueado sobre a Terra plana. A maioria das pessoas pensa que essa é uma obra de arte medieval, mas data da década de 1880. É dificultoso encontrar quaisquer representações medievais da suposta cosmologia do domo arqueado/Terra plana da Bíblia porque isso não era acreditado na Idade Média. A influência da gravura de Flammarion, tal como utilizada pelos promotores da tese do conflito, não pode ser superestimada. Essa representação parece ter feito mais do que qualquer outra coisa promover a falsa noção de que a cosmologia medieval era um domo arqueado sobre uma Terra plana.<br />
<br />
O domo arqueado nem sequer foi a cosmologia dominante no antigo Oriente Próximo. Escavações e estudos posteriores revelaram uma infinidade de cosmologias antigas do Oriente Próximo. Se alguém deseja interpretar a cosmologia da Bíblia em termos da cosmologia do antigo Oriente Próximo, então primeiro deve decidir qual cosmologia usar. Infelizmente, muitos estudiosos da Bíblia hoje têm sido enganados pela tese do conflito ao pensar que a cosmologia da Bíblia é a de um domo arqueado sobre uma Terra plana, o que levou a muitas representações do século XX e XXI de uma Terra plana com um domo arqueado acima, apoiada por pilares. Entretanto, tais representações começaram a aparecer no século XIX, após o dano causado pela tese do conflito. Essa linha de pensamento tem ganhado muita força nos últimos anos. Por exemplo, a Nova Versão Internacional da Bíblia, lançada pela primeira vez em 1984, traduziu originalmente a raqiya como "céu", mas a edição atualizada publicada em 2011 a traduziu como "abóbada". Novamente, essa falsa compreensão da cosmologia bíblica por alguns estudiosos da Bíblia (estudiosos que, de modo geral, têm sido enganados pela tese do conflito) é relativamente recente.<br />
<br />
Para agravar o problema, os cristãos que endossam a Terra plana usam descrições de teólogos contemporâneos que retratam erroneamente a cosmologia bíblica como uma Terra plana sob um domo arqueado como evidência do que a Bíblia ensina. Portanto, são duas vezes vítimas da tese do conflito, uma em abraçar uma Terra plana, e mais uma vez em aceitar a falsa cosmologia do domo arqueado. De novo, esse conceito de cosmologia bíblica não veio de fontes antigas, mas, pelo contrário, surgiu no final do século XIX como uma tentativa de desacreditar a Bíblia. Aqueles que apoiam a Terra plana acreditando que isso é o que a Bíblia ensina caíram em uma armadilha. Ironicamente, embora aparentemente motivados para defender a Bíblia, têm sido enganados ao usar os mesmos falsos argumentos que os céticos usam.<br />
<h3 style="text-align: left;">
Conclusão</h3>
Aqui, eu examinei as passagens bíblicas que terraplanistas geralmente usam para alegar que a Bíblia ensina que a Terra é plana. Há outras passagens que terraplanistas ocasionalmente usam. Contudo, a frequência de uso dessas passagens é muito menor do que os versículos que discuti aqui. Além disso, esses versos restantes geralmente requerem a suposição de que a Terra é plana, para começar. Uma vez que essas passagens mais importantes, frequentemente citadas são descartadas como ensinando uma Terra plana, os poucos versículos restantes provavelmente não importam. Dependendo da reação a este artigo, posso utilizar essas outras passagens mais tarde. Claramente, a Bíblia não ensina que a Terra é plana. Foram os céticos da Bíblia que introduziram essa falsa alegação no século XIX. É uma vergonha que crentes professos da Bíblia recentemente tenham abraçado esse falso argumento e passado a promover a Terra plana. Quando combinada com os muitos problemas científicos e observacionais, a teoria da Terra plana é desacreditada.<br />
<br />
O modelo de Terra do globo de neve exige que a Terra fique imóvel. Por isso, terraplanistas são geocentristas, e muitos deles também apoiam sua posição com passagens bíblicas que, supostamente, ensinam que a Terra é estacionária. Antes do recente aumento do interesse na Terra plana entre os cristãos conservadores, já houve um movimento geocêntrico usando muitos dos mesmos argumentos que terraplanistas usam agora. Embora geocentristas clássicos e terraplanistas concordem com a questão de se a Terra se move, discordam fortemente sobre o formato da Terra. Anteriormente escrevi sobre o geocentrismo e discuti algumas das passagens bíblicas que supostamente ensinam o geocentrismo. Talvez em um futuro artigo eu reveja o assunto do geocentrismo e as supostas passagens bíblicas que o apoiam.<br />
<br />
Traduzido por Esther Kochav do original em inglês do AnswersinGenesis: <i>Does the Bible Teach that the Earth is Flat?</i><br />
<i><br /></i>
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<b>A DEUS TODA GLÓRIA</b></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-45522398594662409782019-04-19T18:53:00.001-03:002019-04-19T23:03:05.000-03:00DESVENDANDO OS TRÊS DIAS DE ESCURIDÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwAkKhhyytLmuDRABer4zoS2giVKNIV6_lDGBkXA425tUutmiCsRYKDpiCLFlgc7NlmCd7TW0tVbAvHYQTT2VQofhZSccOlQoLZ5M8Vl8fs0hE6dhncL81eyJmGt_x0R6q5COd/s1600/TR%25C3%258AS+DIAS+DE+TREVAS.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwAkKhhyytLmuDRABer4zoS2giVKNIV6_lDGBkXA425tUutmiCsRYKDpiCLFlgc7NlmCd7TW0tVbAvHYQTT2VQofhZSccOlQoLZ5M8Vl8fs0hE6dhncL81eyJmGt_x0R6q5COd/s640/TR%25C3%258AS+DIAS+DE+TREVAS.png" width="640" /></a></div>
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<br /></div>
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Por Alan Capriles</div>
<br />
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Apesar de ser novidade no meio evangélico, por conta de inúmeros vídeos no YouTube, a chamada profecia sobre três dias de escuridão remonta ao século XIX e tem sua origem no catolicismo romano. Como se verá a seguir, cerca de duzentos anos já se passaram desde que um padre católico francês e uma beata italiana disseram ter tido tal revelação. Difícil é descobrir com qual dos dois teria começado a suposta profecia. Mas o fato é que, desde então, multiplicaram-se os relatos de católicos que dizem ter recebido a mesma revelação – quase sempre atribuída à Maria, mãe de Jesus.</div>
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São tantos os relatos, que um frade americano chamado Albert Hebert publicou em 1986 um livro intitulado “Os Três Dias de Escuridão: Profecias de Santos e Videntes” no qual apresenta uma lista de 28 videntes católicos que teriam recebido essa mesma mensagem. O título está livremente traduzido, pois esse livro não foi publicado em português. Mas, para quem compreende o inglês, há um link no final deste artigo onde a obra pode ser conferida em PDF no idioma original. </div>
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<br /></div>
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Apenas a título de curiosidade apresento a seguir o recorte de dois sites católicos, nos quais são citados alguns desses videntes e suas alegadas profecias sobre os três dias de escuridão:</div>
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<b>Pe. ALBERT SAUVAGEAU</b> (+1826)<br />
Este sacerdote morreu em odor de santidade e seu túmulo tornou-se centro de devoção. Ele sobreviveu a torturas infligidas pelos celerados da Revolução Francesa. Fez profecias sobre as três invasões da França pelos alemães: na guerra Franco-Prussiana em 1870, na I Guerra Mundial e na II Guerra Mundial. Para a segunda metade do século XX a barbárie que conhecemos: desordem da família e da sociedade em geral. Profetizou os Três Dias de Trevas:<br />
"A situação se tornará tão séria que Deus terá que intervir na forma de três dias e três noites de trevas perpétuas. Durante esses três dias e três noites nada dará luz a não ser velas bentas e só crianças inocentes e pessoas em estado de graça poderão acendê-las"<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Beata Anna Maria Taigi </b>(1769-1837)<br />
Beatificada em 1920, é modelo de mãe e mulher. Não foi apenas profetiza de nossos tempos, mas também uma das místicas mais extraordinárias da Igreja. Desde os 20 anos de idade até a morte, sempre esteve acompanhada de uma luz misteriosa, na qual enxergava acontecimentos passados, presentes e futuros. Dentro dessa luz, ela anteviu o pesado castigo que cairia sobre o mundo, mas também uma grande bênção. Nas atas da sua beatificação encontramos estas palavras, que lhe teriam sido dirigidas por Jesus:<br />
“Trevas extremamente espessas espalhar-se-ão pelo mundo, envolvendo a terra por três dias e três noites. Durante essas trevas será absolutamente impossível distinguir qualquer coisa. O ar ficará empestado pelos demônios, que aparecerão sob as formas mais asquerosas; essa pestilência atingirá principalmente os inimigos da religião. Nesses dias será impossível a luz natural. Aquele que, por curiosidade, abrir a janela, olhar para fora ou sair pela porta, cairá morto. Durante esses dias, devemos ficar em casa rezando o terço e invocando a misericórdia de Deus. As velas bentas preservarão da morte, assim como a invocação a Maria e aos anjos.”<br />
<b><br /></b></div>
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<b>São Gaspar De Búfalo </b>(1786-1836)<br />
Fundador dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, disse:<br />
“A morte dos impenitentes perseguidores da Igreja ocorrerá durante os três dias de trevas. Quem sobreviver acreditará encontrar-se sozinho na terra, pois o mundo inteiro estará coberto de cadáveres”.<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Maria Júlia Jahenny </b>(1850-1941)<br />
Estigmatizada francesa, teve, em alto grau, o dom da profecia, que manifestou principalmente em suas visões sobre os últimos tempos:<br />
“Virão três dias de completa escuridão, explicou-lhe Jesus. Só as velas bentas darão um pouco de luz nessas trevas horrorosas. Mas não arderão nas casas dos ímpios. Uma só vela será suficiente para os três dias. Os relâmpagos penetrarão nas casas do servos de Deus, e não apagarão as velas. Nem vento, nem tempestades, nem terremotos o conseguirão. Nuvens vermelhas como o sangue cruzarão o céu, e o estrondo dos trovões fará estremecer a terra até seu centro. Os oceanos lançarão suas espumantes ondas sobre a terra, que se converterá num enorme cemitério. Os cadáveres dos maus e dos bons cobrirão a terra. O castigo será mundial”.<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Beata Maria De Jesus Crucificado </b>(1878)<br />
Carmelita, fundadora do Mosteiro de Belém:<br />
“Durante os três dias de trevas, as pessoas entregues aos seus caminhos depravados perecerão de tal modo que apenas uma quarta parte da humanidade sobreviverá”.<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Irmã Helena Aiello </b>(1954)<br />
Estigmatizada italiana e fundadora de uma ordem religiosa, recebeu de Nossa Senhora este comunicado:<br />
“Meu Coração está triste pelos muitos sofrimentos que ameaçam o mundo. Os homens continuam vivendo pertinazmente no pecado... a Justiça Divina reclama a satisfação de tantas ofensas e maldades, que recobrem a terra e que não mais podem ser toleradas. Por isso, a Ira de Deus está próxima. O mundo será invadido por desgraças, revoluções sangrentas, terríveis furacões, inundações por rios e mares. Levanta a voz para que os sacerdotes de Deus dêem ouvidos à Minha mensagem e avisem as pessoas que o tempo se aproxima. Se não se converterem a Deus, o mundo ver-se-á envolvido numa nova guerra... destruirão as igrejas, profanarão a Eucaristia e aniquilarão as coisas mais queridas. Nuvens com raios e uma tempestade de fogo passarão sobre o mundo, e o açoite será o mais terrível que conheceu a história humana. Durará 70 horas (os três dias de trevas). Então se fará sentir o poder da luz sobre as trevas. A hora das trevas se aproxima. Rezem e façam sacrifícios a fim de que ao menos uma parte do mundo se salve”.<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Rosa Quattrini </b>(1964)<br />
Casada, mãe de três filhos, em San Damiano (Itália), recebe esta mensagem de Nossa Senhora:<br />
“Há 50 anos que vivo mais na terra do que no Céu. Venho para salvar almas, mas não prestam atenção, nem acreditam em Minhas palavras. Logo mais não poderão implorar a piedade de Meu Filho, que se cansa de esperar por arrependimento e conversão. Será tarde. Vem a hora, e aí terão de acreditar, embora, para um número imenso, será tarde...Haverá castigos tremendos, e a espécie humana perecerá em massa, como milhares de moscas sob o efeito de inseticida... o sol desaparecerá, dando lugar às trevas, que durarão 3 dias e 3 noites. Então o fogo da purificação realizará sua obra devastadora. Rezem continuamente e meditem os 15 mistérios do Rosário. Recitem a ladainha do Sagrado Coração de Jesus, a Minha e a de São José. Só as velas bentas darão claridade nesses dias de trevas. Levem ao pescoço a Medalha Milagrosa, o Escapulário ou a Medalha do Carmo, e não se separem de seu terço, pois estes sacramentais serão sua proteção contra o Inferno amotinado... não saiam de casa sob pretexto algum, nem olhem para fora, antes fechem as cortinas e as janelas. Invoquem sem cessar os nossos Corações Misericordiosos”.<br />
<b><br /></b></div>
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<b>Patricia Talbot </b>(1988)<br />
No Equador recebe esta revelação da Virgem Santíssima:<br />
“A terra sairá de sua órbita durante três dias. Então a segunda vinda de Cristo estará próxima. O demônio controlará o mundo. Nesses dias, as famílias deverão manter-se em oração contínua. Por causa dos falsos profetas, que adulterarão as palavras de Cristo, devemos conservar-nos em estado de graça, para discernir o bem do mal. Ter em nossas almas a chama de Cristo. Durante esses três dias de trevas não devemos abrir a porta da casa a ninguém, mas simplesmente seguir rezando. A Virgem também disse que será melhor não olharmos pelas janelas, para não vermos a Justiça de Deus caindo sobre o povo. Será tão horrível, que nem quereremos ver”. </div>
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<br /></div>
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Observação: A profecia do mesmo teor que é atribuída ao Padre Pio parece nunca ter ocorrido, por isso não consta na maioria dos sites católicos que descrevem o assunto. </div>
<br />
<b>Conclusão</b><br />
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Como se percebe, os evangélicos que publicam vídeos no YouTube dizendo terem recebido uma inédita revelação sobre três dias de trevas não estão falando nenhuma novidade. Provavelmente são ex-católicos que desejam trazer essa expectativa para o meio cristão evangélico e ainda ganhar visualizações em seus canais. Por outro lado, se houver uma terceira guerra mundial, com dezenas ou centenas de mísseis nucleares explodindo, certamente ocorrerá o chamado inverno nuclear, no qual espessas nuvens radioativas cobrirão por muitos dias os locais atingidos. Nesse caso certamente o sol não aparecerá, faltará energia elétrica e o melhor a se fazer será não sair de casa. Mas, para se antever uma tal situação, para a qual deveríamos urgentemente nos preparar, não precisamos de supostas revelações que nos mandam acender velas benzidas por um padre católico. Basta que acompanhemos com bastante atenção as notícias da geopolítica mundial. Só não vê o que está por vir, quem não quer. </div>
<br />
Alan Capriles<br />
<br />
Fonte:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="http://ihp.org.br/26072015/lib_ihp/docs/fmg20050206d.htm">http://ihp.org.br/26072015/lib_ihp/docs/fmg20050206d.htm</a><br />
<a href="https://aveluz.ning.com/profiles/blogs/os-tres-dias-de-trevas">https://aveluz.ning.com/profiles/blogs/os-tres-dias-de-trevas</a><br />
<br />
Livro em PDF<br />
The Three days of Darkness. Prophecies of Saints and Seers<br />
<a href="https://archive.org/details/TheThreeDaysOfDarknessByAlbertJ.Hebert">https://archive.org/details/TheThreeDaysOfDarknessByAlbertJ.Hebert</a><br />
<br />
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<b>A DEUS TODA GLÓRIA</b></div>
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Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-85761295121041635992016-10-12T13:11:00.002-03:002016-10-12T13:25:59.903-03:00A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL É IMINENTE?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK6MELf_slfXkulwr1J29QsehWiLWhDGOTle7VlZKkq3A1gFkPg3mnHI8nMHx6COBuADshSP3qzPkzW-04W39soJPhzVHE5hj8DcpGQuWm7I_TRWANq9YGuatVM7Gq2cfb76xw/s1600/3gm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK6MELf_slfXkulwr1J29QsehWiLWhDGOTle7VlZKkq3A1gFkPg3mnHI8nMHx6COBuADshSP3qzPkzW-04W39soJPhzVHE5hj8DcpGQuWm7I_TRWANq9YGuatVM7Gq2cfb76xw/s640/3gm.jpg" width="640" /></a></div>
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Por Alan Capriles</div>
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Não quero ser alarmista, mas tudo indica que o mundo caminha rapidamente para um inevitável conflito de grandes proporções, tendo os EUA e a Rússia como protagonistas. Pensando no assunto, lembrei-me hoje de uma frase dita pelo papa Francisco há dois anos, de que "a terceira guerra mundial pode já ter começado"<span style="font-size: x-small;"><b>[1]</b></span> e de que, por ocasião do natal passado, ele fez uma sombria revelação: "este pode ser o último natal da humanidade".<span style="font-size: x-small;"><b>[2]</b></span> Fico aqui pensando com meus botões que este papa sabe de algo que não pode falar publicamente. Algo que, segundo ele mesmo, poderá ocorrer antes de se findar o ano de 2016. </div>
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<br /></div>
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Acrescentemos a isso a estranha orientação do ministro do interior da Alemanha que, no final de agosto, recomendou que todos os alemães façam um estoque de água e comida para no mínimo dez dias, com a desculpa de possíveis atendados terroristas.<span style="font-size: x-small;"><b>[3]</b></span> Ora, atentados terroristas não atingem toda a população, muito menos por tanto tempo assim. </div>
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<br /></div>
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Acrescentemos ainda o estranho alerta do Pentágono, de apenas dois dias atrás, de que "a terceira guerra mundial será muito rápida e muito letal".<span style="font-size: x-small;"><b>[4]</b></span> Por que o Pentágono estaria falando disso exatamente agora, em que as divergências entre os russos e americanos na Síria se agravam? Obviamente, para mandar um recado bem claro aos seus inimigos, o de que os EUA usarão seu arsenal nuclear se for necessário. </div>
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<br /></div>
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Esse alerta, de que a terceira guerra será bem rápida, me fez lembrar de uma revelação da parte de Deus que uma senhora cristã norueguesa, de 90 anos de idade, teve em 1968.<span style="font-size: x-small;"><b>[5]</b></span> (Sei que alguns leitores não acreditam em profecias, mas a Bíblia nos orienta a não desprezá-las, mas julgá-las confrontando-as com a Palavra.) O Senhor lhe havia revelado a respeito do tempo em que a terceira guerra mundial começaria. E o sinal deste tempo seria que a Europa estaria sendo invadida por refugiados e que, quando os europeus começassem a lhes rejeitar, então se daria o conflito, que, segundo a revelação do Senhor, "será uma guerra curta" - exatamente como prevê o Pentágono! Incrível, não? </div>
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<br /></div>
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Devo lembrar que esta cristã norueguesa teve sua visão em 1968 e que, além deste sinal, o Senhor lhe deu outros três sinais, os quais também foram se cumprindo a partir da década de 80. Se esta profecia for mesmo da parte de Deus (e me parece que seja) estamos na iminência de uma terceira guerra mundial. </div>
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<br /></div>
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O consolo é que, segundo a revelação do Senhor, os fiéis a Cristo serão arrebatados neste tempo e que, portanto, não sofrerão as terríveis consequências de um hecatombe nuclear, após o qual o solo, as águas e o ar estarão totalmente contaminados, exatamente como prevê o livro de Apocalipse. Tudo isso significa que precisamos intensificar muito mais nossa vigilância, para não nos contaminarmos com o pecado, e nossas orações, para sermos cheios do Espírito Santo, e nossa evangelização, para que Cristo salve o maior número de pessoas possíveis. Perto, muito perto, está o Senhor. Provavelmente, mais perto do que possamos imaginar. A Deus seja a glória!</div>
<br />
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Alan Capriles</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>- Links -</b></div>
<br />
[1] "...a terceira guerra mundial pode já ter começado"<br />
<a href="http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140913_papa_guerra_lk" target="_blank">http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140913_papa_guerra_lk</a><br />
<br />
[2] "...este pode ser o último natal da humanidade"<br />
<a href="http://padom.com.br/papa-francisco-alerta-que-este-pode-ser-ultimo-natal-da-humanidade/">http://padom.com.br/papa-francisco-alerta-que-este-pode-ser-ultimo-natal-da-humanidade/</a><br />
<a href="http://www.diariodobrasil.org/o-recado-misterioso-de-francisco-esse-pode-ter-sido-o-ultimo-natal-de-muitas-pessoas/" target="_blank">http://www.diariodobrasil.org/o-recado-misterioso-de-francisco-esse-pode-ter-sido-o-ultimo-natal-de-muitas-pessoas/</a><br />
<br />
[3] "...os alemães façam um estoque de água e comida"<br />
<a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/24/internacional/1472055175_275813.html" target="_blank">http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/24/internacional/1472055175_275813.html</a><br />
<br />
[4] "...a terceira guerra mundial será muito rápida e muito letal"<br />
<a href="https://br.noticias.yahoo.com/a-terceira-guerra-mundial-ser%C3%A1-muito-r%C3%A1pida-e-123743384.html" target="_blank">https://br.noticias.yahoo.com/a-terceira-guerra-mundial-ser%C3%A1-muito-r%C3%A1pida-e-123743384.html</a><br />
<a href="https://youtu.be/XVY_3TBPk5Q" target="_blank">https://youtu.be/XVY_3TBPk5Q</a><br />
<br />
[5] "...revelação da parte de Deus que uma senhora cristã norueguesa, de 90 anos de idade, teve em 1968"<br />
<a href="http://www.pastorjoaodesouza.com.br/123/?p=219" target="_blank">http://www.pastorjoaodesouza.com.br/123/?p=219</a><br />
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Alan Capriles</div>
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Unknownnoreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-88000804817213844182016-08-20T14:55:00.003-03:002016-08-20T14:55:55.467-03:00A RAZÃO PARA OS SINAIS DA VINDA DE CRISTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxBx70nHuc6gAhjvj8KDlugTrdsWbyxj4hdKMhRuE32gDe9lezTgjnw5d6SPwV0Kyt-j1K0U-lAoEkMlou8kqo8Qk97NM82_SpTPvMN9mYOYCIyAcjbGEEWVUxvtyJHsyROKLk/s1600/sinais-da-volta-de-jesus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxBx70nHuc6gAhjvj8KDlugTrdsWbyxj4hdKMhRuE32gDe9lezTgjnw5d6SPwV0Kyt-j1K0U-lAoEkMlou8kqo8Qk97NM82_SpTPvMN9mYOYCIyAcjbGEEWVUxvtyJHsyROKLk/s640/sinais-da-volta-de-jesus.jpg" width="640" /></a></div>
Por Alan Capriles<br />
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Escatologia é um assunto sobre o qual raramente escrevo. Na verdade, o <i>estudo das últimas coisas</i> me interessava muito mais no início do meu ministério pastoral, a ponto de eu ter conduzido por muito tempo um programa semanal de rádio chamado <i>Jesus está Voltando</i>. Mas os pontos de divergência no meio cristão talvez tenham esmorecido minha empolgação inicial e, aos poucos, fui deixando de estudar o assunto. De tal forma eu havia me desmotivado, que só Deus poderia novamente despertar meu interesse – algo que, de fato, veio a ocorrer. Em meados de 2015, sem qualquer aviso prévio, encontrei-me completamente obcecado pelo estudo de algo que eu não imaginaria: o sermão escatológico de Jesus.</div>
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Não tenho dúvidas de que foi o Espírito Santo que me levou a examinar, como nunca antes, as passagens onde o Senhor profetizou sobre o fim dos tempos. A primeira coisa que fiz foi imprimir aqueles textos, que encontramos em Mateus 24, Marcos 13 e parte de Lucas 17 e 21 . Depois os recortei em trechos e os colei, lado a lado, numa grande cartolina, organizados em três colunas, uma para cada evangelho sinótico. Minha primeira descoberta foi a de que o sermão escatológico é como um quebra-cabeça, um enigma que só pode ser decifrado completamente quando visto desta maneira, numa visão panorâmica que englobe Mateus, Marcos e Lucas ao mesmo tempo. Isso foi revelador e me obrigou a reorganizar os trechos. Neste processo o quebra-cabeça foi sendo montado – e o meu interesse foi crescendo.</div>
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Uma linha do tempo começou a despontar e os sinais que Cristo nos deixou puderam ser organizados em ordem cronológica. Os primeiros sinais ficaram dentro de um bloco ao qual chamei de “O fim não será logo” (Confira Lc 21:9b). Este é um longo período que vai do século primeiro ao século XIX, tempo marcado pela contínua perseguição aos cristãos (Mc 13:9; Lc 21:12-16), pelo surgimento de muitos falsos cristos (Mt 24:4-5; Mc 13:5-6; Lc 21:8a), de pessoas marcando datas para o fim (Lc 21:8b), e também por guerras, rumores de guerras e revoluções (Mt 24:6; Mc 13:7; Lc 21:9).</div>
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<br /></div>
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Convém salientar que os sinais tem um ponto de início, mas não de final. Por exemplo, o sinal da perseguição aos cristãos iniciou no século primeiro, mas perdura até os nossos dias. Na verdade, será cada vez mais intenso na medida em que se aproximar o fim. O mesmo em relação aos falsos cristos e pessoas que marcam datas para a volta de Cristo - algo que ocorre desde o século II, mas com frequência cada vez maior. </div>
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<br /></div>
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O segundo bloco é o período conhecido como “O princípio das dores” (Cfr.: Mt 24:8), uma época iniciada com a primeira guerra mundial, na qual o Senhor profetizou que nação se levantaria contra nação (Mt 24:7a; Mc 13:8a; Lc 21:10a) e reino contra reino (Mt 24:7b; Mc 13:8b; Lc 21:10b), haveria muita fome (Mt 24:7c; Mc 13:8d; Lc 21:11c), grandes terremotos em vários lugares (Mt 24:7d; Mc 13:8c; Lc 21:11a), o aumento das epidemias (Lc 21:11b), coisas espantosas (Lc 21:11d) e grandes sinais do céu (Lc 21:11e). De fato, minhas pesquisas comprovaram que a incidência de cada um destes sinais aumentou consideravelmente a partir do século passado. O período chamado de "princípio das dores", portanto, já começou há mais de cem anos.</div>
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<br /></div>
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Nosso próximo bloco se divide em duas partes. O primeiro diz respeito à situação da igreja, que na iminência da grande tribulação estaria espiritualmente adormecida, tendo em vista os sinais de alerta que o Senhor nos deixou: Escândalos, traição e ódio no meio cristão (Mt 24:10), aumento dos falsos ungidos e falsos profetas, que enganariam a muitos (Mt 24:11;23-25; Mc 13:21-23); multiplicação da iniquidade (Mt 24:12a) e o amor se esfriando de quase todos (Mt 24:12b). Muitos não se dão conta de que cada um destes sinais diz respeito à situação da igreja, e não apenas do mundo. São sinais que retratam como a igreja estaria na iminência do fim. Perceba que a igreja, de uma forma geral, não possuía tais características no século 19, mas agora sim, as possui. Logo, não estamos mais no período do princípio das dores, mas no tempo derradeiro, das últimas contrações de parto!</div>
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<br /></div>
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Neste mesmo bloco temos ainda os sinais que revelam a situação da sociedade nos dias finais. O Senhor previu que o mundo será como nos dias de Noé (Mt 24:37-39; Lc 17:26-27) nos quais os valores estavam invertidos, e também como nos dias de Ló (Lc 17:28-30) onde a promiscuidade imperava. Precisamente por causa disso, todas as nações passarão a odiar aqueles que permanecerem fiéis a Cristo (Mt 24:9). O Senhor advertiu que a geração que visse tudo isso acontecer seria a última geração sobre a terra (Mt 24:32-34; Mc 13:28-30; Lc 21:29-32). Talvez não por acaso os pré-adolescentes de hoje sejam classificados por sociólogos e antropólogos como a <i>geração Z</i>. E, finalmente, Cristo advertiu ainda que haveria um laço global, tão perigoso que somente aqueles que vigiassem a todo tempo, orando, conseguiriam escapar de terem seus corações contaminados (Lc 21:34-36). Acaso não seria este laço global a rede mundial de computadores, bem como a mídia como um todo? A meu ver, não resta dúvida de que vivemos neste momento da cronologia do fim.</div>
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<br /></div>
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O que vem a seguir é o último bloco, um período chamado de "a grande tribulação", no qual ainda não adentramos, mas que certamente começará em breve. Nele se desenrolam os eventos finais: o Sol e a Lua escurecerão e as "estrelas" cairão do céu (Mt 24:29a, Mc 13:24,25a; Lc 21:25a – serão possíveis meteoritos que bombardearão a terra, ou mísseis nucleares); angústia das nações pelo bramido do mar e das ondas (Lc 21:25b – tsunamis gerados pela provável queda de asteroides no oceano); e terror pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo (Lc 21:26a) pois os poderes dos céus serão abalados (Mt 24:29b; Mc 13:25b; Lc 21:26b - consequências catastróficas na atmosfera terrestre). Muitos crentes pensam que a igreja não estará mais aqui quando estes terríveis sinais acontecerem, supondo que já teríamos sido arrebatados. Mas, ao invés disso, o Senhor nos advertiu que somente quando víssemos estes últimos sinais começando a ocorrer é que deveríamos saber que a nossa redenção se aproxima (Lc 21:28). Sendo assim, o arrebatamento não ocorrerá sem que tudo isto comece a acontecer.</div>
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As conclusões a que cheguei com o sermão escatológico foram depois comparadas com as revelações do livro do Apocalipse, bem como com passagens correlatas de outros livros da Bíblia. E foi neste momento que o estudo ficou ainda mais empolgante, pois algumas lacunas começaram a ser preenchidas, e todas as demais, reforçadas. Por exemplo, a presente situação da igreja, profetizada pelo Senhor, se encaixa perfeitamente com o tempo de apostasia que Paulo pontuou como sendo o penúltimo sinal antes do arrebatamento, em 2 Tessalonicenses 2:3. Depois disso, o sinal derradeiro será o aparecimento do “homem da iniquidade, o filho da perdição”, a quem chamamos de “o anticristo”. Ora, para que tenhamos a necessidade de um líder mundial que estabeleça a paz, será preciso que primeiro aconteça uma catástrofe mundial, que sem dúvida será o desenrolar dos eventos da grande tribulação. De igual modo, a sétima igreja do Apocalipse, Laodiceia (Ap 3:14-22), é um retrato da igreja dos nossos dias, revelando que vivemos, de fato, no último período da igreja. O tempo de provação, ou tentação, que viria sobre o mundo inteiro, do qual a igreja do sexto período foi poupada (Ap 3:10), obviamente ocorre no período da sétima igreja, que é o mesmo laço a respeito do qual o Senhor nos alertou que viria sobre todos que habitam a terra (Lc 21:34-36). Estou convencido de que este laço é a internet. O episódio que vem a seguir será o anticristo, figura que aparece na abertura do primeiro selo (Ap 6:2). Com ele vem a grande tribulação, que culmina no sexto selo, exatamente como profetizou o Senhor no sermão escatológico.</div>
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Não há espaço neste artigo para que eu exponha todas as minhas descobertas. Na verdade, continuo me surpreendendo com novas revelações a respeito do tempo que vivemos e da iminência do que está por vir. Mas, o que realmente importa é compreendermos a razão para o Senhor nos ter deixado tantos sinais a respeito destes dias. Qual a razão? Certamente não foi para nos assustar, mas sim para que pudéssemos identificar o tempo em que vivemos e, desta forma, não nos distrairmos como os demais, mas ficarmos alertas, vigilantes! E por que isso? Ora, porque vivemos os dias mais perigosos de toda a história cristã sobre a terra. Nosso tempo é ainda mais perigoso que o dos primeiros mártires, pois eles não sofreram o nível de tentação a que somos expostos diariamente. Eles sofriam o risco de perderem o corpo, mas nós, de perdermos a alma! Logo, a razão para o Senhor nos alertar sobre esse tempo é o seu grande amor por nós, a fim de que não percamos a nossa salvação. </div>
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Você consegue perceber? Ou também está dormindo? Nenhuma outra geração de cristãos foi tão assediada pelo mundo como a nossa geração. Nenhuma outra foi tão distraída e contaminada. Mas, como a maioria dos crentes não faz oposição ao mundo, nos tornamos uma igreja morna, misturada, que procura se adequar a todo tipo de novidade. Sem exagero, somos a pior geração de cristãos que já passou pela terra! Deixamos muito a desejar em todos os aspectos que concernem à vida cristã, tais como oração, meditação nas escrituras, evangelização, boas obras e santificação. Mas, infelizmente, muitos crentes já não se importam mais com nada disso!</div>
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Quanto a mim, perceber o tempo em que vivemos me trouxe despertamento espiritual, salvando-me da mornidão em que me achava. Passei a gastar mais tempo em oração e menos com distração. Passei a cuidar melhor das ovelhas que pastoreio, procurando também despertá-las para que se encham do Espírito Santo e vivam em constante fé, esperança e amor. Passei a mencionar mais vezes em minhas pregações a iminente volta de Cristo e a urgente necessidade da evangelização. E, não menos importante, passei a compreender que as passagens escatológicas da Bíblia não devem ser desprezadas. Quem as despreza faz mal a si mesmo e não está desprezando o homem, mas ao próprio Deus que as revelou. </div>
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Alan Capriles</div>
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Unknownnoreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-70880978521226727842016-04-22T19:51:00.005-03:002016-04-28T09:28:22.627-03:00A IRA DE DEUS SOBRE O BRASIL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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Minha tese para tanta decadência, corrupção e destruição<br /> </h3>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRba7nig7yTw0FIOdc65x4aJEMLzPDOOMGr_pMvGLiIxiRTPe6AKs7BsiQk_qOgSCdQzd_Ouetn2-42qkjXAaSj_46OP61KQK2voaEYzM6muaEe6O9gyNX71Z2LZNwm8fzUZPP/s1600/ju%25C3%25ADzo+sobre+o+Brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRba7nig7yTw0FIOdc65x4aJEMLzPDOOMGr_pMvGLiIxiRTPe6AKs7BsiQk_qOgSCdQzd_Ouetn2-42qkjXAaSj_46OP61KQK2voaEYzM6muaEe6O9gyNX71Z2LZNwm8fzUZPP/s640/ju%25C3%25ADzo+sobre+o+Brasil.jpg" width="640" /></a></div>
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Por Alan Capriles</div>
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Primeiro foi a seca em São Paulo, depois a trágica morte do rio Doce, um dos principais rios do Brasil. Ao mesmo tempo vieram as pestes, uma depois da outra: o aumento da dengue, o surgimento da chikungunia, do zika vírus e do surto fora de época da gripe H1N1, cujos casos tem aumentado assustadoramente nos últimos dias. A microcefalia tem apavorado as mulheres grávidas e o número de bebês nascidos com essa terrível anomalia já passa de mil. Acrescente-se a isso uma turbulência política sem precedentes, com escândalos de corrupção que denegriram a nação, e a maior crise econômica de toda nossa história. Ah, esqueci de mencionar o vexame da nossa seleção de futebol na Copa do Mundo de 2014. Aqueles sete gols que sofremos talvez não tenham sido por acaso - e, na verdade, eles marcaram o início de uma estranha sequência de desgraças que têm assolado nosso país. </div>
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O que está ocorrendo? Será tudo isso mera coincidência? </div>
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Para os que não acreditam em Deus e não conhecem sua Palavra, minha tese parecerá tão estranha quanto absurda. Mas o fato é que toda essa negatividade que assombra nosso país começou paralelamente ao término da construção de um mega templo que, do ponto de vista judaico, é uma afronta ao Deus de Israel. </div>
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Refiro-me ao chamado Templo de Salomão, cujas obras se iniciaram em 08 de agosto de 2010, com o significativo enterro de uma enorme Bíblia pelas mãos de Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.[1] O evento foi notícia internacional, pois não se tratava apenas de mais uma catedral da IURD, mas de uma réplica do famoso templo que Salomão teria construído sob as diretrizes do próprio Deus. </div>
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Ao saber do início das obras, um respeitado rabino judeu advertiu que mazelas recairiam sobre a nação que ousasse reconstruir o sagrado templo num local em que Deus não determinou. "Profetas advertiram que toda decadência e corrupção, toda destruição pode vir quando o Santo Templo não é construído no lugar que Deus escolheu como a cidade da sua habitação."[2]</div>
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Ora, o judeu que nos advertiu não é ninguém menos que Chaim Richman, diretor internacional do Instituto do Templo, a entidade israelita que pretende reconstruir o templo de Salomão em Jerusalém.[3] Sendo assim, não se trata de um leigo no assunto, mas de um judeu seriamente comprometido com sua fé.[4] </div>
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Mas Edir Macedo não deu ouvidos a esta grave advertência e prosseguiu com o andamento das obras, que podiam ser acompanhadas ao vivo pela internet. Em 2013 foram colocadas as pedras vindas de Israel e, finalmente, no dia 31 de Julho de 2014, inaugurou-se o "Templo de Salomão" na capital de São Paulo. Para o espanto e indignação de muitos, participaram da cerimônia a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista Fernando Haddad, além de outras autoridades.[5] </div>
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A presença de políticos com tamanha envergadura não deve ser menosprezada. Se a construção deste templo já seria o bastante para desencadear o juízo de Deus sobre uma nação, imagine com a aprovação das maiores autoridades políticas do nosso país, que participaram de sua cerimônia inaugural! </div>
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Não me admira que todos os políticos acima estejam agora sob investigação. A começar pela presidente Dilma Rousseff, que neste momento, no qual escrevo este artigo, sofre um pedido de impeachment e se viu traída por seu vice, Michel Temer, o qual também corre o risco de ter seu mandato cassado por suposto crime eleitoral na campanha da chapa que o elegeu. </div>
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O fato é que, ao invés de bênçãos, a inauguração do Templo de Salomão da IURD coincidiu com esta época de grande decadência, corrupção e destruição em nosso país - exatamente como o rabino Chaim Richman nos advertiu. Fomos avisados! E o pior é que a onda de más notícias parece não diminuir. A última catástrofe ocorreu ontem, com o desabamento da ciclovia que havia sido construída para ser um legado das Olimpíadas. Ao invés disso, causou a morte de pessoas inocentes, repercutindo na mídia internacional como um exemplo de obras construídas às pressas e que colocam em cheque nossa segurança e capacidade para sediar este evento mundial. E o detalhe curioso é que a ciclovia caiu no mesmo instante em que prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, presenciava a cerimônia do acendimento da tocha olímpica na Grécia. Mera coincidência, ou se trata de mais um aviso da parte de Deus?</div>
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O que mais virá pela frente? Desde o ano passado, sonhos, visões e revelações de irmãos em Cristo tem sido publicadas na internet com o fim de nos alertar sobre catástrofes ainda maiores que poderão ocorrer em nosso país.[6] Apesar da cautela exigida em relação a profecias desse tipo, penso que deveríamos considerá-las seriamente, especialmente tendo em vista tudo quanto já ocorreu até agora. Não me parece nada normal o que tem ocorrido no Brasil. </div>
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Sendo assim, o que podemos fazer? A direção que recebi do Senhor está em sua Palavra, no livro do profeta Joel: </div>
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<b>"Agora mesmo diz o Senhor: </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, <br />e digam: </b><b>Poupa o teu povo, ó Senhor."</b> </div>
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(Joel 2: 12,17)</div>
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Tenho a esperança de que este humilde texto possa contribuir para o despertamento espiritual de alguns irmãos em Cristo. Atentemos para esta convocação do Senhor! É tempo de cada um de nós apregoarmos um santo jejum, orando com lágrimas de arrependimento em favor do seu perdão sobre nós e os líderes da nossa nação. Não somente os líderes políticos, mas sobretudo os religiosos, que conhecem a Palavra de Deus e mesmo assim o desobedecem. Creio que a paciência do Pai chegou ao fim, Ele está nos disciplinando. E, de fato, nós merecemos isso!</div>
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Portanto, clamemos a Deus com sincera conversão, orando com jejuns e com pranto! Quem sabe o Senhor ainda terá misericórdia de nós, aplacando sua ira e tornando a abençoar nossa nação e, ainda mais importante, a nos fazer uma bênção em Suas mãos. </div>
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Com temor e tremor,</div>
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Alan Capriles</div>
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<b>Notas:</b></div>
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[1] Apesar de alguns defenderem que o enterro da Bíblia abaixo da pedra inicial de um templo seja uma simples tradição, existe a suspeita de que este ritual tenha origem na maçonaria. Assista ao vídeo do enterro da Bíblia que marcou o início da obra do Templo de Salomão: <a href="https://youtu.be/3PiPiB8dQ1A">https://youtu.be/3PiPiB8dQ1A</a></div>
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<br /></div>
<span style="text-align: justify;">[2] Existem alguns vídeos com a fala deste rabino. Segue o link do mais antigo, mas cujas legendas passam muito depressa. No segundo link a legenda está mais fácil de ser acompanhada, porém a tradução erra no valor do templo, que não foi 200 mil dólares, mas de 200 milhões de dólares. </span><br />
<div style="text-align: justify;">
Vídeo 1, mais antigo: <a href="https://youtu.be/zj6Y4kcFNKE">https://youtu.be/zj6Y4kcFNKE</a></div>
<span style="text-align: justify;">Vídeo 2, mais fácil de se ler: <a href="https://youtu.be/52In5ykKO28">https://youtu.be/52In5ykKO28</a></span><br />
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[3] Assista a este vídeo sobre o Instituto do Templo e perceba porque o Templo de Salomão da IURD acaba se tornando ridículo perante a séria reconstrução do Terceiro Templo com o qual sonham os judeus: <a href="https://youtu.be/qojgU4tWkEc">https://youtu.be/qojgU4tWkEc</a></div>
<br />
[4] Saiba mais sobre o rabino Chaim Richman:<br />
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaim_Richman">https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaim_Richman</a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
[5] Um dos vídeos que noticiaram a inauguração do Templo de Salomão da IURD:</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://youtu.be/nVvQ7JKdrUQ">https://youtu.be/nVvQ7JKdrUQ</a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
[6] Um excelente exemplo de advertência profética:</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://youtu.be/tfdJM36RgM4">https://youtu.be/tfdJM36RgM4</a></div>
<br />
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-76913250027480007312016-02-29T16:06:00.001-03:002018-05-09T12:50:15.635-03:00A GRANDE AMEAÇA AOS "DESIGREJADOS"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
Um alerta contra os papas virtuais </h3>
<div style="text-align: right;">
Por Alan Capriles</div>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEite4ymEkhDP614tNPyFdBvU4oTXTObBmnFGrMb7gPmWRpb0TAxbJE_OfnCmzeCuQTFna4opb8f9ZbkgGfXi9xBOnZyyR5Hy0xOE9Bi-RNr_ZGOnygCkvCTG90OKXvWnF7H8d8r/s1600/papa+dos+desigrejados.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEite4ymEkhDP614tNPyFdBvU4oTXTObBmnFGrMb7gPmWRpb0TAxbJE_OfnCmzeCuQTFna4opb8f9ZbkgGfXi9xBOnZyyR5Hy0xOE9Bi-RNr_ZGOnygCkvCTG90OKXvWnF7H8d8r/s320/papa+dos+desigrejados.jpg" width="320" /></a>Sempre tive simpatia pelos <i>desigrejados</i>, um fenômeno cristão relativamente recente, o qual parece continuar crescendo. Para quem não sabe, um verdadeiro desigrejado não é um crente desviado, mas sim um cristão autêntico que, a contra gosto, precisou deixar a igreja onde congregava quando esta se desviou do evangelho. Sei que isso parece uma contradição - uma igreja se desviar do evangelho - mas é o que tem ocorrido em diversos lugares do Brasil e do mundo.<br />
<br />
Muitos pastores tem trocado a simplicidade do evangelho de Cristo pela sedutora "teologia da prosperidade", ou pelo pragmático sistema G12 e suas variantes, ou por atraentes espetáculos durante os cultos, ou por esquisitices atribuídas ao Espírito Santo, ou ainda por tudo isso junto e sabe-se lá mais o quê! Acredito que muitos pastores não façam isso por mal, mas apenas porque foram sutilmente contaminados pelo ensino errôneo de outros pastores mais famosos. De fato, grande parte dos programas que estão na chamada mídia gospel, bem como de livros que se dizem evangélicos, têm servido mais à propagação de heresias do que para nos edificar na verdade. Pastores brasileiros renomados, que outrora eram conhecidos pela fidelidade bíblica, passaram a pregar e ensinar um outro evangelho, geralmente importado das megaigrejas estrangeiras. E assim, "pacotes" de sucesso numérico e financeiro tem sido adotados por muitos pastores que, no afã de fazer crescer e enriquecer sua igreja, copiam as pregações e a dinâmica das igrejas que, segundo eles, <i>deram certo</i>. E tais novidades, que não tem respaldo bíblico (e que geralmente são antibíblicas) passam a ser empurradas pela goela abaixo das ovelhas. </div>
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Todo esse mal tem se alastrado como câncer por muitas igrejas evangélicas do nosso país, causando tristeza e frustração naqueles que almejam permanecer fiéis à palavra de Deus. E quase sempre a história se repete: esses irmãos deixam a igreja na qual congregaram por anos, em busca de alguma igreja que não tenha se corrompido, para então descobrir que todas ao seu redor também estão assim, desviadas do evangelho. O que fazer então? Aqueles que saíram sozinhos costumam permanecer solitários, tentando alimentar-se através da leitura bíblica individual e de certas pregações pela internet. Mas outros, que saíram em grupo, decidem continuar se reunindo toda semana, geralmente na casa de um deles - não para iniciar uma nova denominação, mas simplesmente para se manter a edificação mútua e o cuidado de um para com o outro. A meu ver, isso é ser igreja em sua essência. Ou seja, se a compreensão do evangelho for buscada em oração e plena confiança no Espírito Santo, não haverá problemas, mas uma igreja saudável, que crescerá em Cristo.<br />
<br />
O problema geralmente começa quando alguém do grupo deseja impor suas ideias e interpretações bíblicas aos demais irmãos. O diálogo respeitoso vai deixando de existir, bem como a mútua edificação ensinada por Paulo aos Coríntios (1 Cor 14:26). E, se ninguém perceber a tempo, logo essa reunião no lar se transformará em algo tão manipulador e danoso quanto o que acontecia nas igrejas de onde esses irmãos saíram.<br />
<br />
Como se vê, o problema não está no local, mas na disposição das pessoas que se ali reúnem, seja numa casa, ou em qualquer outra edificação. Este é um ponto crucial, que precisa ser muito bem compreendido, principalmente porque alguns costumam demonizar qualquer denominação, como se o problema estivesse no fator "instituição", ou na sua edificação de alvenaria. No entanto, o verdadeiro problema não consiste em nada disso, mas reside no coração do homem, esteja este homem congregando em casa, ou numa denominação evangélica. Muitos desigrejados com quem converso reconhecem que só deixaram suas antigas denominações porque seus líderes se corromperam, deixando de ensinar na pureza e simplicidade que há em Cristo. Se assim não fosse, teriam eles permanecido na mesma congregação. Isso comprova que o problema não está na denominação em si, mas naqueles que pastoreiam, pregam e ensinam, os quais deveriam se manter sempre submissos a Cristo. Sendo assim, uma igreja não se torna mais santa só porque se reúne nos lares, assim como não se torna infiel só porque se reúne num prédio. Tudo dependerá da sincera devoção a Cristo de quem está se reunido, seja lá onde for. </div>
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<br /></div>
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Todavia, não bastasse o risco de que alguém do pequeno grupo queira dominar sobre os demais, percebo que há um perigo ainda maior sondando as igrejas nos lares. Falo dos indivíduos que se promovem pela internet com a duvidosa intenção de oferecer ajuda espiritual aos desigrejados. Não estou criticando quem se presta ao aconselhamento virtual, pois eu mesmo respondo a inúmeros e-mails de pessoas que me pedem conselhos bíblicos. Refiro-me a quem se promove às custas dos desigrejados, ou seja, colocando-se como autoridade <i>papal</i> sobre os mesmos. Sem muito esforço, consigo me lembrar de pelo menos cinco nomes que se tornaram famosos na internet apresentando-se como mestres desse movimento.<br />
<br />
Assim como as megaigrejas estrangeiras, esses <i>papinhas</i> nacionais também oferecem seus pacotes, e com a mesma prepotência de quem se acha dono da verdade. Obviamente, eles são carismáticos, simpáticos e falam muito bem - razão pela qual conseguem seguidores. O que tais seguidores talvez não estejam percebendo é que eles saíram de um erro para cair em outro que pode ser ainda pior! Digo isso porque, via de regra, esses mestres dos desigrejados não incentivam as práticas cristãs mais básicas, tais como a constante oração, a meditação na palavra, o bom testemunho, a santificação, o cuidado com outros irmãos, a prática secreta da caridade, bem como a obediência à maioria dos ensinamentos de Cristo - o qual sempre nos exige a renúncia de nossa própria vontade. Ao invés disso, costumam ser agressivos contra quem discorda de suas posições teológicas, pois apresentam-se como sabedores de tudo, apesar de não realizarem nada de produtivo à sociedade. Além de não ensinarem o que Jesus ensinou, passam a maior parte do tempo criticando toda e qualquer denominação cristã, fomentando ódio no coração já ferido de irmãos que precisam tanto de cura. </div>
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<br /></div>
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Desconfio que esse <i>papas</i> dos desigrejados nunca foram desigrejados de verdade. O que eles realmente querem é aparecer, e não fazer com que Cristo apareça. Não fosse assim, eles promoveriam os ensinamentos de Cristo e não a si mesmos, aconselhariam a que os irmãos confiem na liderança do Espírito Santo e não em sua própria liderança, passariam mais tempo ensinando a reconciliação, o perdão, enfim, a palavra de Deus, ao invés de alimentar a discórdia entre irmãos.<br />
<br />
Espero que eu tenha sido claro. Não sou contra um verdadeiro desigrejado, alguém que realmente deseja ser fiel a Cristo, confia no Espírito Santo, e ama reunir-se com irmãos que almejam a mesma fidelidade. Mas sou totalmente contra esses <i>papas</i> que tentam aprisionar os desigrejados em suas denominações virtuais, como se isso fosse o verdadeiro evangelho. Não, não é. Por isso encerro minhas palavras com o mesmo alerta indignado de Paulo aos gálatas, os quais, após experimentarem a liberdade em Cristo, estavam se deixando aprisionar por uma deturpação do evangelho:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou,</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Gálatas 5:1</i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-61480695537390594742016-01-27T11:56:00.001-02:002016-03-03T19:51:19.553-03:00PROSPERANDO SEM A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
Como manter uma igreja sem enganar os fiéis</h3>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ9izLNulmftjHJA-Y48r_xUJmyKyouMqtVep5qmvwRFlFd7bDVTcV3L-q6E8BqU_tLtDGFDr478IfCBGvMcToYx7PEcnYe8Zs3DZAMneerpTo-j3Edhw4UIXkvBo8X_kxgtPp/s1600/pobres.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ9izLNulmftjHJA-Y48r_xUJmyKyouMqtVep5qmvwRFlFd7bDVTcV3L-q6E8BqU_tLtDGFDr478IfCBGvMcToYx7PEcnYe8Zs3DZAMneerpTo-j3Edhw4UIXkvBo8X_kxgtPp/s320/pobres.jpeg" width="320" /></a></div>
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Desta vez meu artigo será bastante pessoal e não há como ser de outra forma. Trata-se da minha resposta a uma carta que recebi por e-mail e que me deixou bastante comovido. Pedi autorização à remetente para que eu pudesse respondê-la por aqui, em meu blog, a fim de ajudar outros pastores que talvez estejam enfrentando a mesma situação. </div>
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<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
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<i>“Olá, pastor Alan! Eu e meu marido fomos por 20 anos da Igreja “X” onde ele foi Pastor e por motivo de estarmos cansados de tanta cobrança financeira foi que saímos. Já estava fazendo mal para a saúde física e espiritual dele! Resumindo: saímos faz 5 meses e, como ele ama pregar e salvar as pessoas, decidiu abrir uma igreja, mas nossa maior luta é manter ela aberta, pagar o aluguel e as despesas nossas e da igreja! Pastor Alan, acompanhei seus posts e gostaria de pedir esta direção para o senhor, de como o senhor faz para manter a igreja sem a teologia da prosperidade, campanhas e tudo mais. Estou vendo esta dificuldade no meu marido; afinal, ele ficou 20 anos e não tem como sair tão cedo! Por favor, nos oriente neste caso. Como vamos fazer para pedir a contribuição das pessoas sem apelar pra estas coisas? Pois vejo que quando pedimos para as pessoas dar por amor elas não dão nada, mas se você lança um propósito ou dízimo, aí algumas dão, mas não está dando pra arcar com as despesas! Por favor, gostaria da sua ajuda pra dizer como é feita a contribuição dos fiéis aí e com que argumentos.”</i></div>
</blockquote>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pessoa que me escreveu, a qual eu não conheço, certamente deve saber um pouco da minha história pastoral. Talvez tenha sido por meio de algumas pregações e artigos, onde deixo transparecer meu “estranho” modo de pastorear. Na verdade, não sou eu que estou contrariando a maioria das igrejas de hoje em dia, mas são muitos pastores que estão na contramão do que Jesus ensinou. Se isso for mesmo um fenômeno recente, imagino que se eu pastoreasse no século 19 não haveria nada de estranho em minhas posições. </div>
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<br /></div>
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Mesmo sendo breve, a carta que recebi nos revela uma sociedade cada vez mais consumista e individualista, onde muitos pastores têm caído na tentação de atrair esse público com a promessa de bens materiais. Por isso, parece mentira que alguém consiga manter uma igreja apenas com o evangelho de Cristo. Sim, porque o verdadeiro evangelho de Cristo nada tem a ver com ganância e avareza. Muito pelo contrário, enquanto muitos pastores hoje ensinam como acumular bens materiais, o Senhor nos ordenou a repartir o que temos com os pobres. Aos olhos de Deus, rico não é aquele que mais acumula e sim o que sempre compartilha.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu poderia comprovar isso através de muitos versículos bíblicos, mas já o fiz em textos anteriores, tais como “<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2012/06/onde-esta-o-erro-na-teologia-da.html" target="_blank">Onde está o erro na teologia da prosperidade</a>” - um artigo que não deixa margem para contestação. Noutro post, mais antigo, relatei sobre um pastor que me convidou para pregar numa campanha de sua igreja, orientando-me a que ensinasse o povo a conquistar seu carro zero e sua casa própria. Ora, ele não conversava comigo há bastante tempo e não sabia que eu havia mudado, isto é, me convertido ao verdadeiro evangelho. No culto da referida campanha iniciei a pregação com a seguinte frase: <i>“Quem veio aqui hoje para buscar a Deus por causa de uma casa própria, ou de um carro zero, ou mesmo de qualquer outro bem deste mundo está muito enganado com Jesus e o seu evangelho. Muito enganado!”</i> O restante da pregação, bem como o final dessa história, pode ser lido no artigo intitulado “<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2012/03/quebra-da-maldicao-financeira.html" target="_blank">Quebra da maldição financeira</a>” onde também apresento diversos versículos que contrariam a pregação gananciosa de hoje em dia.</div>
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<br /></div>
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Provavelmente, foi através desses textos que a irmã do e-mail soube que pastoreio uma igreja que prospera sem a teologia da prosperidade. Sei que não sou o único, mas nossa igreja é uma das denominações que comprova ser possível permanecer fiel a Cristo e prosperar frente ao desamor e avareza deste século. Nossa prosperidade não é a riqueza material, pois não é isso que almejamos, mas sim o nosso relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo, que nos enche de paz, alegria e amor ao próximo. </div>
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A partir de agora compartilho minha resposta, na esperança de ajudar também a outros pastores que estejam dispostos a abandonar a maligna teologia da prosperidade e experimentar como Deus abençoa os que permanecem fiéis à sua Palavra. Segue o que respondi:</div>
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Prezada irmã em Cristo,</div>
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Apesar de objetiva, percebo que sua carta me dá oportunidade para comentar diversos pontos interessantes. Sendo assim, vamos por partes:</div>
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<blockquote class="tr_bq">
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<i>“Eu e meu marido fomos por 20 anos da Igreja “X” onde ele foi Pastor e por motivo de estarmos cansados de tanta cobrança financeira foi que saímos. Já estava fazendo mal para a saúde física e espiritual dele!”</i></div>
</blockquote>
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<br /></div>
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Não duvido nem por um segundo da sinceridade que você e seu marido tiveram em servir a Cristo por mais de vinte anos na igreja que você mencionou. Por outro lado, também não acredito nem por um segundo que a pressão por ofertas mais altas possa caracterizar uma verdadeira igreja cristã. Isso me preocupa muito, pois talvez vocês não estivessem numa igreja de verdade, mas numa empresa com fachada de igreja. E talvez não tenham conhecido o genuíno evangelho da graça de Cristo, mas uma religião que barganha com Deus. Por outro lado, tenho a esperança de que vocês não tenham saído de lá somente por causa do estresse provocado por “tanta cobrança financeira” e sim porque tenham despertado espiritualmente, percebendo que tal opressão nada tem a ver com o genuíno evangelho. Eu também tive o meu despertar e foi a partir de então que decidi romper por completo com esse sistema. Lembro-me do dia em que sentei ao lado de minha esposa e desabafei com ela: “Ou passamos a viver segundo o evangelho, ou prefiro deixar o pastorado.” Como sempre, ela me apoiou a fazer o que é certo, e corajosamente fomos deixando as práticas contrárias ao que Cristo ensinou. Como pastor titular tive a vantagem de não precisar mudar de igreja - do contrário eu seria mais um desigrejado, pois eu não teria pra onde ir.[1] Por outro lado, precisei começar um longo processo (que talvez nunca termine) de ensinar a meus irmãos o que Cristo realmente nos ordenou. Parte do fruto literário desta época foram textos que acabaram gerando polêmica na internet, tais como “<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2010/02/evento-ou-e-vento.html" target="_blank">Evento ou é vento?</a>” e “<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2010/02/as-12-razoes-para-eliminar-o.html" target="_blank">As doze razões para eliminar o entretenimento em sua igreja</a>”. De fato, quando escrevi esses textos, nós já havíamos abolido qualquer tipo de apresentação durante os cultos, que ficaram completamente voltados para a Palavra, a oração e o louvor de adoração. E, graças a Deus, assim continuamos até hoje. Ou seja, passamos a não mais atrair pessoas que estavam buscando na igreja uma distração, mas sim aquelas que desejavam uma verdadeira conversão. Descobri pela prática que só existem dois tipos de igreja: a verdadeira, que é centrada em Cristo e seu evangelho; e a falsa igreja, que procura agradar ao homem e realizar sua vontade. O pastor que tenta fazer as duas coisas comete um grande erro, assemelhando-se aos crentes mornos de Laodicéia, que dão náuseas no Senhor (Ap 3:15-17). Não é possível ficar em cima do muro. Vocês precisam escolher de que lado estão, se do evangelho ou do sistema gospel. Se escolherem o evangelho, precisam deixar bem claro para os irmãos que a igreja pastoreada por vocês é muito diferente de onde vocês saíram. Não queiram ser mais uma variação do mesmo tema, pois não precisamos de mais igrejas evangélicas, mas sim de mais evangelho nas igrejas.</div>
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<blockquote class="tr_bq">
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<i>“Resumindo: saímos faz 5 meses e, como ele ama pregar e salvar as pessoas, decidiu abrir uma igreja, mas nossa maior luta é manter ela aberta, pagar o aluguel e as despesas nossas e da igreja!”</i></div>
</blockquote>
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Sei que talvez você não tenha querido dizer isso, pois não cabe a qualquer um de nós decisão de “abrir uma igreja”. Quem deve decidir isso é Cristo, o Senhor da igreja. Somos apenas seus mordomos, nada mais. O que podemos, e devemos, é decidir obedecê-lo. Mas, supondo que realmente Deus tenha lhes confirmado que vocês formassem um novo ministério, tudo que posso lhes dizer é isto: confiem em Deus, pois a porta que Ele abre ninguém fecha, e a que Ele fecha ninguém abre. Você disse também que seu marido “ama pregar e salvar as pessoas” e isso é ótimo! Porém, fico me perguntando se ele continua pregando o que ouviu por 20 anos, ou se fez uma releitura dos evangelhos e, assim como aconteceu comigo, percebeu que precisava reformar sua teologia. Não me refiro a tornar-se calvinista ou coisa parecida, mas a se estudar o que os apóstolos pregavam (que é também o que o próprio Cristo pregava) a fim de se pregar com fidelidade as escrituras. O resultado de minha própria análise do evangelismo de Jesus e dos apóstolos foi publicado em 2014 no e-book intitulado “<a href="http://igrejabiblicacrista.org/manual_pratico_para_evangelizacao.html" target="_blank">Manual prático para evangelização – o método de Jesus e dos apóstolos.</a>” Humildemente, recomendo sua leitura, que está disponível gratuitamente em nosso site.</div>
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<blockquote class="tr_bq">
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<i>“Pastor Alan, acompanhei seus posts e gostaria de pedir esta direção para o senhor, de como o senhor faz para manter a igreja sem a teologia da prosperidade, campanhas e tudo mais. Estou vendo esta dificuldade no meu marido; afinal, ele ficou 20 anos e não tem como sair tão cedo!”</i></div>
</blockquote>
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<br /></div>
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A resposta é simples, mas acho que não há como eu dizer isso sem correr o risco de ofender algum leitor. Por outro lado, a verdade precisa ser dita: Onde se prega teologia da prosperidade e se fazem campanhas pra se conseguir isso e aquilo não há ovelhas, mas bodes. Portanto, a questão se resume a isso: Vocês querem pastorear ovelhas, ou engordar bodes? Em outras palavras, vocês querem orientar pessoas a um relacionamento sadio com Deus e o próximo, ou alimentar a ganância dos que desejam se aproveitar de Deus? É simples assim! O tipo de pessoa que fará parte de sua igreja será determinado pelo tipo de mensagem que for pregada. Meu conselho é que vocês sejam radicais como eu fui, abolindo completamente (e agora mesmo) todas as campanhas e as pregações que promovem a ganância. Preguem o arrependimento de pecados e a sincera conversão a Cristo. Acredite no que vou lhe dizer: há milhares (talvez milhões) de pessoas em busca de uma igreja que ainda pregue o genuíno evangelho. São pessoas que não aguentam mais tanta conversa fiada, tanta pregação mundana, tanto amor ao dinheiro. São pessoas que querem Deus, que precisam conhecer o verdadeiro Jesus! Sejam fiéis a Cristo, sejam simples e humildes como Jesus, preguem seu evangelho, divulguem a verdadeira mensagem da salvação, e o Senhor mesmo conduzirá suas ovelhas ao aprisco. </div>
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<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
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<i>“Por favor, nos oriente neste caso. Como vamos fazer para pedir a contribuição das pessoas sem apelar pra estas coisas? Pois vejo que quando pedimos para as pessoas dar por amor elas não dão nada, mas se você lança um propósito ou dízimo, aí algumas dão, mas não está dando pra arcar com as despesas! Por favor, gostaria da sua ajuda pra dizer como é feita a contribuição dos fiéis aí e com que argumentos.”</i></div>
</blockquote>
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Meu conselho é que vocês sejam sinceros e transparentes. Digam claramente aos irmãos que Deus não precisa do dinheiro deles, mas que é um privilégio que o Senhor nos convide a fazer parte de Sua obra. Procurem sempre divulgar algo que foi recentemente adquirido com o valor das ofertas, ou que ainda está sendo pago através da fidelidade deles. Comecem (ou continuem) a ajudar missionários e pessoas carentes. Façam os irmãos perceberem que suas ofertas abençoarão essas vidas. Em nossa igreja não pedimos mais mantimentos (campanha do quilo), mas anunciamos os produtos que precisamos comprar por atacado para que nada falte nas cestas básicas que distribuímos. Assim, nossos irmãos são motivados a contribuir ainda mais, a fim de que possamos abastecer a despensa da igreja e ajudar as famílias carentes. Como pastores, precisamos despertar nos irmãos a alegria de contribuir, de ajudar o próximo. Não há outra forma de se combater a falta de amor, senão com demonstrações de amor. Se nós, como pastores, nos importarmos realmente com a dor do próximo, toda a igreja também se importará. Se os irmãos perceberem o quanto sua igreja faz a diferença na comunidade, todos eles desejarão contribuir cada vez mais para o crescimento desse ministério. Tenho mais algumas dicas. Jamais troquem a oferta por qualquer “patuá”, ou seja lá o que for. Nada de brindes para quem der a oferta acima de determinado valor, ou envelope de ofertas em que se obrigue a escrever o nome, ou que tenha espaço para um pedido de oração. Uma coisa não tem nada a ver com outra. O valor da oferta deve ser sigiloso, a fim de que o ofertante possa contribuir segundo propôs em seu coração. Outra coisa (não estou dizendo que vocês devam fazer isso, mas...) em nossa igreja não vendemos nada na cantina. Além de constranger os irmãos que não podem comprar um lanche, a cantina compete com as ofertas, pois há pessoas que deixam de ofertar, ou que ofertam menos, para que depois do culto possam comprar na cantina. Optamos por oferecer gratuitamente cafezinho ou refresco nesse espaço e compartilhamos com todos qualquer doce ou salgado que os irmãos tenham levado. Resumindo, não vendemos nada na igreja, nem trocamos oferta por qualquer coisa, mas ensinamos que ofertar é um ato de amor, um ato que será honrado por Deus. Quanto à questão do dízimo, escrevi recentemente um artigo sobre o assunto, intitulado “<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2015/09/as-controversias-cristas-sobre-o-dizimo.html" target="_blank">As controvérsias cristãs sobre o dízimo – e a destinação correta das ofertas</a>”. </div>
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<br /></div>
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E, finalmente, procurem pregar mais nos textos do Novo Testamento. Não estou desprezando o Antigo Testamento, mas lembrando que a missão da igreja é formar discípulos de Cristo, ensinando-os a obedecer tudo o que ele nos ordenou (Cfr. Mt 28:20). Na maioria das igreja se prega mais sobre Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Salomão, Elias e Eliseu do que sobre os ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas foi minha insistência em pregar nesses ensinamentos que transformou o coração dos que congregam em nossa igreja, fazendo-os, entre outras coisas, ofertar por amor e não mais por interesse.</div>
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<br /></div>
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Espero ter ajudado a irmã de alguma forma, colocando-me a disposição para responder a novos questionamentos, tanto seus quanto de outros leitores. E já que seu marido é pastor e foi você quem decidiu escrever para mim, quero terminar com uma frase que minha esposa costuma repetir de vez em quando, e que me deixa emocionado, como também agora estou: “Nossa igreja é um milagre, um grande milagre...” E quem nos conhece pessoalmente sabe que é mesmo.[2]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
A Deus toda a glória! <br />
<br />
Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Notas</b></div>
<br />
[1] Revelo minha posição sobre os desigrejados no seguinte texto e vídeo:<br />
"<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2011/10/igrejados-desigrejados-e-o-que.html" target="_blank">Igrejados, desigrejados e o que realmente importa</a>"<br />
"<a href="https://www.youtube.com/watch?v=5FD_IdOIJCk" target="_blank">Há salvação para os desigrejados?</a>"<br />
<br />
[2] Minha esposa costuma dizer isso quando comentamos sobre a assistência que, mesmo sendo uma igreja pequena, conseguimos prestar mensalmente a duas instituições, três casais de missionários (residentes no Níger, Indonésia e Moçambique) e diversas famílias carentes da comunidade e além. Não temos explicação pra isso, a não ser a providência de Deus.<br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-34101522618908275962015-11-20T19:24:00.001-02:002016-01-02T09:31:49.707-02:00O SINAL MAIS EVIDENTE DO FIM<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: justify;">
</h3>
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnPen8mvK5t25nCHL9LaZyFvdfOSGNedgJrb0cmcVb_nSros1rwcGPeIHXS98YxT6wz6ImQfqAR9UQNtsNCGtN-4vzaLAqFi1DtIDRwqJC6LJmQi_6OloD9ckDUAhvQ__BkUVU/s1600/apostasia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnPen8mvK5t25nCHL9LaZyFvdfOSGNedgJrb0cmcVb_nSros1rwcGPeIHXS98YxT6wz6ImQfqAR9UQNtsNCGtN-4vzaLAqFi1DtIDRwqJC6LJmQi_6OloD9ckDUAhvQ__BkUVU/s320/apostasia.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Por Alan Capriles</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando os apóstolos perguntaram a Jesus qual o sinal que antecederia sua vinda e o final desta era, sua resposta foi apresentar não apenas um, mas diversos sinais. Nação se levantaria contra nação e reino contra reino; haveria um aumento de grandes terremotos, fome e epidemias em vários lugares; veríamos coisas espantosas e também grandes sinais do céu. Tudo isso, no entanto, seria apenas o princípio das dores. Ainda mais perto do fim, a iniquidade aumentaria e o amor se esfriaria de quase todos. Ao mesmo tempo, o número de falsos profetas cresceria, bem como de escândalos, ódio e traições na igreja. Logo em seguida, uma grande perseguição contra os verdadeiros discípulos, que seriam odiados de todas as nações por manterem sua fidelidade a Cristo. E, finalmente, os poderes dos céus abalados (alterações climáticas?), as nações angustiadas e perplexas por causa do bramido do mar (aumento do nível dos oceanos?) e da agitação das ondas (tsunamis?) e muitos homens desmaiando de terror por causa das coisas que sobrevirão ao mundo.[1]</span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Praticamente tudo quanto o Senhor predisse como evidência da sua vinda</span><span style="font-size: large;"> e do fim dos tempos já tem ocorrido. De fato, todos os sinais parecem piscar ao mesmo tempo e cada vez mais intensamente! Mas, a despeito disso, notamos uma quase completa distração dos crentes em relação ao tempo presente. Ao invés de orarem mais, oram menos; de evangelizar mais, evangelizam menos; de se santificar mais, se contaminam com o mundo. Como pode ser isso?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A explicação é, no mínimo, curiosa: Essa distração da igreja, teologicamente chamada de <i>apostasia</i>, vem a ser também um dos sinais da iminência do fim. Na verdade, a apostasia é o penúltimo sinal antes da vinda do Senhor – ou mesmo o último, dependendo da linha escatológica que se queira acreditar.[2] </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">A revelação se encontra na Segunda Epístola aos Tessalonicenses, onde Paulo nos esclarece que o retorno de Cristo <i>“não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2Ts 2:3)</i>. Sendo assim, o tempo da apostasia e o surgimento do anticristo são apontados como os dois últimos sinais que antecedem a <i>“vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e a nossa reunião com ele”</i>. E, como vimos, todos os outros sinais já estão acontecendo e mesmo assim a igreja atual parece distraída e não tem se preparado para o encontro iminente com o Noivo! Porém, irônica e tragicamente, isso não poderia ser de outra forma, pois caso a igreja estivesse apercebida do tempo final ela não estaria em apostasia e, se não estivesse em apostasia, não estaríamos no tempo do fim! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Portanto, o retorno de Cristo deve estar mais próximo do que imaginamos, pois o tempo da apostasia chegou! Todas as profecias bíblicas acerca desse período estão se cumprindo. Como não poderia deixar de ser, essa derradeira e lamentável fase também foi prevista pelo Senhor. Entre os sinais do sermão escatológico de Jesus, temos alguns que concernem à igreja, tais como: o surgimento de muitos falsos profetas, o aumento dos escândalos, bem como do ódio e da traição entre os irmãos – indicativos claros de que a igreja não estaria nada bem na sua fase final sobre a terra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Essa triste condição da igreja no tempo do fim também se revela em muitas outras passagens bíblicas. Aliás, algumas parecem até sugerir que precisamente por causa disso retornará o Senhor, ou seja, porque a igreja teria deixado de cumprir sua missão neste mundo.[3] Se relacionarmos esses textos proféticos iremos nos deparamos com descrições que caracterizam grande parte das igrejas atuais. A seguir analisaremos algumas dessas características:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Deturpação da doutrina de Cristo</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” (2 Timóteo 4:3-4)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">Não há maior deturpação da doutrina de Cristo que a famigerada Teologia da Prosperidade, a qual se espalhou como câncer pelas igrejas, atraindo pessoas pela cobiça de bens materiais. O tenebroso tempo revelado por Paulo a Timóteo lamentavelmente chegou.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Pouca oração como evidência de fé</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18:7-8)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">Reuniões de oração quase já não existem e, quando ocorrem, pouquíssimos crentes comparecem. E, na passagem acima, o Senhor aponta claramente para a oração como a maior evidência de fé. Sua pergunta, além de ser irônica, sugere que, por ocasião de sua vinda, poucos haverá que ainda clamem a Deus dia e noite. Esse desprezo pela oração é uma descrição exata do que vemos acontecer em nossos dias.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Insubmissão a Cristo como Senhor</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” (2 Pedro 2:1)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">Renegar o Soberano Senhor significa rejeitar o governo de Cristo sobre nossas vidas. Muitos não percebem, mas os ensinamentos de Cristo deixaram de ser pregados na maioria das igrejas. Para se atender à pauta humanista – como, por exemplo, a Teologia da Prosperidade – as mensagens geralmente são baseadas em textos do Antigo Testamento, evitando-se falar em arrependimento de pecados, renúncia de si mesmo, perdão ao próximo, atos de misericórdia, humildade sincera e santificação total – práticas ordenadas pelo Senhor. Dessa forma, Cristo deixa de ser soberano e a vontade das pessoas é o que impera. Mas a verdade é que Jesus não será o Salvador de quem o despreza como Senhor.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Líderes libertinos</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; [...] Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas; porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro, prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor.” (2 Pedro 2:2,17-19)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">É assustador o número de líderes cristãos que caíram em libertinagem nos últimos anos. Ainda mais assustador é o fato de que muitos desses, além de não se arrependeram, continuam pregando e distorcendo a palavra. Em seus ensinamentos deturpados, transformam graça em desgraça e confundem liberdade com libertinagem, a fim de justificar seus próprios pecados. E, tal como foi profetizado, muitos têm seguido suas práticas libertinas, ajudando a difamar ainda mais o caminho da verdade.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Comércio da fé</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“... também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.” (2 Pedro 2:3)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">Muitas igrejas hoje mais se parecem com empresas; seus pastores, com homens de negócios; seus membros, com clientes; seus cultos, com espetáculos rentáveis. A visão de reino parece haver se perdido, pois muitas igrejas passaram a concorrer umas com as outras, como se fossem lojas comerciais. Nestas, os milagres são anunciados como se fossem mercadoria em promoção e os dias de culto são variados para se atender ao gosto do "freguês". Isso pode parecer exagero, mas o fato é que a realidade se revela ainda muito pior! Aqueles cambistas que Jesus expulsou do templo pareceriam santos se comparados a muitos (ou todos?) cantores gospel e pregadores profissionais de hoje em dia. São verdadeiros mercenários: quem pagar mais, leva! E multidões de crentes aplaudem esses canalhas, que se enriquecem às custas de sua ingenuidade - ou seria cumplicidade? Enfim, todo esse comércio da fé também foi profetizado, sendo mais um claro sinal de que o juízo de Deus não tardará.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>Crentes mundanos</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” <br />(2 Timóteo 3:1-5)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">No texto acima Paulo nos dá uma longa descrição de como seriam os crentes nos últimos dias. Como se vê, a situação da igreja no tempo do fim foi profetizada e não é das melhores. Agora julgue por si mesmo se tais características descrevem ou não a maioria daqueles que hoje se dizem evangélicos...</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Crentes que promovem divisões</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo haverá escarnecedores andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito.” <br />(Judas 1:17-19)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">A quantidade absurdamente exagerada de denominações evangélicas é uma clara demonstração de que chegamos ao profetizado “último tempo”. A maioria dessas novas igrejas provém de lamentáveis e desnecessárias divisões, as quais poderiam ser evitadas com oração, humildade, diálogo e perdão. Paralelamente a isso, há os que deixam a congregação fazendo de tudo para levar outros com eles – não para iniciar uma nova igreja, mas apenas pelo prazer mórbido de tirá-los da comunhão dos santos. Isso tem ocorrido com tanta frequência que o número de afastados já supera o de membros que compõem igreja.[4] Claro, há também o caso das igrejas que se desviaram da fé, obrigando crentes fiéis a deixar sua antiga congregação. Neste último caso, os crentes que promovem divisões são os próprios pastores, na medida em que tentam impor heresias à igreja, tais como a Teologia da Prosperidade, o Liberalismo Teológico, ou movimentos e métodos de crescimento contrários à Palavra.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Multidões de crentes enganados</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>“... levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.” <br />(Mateus 24:11)</i></span><br />
<span style="font-size: large;">Retornando ao sermão escatológico de Jesus, temos a previsão de que muitos seriam enganados por falsos profetas, ou seja, por pessoas que pregam falsamente em nome de Deus. O rápido crescimento de igrejas lideradas por pastores que deturpam o evangelho é mais um sinal claro de que vivemos na iminência do fim. </span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Diante de tantas evidências, não é exagero concluirmos que o maior sinal de que o Senhor está às portas é a própria condição atual da igreja. Isso acontece bem diante dos nossos olhos, mas muitos não estão percebendo! Até mesmo os pastores mais famosos, que deveriam aproveitar a fama para alertar a igreja e conclamar os crentes ao arrependimento e oração, ao invés disso parecem distraídos e preocupados em promover a si mesmos, bem como aos congressos rentáveis dos quais participam. Para piorar, ainda escandalizam o evangelho com vídeos e textos onde se acusam mutuamente, cumprindo a profecia de que haveria ódio entre os cristãos no tempo do fim. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É muito importante compreendermos que o Senhor não nos revelou esses sinais para que ficássemos assustados. Embora o susto seja inevitável para quem acabou de acordar, esse primeiro momento deve ser superado pela compreensão do que devemos fazer. Em primeiro lugar, não sermos parte do problema, o que significa não nos enquadrarmos em qualquer uma das características relacionadas acima. Apesar de vivermos no <i>tempo</i> da apostasia, isso não significa que devamos <i>viver</i> em apostasia. Ainda que a maioria tenha se apartado da fé, jamais queiramos nos parecer com eles! Em segundo lugar, redobrarmos a vigilância e a oração, para que não continuemos distraídos e sejamos mal influenciados pelo tempo presente, mas vivamos cheios do Espírito Santo. E, finalmente, permanecermos fiéis a Cristo, perseverarmos na prática do que o Senhor nos ensinou – especialmente no que concerne ao amor ao próximo. Somente se vivermos o verdadeiro evangelho é que seremos ouvidos em nossa evangelização. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">E não percamos mais tempo com distrações. Perto está o Senhor!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: large;">Alan Capriles</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Notas</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">[1] Para uma análise completa do sermão escatológico de Jesus, confira algumas lições do estudo chamado <a href="http://igrejabiblicacrista.org/perseverando-ate-o-fim-apostila-3.html" target="_blank">Perseverando até o Fim</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">[2] Uma vertente escatológica defende que o anticristo surgirá somente após o arrebatamento da igreja e, sendo assim, nada mais faltaria ocorrer para o nosso encontro com o Senhor nos ares. Particularmente, creio que o arrebatamento acontecerá somente após o surgimento do anticristo, como parece indicar o referido texto na Segunda Epístola aos Tessalonicenses. Por essa razão somos ensinados a identificar o anticristo e alertados de que devemos rejeitar o seu governo e a sua marca (Ap 13:16-18). De qualquer forma, o retorno de Cristo é iminente, pois o cenário está pronto para um governo único mundial. Falta somente ocorrer uma tragédia global que convença a humanidade de que não há outra saída para a paz e a estabilidade econômica, senão um governo único, uma única moeda e um só líder mundial. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">[3] Sempre há exceções, ou seja, crentes que se mantêm fiéis a Cristo e seus ensinamentos, mas parece tratar-se de uma minoria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">[4] Biblicamente falando, <i>igreja</i> é sempre a comunhão dos cristãos e não o local onde estes se reúnem. Portanto, ao falar de igreja não me refiro a templos, ou denominações, mas a irmãos em Cristo que se reúnem regularmente, seja onde for. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-15157024929909131932015-09-28T20:59:00.004-03:002015-10-05T21:42:51.533-03:00AS CONTROVÉRSIAS CRISTÃS SOBRE O DÍZIMO <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
<b>E a correta destinação das ofertas</b></h3>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmkwGHg4Pig8F-W90Hnz80eV-M1ORLbUEWO0vRovX_Xm7P0g0lVGbBVCPoW4afNJkYcuyTkKak_kNmRdcL9cuCkz1dooev1qG5F3Z16xFEjUojfQ2OQxZT2w2rc6jy5AGqtdTj/s1600/d%25C3%25ADzimo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmkwGHg4Pig8F-W90Hnz80eV-M1ORLbUEWO0vRovX_Xm7P0g0lVGbBVCPoW4afNJkYcuyTkKak_kNmRdcL9cuCkz1dooev1qG5F3Z16xFEjUojfQ2OQxZT2w2rc6jy5AGqtdTj/s320/d%25C3%25ADzimo.jpg" width="320" /></a></div>
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Qualquer pessoa que pesquise na internet sobre a questão do dízimo irá se deparar com diversas e contraditórias posições a respeito do assunto. Algo extremamente confuso e perigoso para quem não sabe como fazer uma boa investigação online.[1] Muitos acreditam no primeiro "estudo" encontrado, ou no primeiro vídeo assistido, sem compará-lo com qualquer interpretação contrária. Outros prosseguem na pesquisa, mas acabam abraçando a posição teológica que mais lhes agrada, sem fazer um exame sério das Escrituras. Também há quem busque a verdade com a sua própria "verdade" preconcebida. Esse tipo de atitude, muito comum na internet, ignora qualquer opinião divergente, mas prossegue na busca até encontrar apoio para si mesmo. E, como disse o Senhor: "quem procura... acha!" </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de deixar o meu parecer, apresento abaixo alguns vídeos com diferentes posições a respeito da questão do dízimo. Começando pela opinião mais tradicional, defendida nos dois primeiros vídeos - a de que o dízimo continuaria valendo para hoje - até a posição mais controvertida, ou seja, a de que o dízimo não faz parte da nova aliança. Entre os extremos, dois vídeos de pastores que são da mesma denominação cristã, a Presbiteriana do Brasil, mas que divergem quanto ao assunto. Para Hernandes Dias Lopes, o dízimo é mandamento de Deus; para Augustus Nicodemus, uma "<u>tradição</u> da igreja de Cristo", mas que deve ser mantido, pois segundo ele, "sempre funcionou". Ora, isso não seria pragmatismo?! Porém, o que mais me chama a atenção nestes quatro vídeos é que todos se dizem pastores reformados. Mas, como você verá a seguir, parece que alguns se reformaram mais e outros menos:</div>
<br />
<b>Posição de Walter McAlister, bispo primaz da aliança das Igrejas Cristãs de Nova Vida</b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jWeCmdbODlQ?rel=0" width="560"></iframe>
<br />
<br />
<b>Posição de Hernandes Dias Lopes, pastor na Igreja Presbiteriana do Brasil</b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YSSpSrGXuhI?rel=0" width="560"></iframe>
<br />
<br />
<b>Posição de Augustus Nicodemus, pastor na Igreja Presbiteriana do Brasil</b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/R5DpGd661Qc?rel=0" width="420"></iframe>
<br />
<br />
<b>Posição de Tim Conway, pastor na Graça Church, mesma igreja de Paul Washer</b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BAhCPcVNEgI?rel=0" width="420"></iframe>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Espero que você tenha assistido a todos os vídeos, especialmente aos dois últimos, nos quais Nicodemus reconhece que o dízimo "não é obrigatório, mas um referencial" e Tim Conway chama de <i>mito</i> a ideia de que o dízimo seria padrão do donativo na igreja cristã do Novo Testamento. O fato, admitido por todos, é que apenas uma vez o dízimo é mencionado no Novo Testamento, na passagem onde o Senhor critica os fariseus que davam o dízimo de tudo, mas omitiam o principal da Lei (Mateus 23:23 - o mesmo versículo também em Lc 11:42). O Senhor conclui com a seguinte orientação: "Façam isso, sem omitir aquilo". Como se percebe, Cristo não condenou o dízimo, mas parece tê-lo incentivado. Mas será que foi mesmo? E, caso tenha sido, o Senhor ainda o incentivaria hoje?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de uma conclusão precipitada, consideremos algumas questões: </div>
<ul style="text-align: left;">
<li style="text-align: justify;">Em primeiro lugar, o dízimo destinava-se à manutenção do templo de Herodes. Ora, quando Jesus falou sobre o dízimo esse templo ainda estava em pleno funcionamento, mas sabemos que o mesmo foi completamente destruído no ano 70 d.C. Se o dízimo tinha um propósito que não existe mais, para onde os cristãos de hoje deveriam destiná-lo? </li>
<li style="text-align: justify;">Além disso, por que o livro de Atos e as epístolas nada falam sobre o assunto? Lembre-se de que a maioria das epístolas foi escrita para gentios (não judeus). Com certeza eles nada sabiam sobre dízimo. Sendo assim, por que nenhuma epístola trás orientações a respeito do assunto?</li>
<li style="text-align: justify;">E, finalmente, quando a igreja se reúne para normatizar a conduta dos cristãos gentios (Atos 15) a questão do dízimo nem sequer entra na pauta. Não seria essa uma excelente oportunidade para se ensinar que os gentios deveriam também pagar o dízimo? Por que os apóstolos se calaram a esse respeito?</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A resposta para todas as perguntas acima é simples e óbvia: <b>o dízimo não era praticado pela igreja apostólica.</b> Ao menos, e com toda certeza, não pela igreja formada por gentios. Pode até ser que os primeiros judeus convertidos a Cristo tenham continuado a pagar o dízimo ao Templo, mas apenas enquanto ainda existia um templo. Quanto aos gentios, muito provavelmente eles nem sequer foram ensinados a respeito do dízimo, visto que tratava-se de uma questão concernente ao templo judeu e seus sacerdotes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, as ofertas eram incentivadas pelos apóstolos e praticadas pelos verdadeiros cristãos. E quanto cada um deveria ofertar? Ora, o máximo que fosse possível! Isso fica evidente em certas passagens do Novo Testamento, tais como na Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, capítulos 8 e 9. Sendo assim, o valor sempre superava os dez por cento do dízimo, como vemos no exemplo de Barnabé, que deixou aos pés dos apóstolos toda a quantia do terreno que vendeu (Atos 4:37). </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A ênfase no dízimo se torna um limitador na arrecadação da igreja. Desculpe-me a comparação, mas o dízimo acaba sendo um <i>tiro pela culatra</i>. O fato é que, após a entrega do dízimo, que geralmente ocorre uma vez por mês, o valor de cada oferta costuma não ser maior que o de uma esmola. Muitos cristãos não tem consciência de que devem ofertar sempre o melhor que puderem, mas pensam que seu dever é limitado a dez por cento do que recebem. <i>Cumpri minha obrigação e o que passar disso será lucro</i>, argumentam. </div>
<br />
<b>Se o dízimo não era praticado pela igreja bíblica, por que as igrejas de hoje o praticam?</b><br />
<br />
Identifico três principais motivos:<br />
<br />
<ul style="text-align: left;">
<li style="text-align: justify;"><b>Falta de fé por parte da liderança:</b> Existe o temor de que, se a verdade for descoberta, os irmãos ofertarão menos do que deveriam. Ou seja, menos de dez por cento. De fato, numa época materialista e de tanto egocentrismo é bem provável que isso realmente aconteça.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>Avareza por parte da igreja: </b>Pela mesma razão do ponto anterior é muito provável que a maioria prefira continuar dando somente dez por cento. Além do mais, o dízimo trás a promessa de que se abrirão as janelas do céu e é nisso que o povo quer acreditar. Ou seja, os crentes dão, mas apenas pelo interesse de ganhar algo em troca e não simplesmente pelo prazer de ajudar.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>O mau uso das finanças: </b>Sem dúvida, esse é o maior dos problemas. Quando a arrecadação de uma igreja é mal empregada por seus dirigentes isso pode gerar insatisfação, desmotivando a entrega de maiores ofertas por parte dos irmãos. Isto é, refiro-me a irmãos que realmente conheçam a Palavra - e não a falsos convertidos, que gostam de ser enganados. Prosseguirei comentado melhor esse último ponto.</li>
</ul>
<br />
Primeiramente, pergunto a você: <br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<b>- Como eram utilizadas as ofertas na época em que Barnabé se sentiu motivado a vender seu terreno e doar toda a quantia para a igreja ? </b></blockquote>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não me admira se você disser que não sabe, pois quase ninguém prega ou ensina sobre isso. Mas, vejamos o que nos revela o livro de Atos dos Apóstolos:</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos." (Atos 4:34-37)</i></blockquote>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Barnabé se sentiu motivado a fazer tamanha doação porque a quantia seria repartida segundo a necessidade de cada irmão. Mas de quem os apóstolos aprenderam isso? Ora, do próprio Senhor Jesus:</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Vendei o que tendes, e dai esmolas, e fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói. Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração." (Lucas 12:33)</i></blockquote>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Jesus não era hipócrita. O que Cristo ensinava, isso mesmo ele praticava. Ora, é sabido que o Senhor vivia da coleta de ofertas, mas o principal objetivo dessa arrecadação <u>não</u> era para o seu enriquecimento. Jesus, assim como os apóstolos, vivia de forma simples e compartilhava o que recebia com os mais pobres. Por esse motivo alguns apóstolos pensaram que Judas (que era quem carregava a bolsa) havia deixado a última ceia por ordem do Senhor "para que desse alguma coisa aos pobres". (João 13:29) </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, não vemos mais essa prática de caridade nas igrejas. Geralmente, os mais pobres são esquecidos. Alguns até sofrem preconceito, como se fossem pobres porque não tem fé, ou porque estão em pecado.[2] </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ao invés de se ajudar os irmãos mais pobres, o que temos visto é o uso das ofertas para o embelezamento do templo, para o maior conforto dos frequentadores e para o enriquecimento do pastor, bispo, ou "apóstolo". Com o agravante de que essas igrejas não ajudam irmãos que padecem no campo missionário. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Porém o que mais me entristece é que grande parte dos que se dizem cristãos aprovam que o dinheiro seja usado dessa forma. O fato é que eles gostam disso! Recentemente eu soube que alguém teria ficado muito impressionado com o luxo de uma certa igreja e que teria dito a respeito do seu rico pastor: "Ele vive a prosperidade que prega!" - Sem se dar conta de que o pastor está rico por meio das ofertas que lhe são entregues com promessas de riqueza para quem as dá. E quem vai ficando cada vez mais rico é ele mesmo, o pastor! Mas o povo ganancioso gosta desse tipo de expectativa. Eles querem mesmo acreditar que ficarão tão ricos quanto o pastor. E por que desejam isso? Ora, porque nunca compreenderam o evangelho, jamais se converteram a Cristo. Ainda que chamem Jesus de Senhor, seus anseios e práticas revelam que na verdade são servos de Mamom![3]</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E, concluindo, mais triste ainda é perceber que muitos dos que condenam o dízimo são motivados pela própria avareza. Eles não buscam a verdade, que nos orienta a dar muito além do dízimo, mas buscam uma desculpa para dar muito menos do que isso. Como se percebe, <u>o problema não está no dízimo</u>, mas no próprio homem, na sua hipocrisia, no seu apego aos bens materiais, na sua falta de conversão a Cristo.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Notas</b></div>
<br />
[1] Confira o artigo: <a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2014/11/fatos-ou-boatos.html" target="_blank">Fatos ou boatos - dez dicas para uma boa investigação</a>.<br />
<br />
[2] Confira o artigo: <a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2012/06/onde-esta-o-erro-na-teologia-da.html" target="_blank">Onde está o erro na teologia da prosperidade</a>.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
[3] Mamom: Palavra de origem aramaica, utilizada pelo Senhor para se referir ao falso deus filisteu que personificava as riquezas. (Mateus 6:24)</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com42tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-73912745673118118472015-08-19T14:04:00.000-03:002015-08-20T10:20:43.621-03:00TRÊS MINUTOS PARA MEIA NOITE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
Pregação Completa em Áudio</h3>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/KUFY1B5CGKY" width="640"></iframe><br />
<br />
Mensagem pregada na <a href="http://igrejabiblicacrista.org/" target="_blank">Igreja Bíblica Cristã</a> em 16/Ago/2015<br />
<br />
<b>Para saber mais, confira os links:</b><br />
<a href="http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/relogio-do-apocalipse-adiantado-para-23h57m-humanidade-fica-mais-perto-da-extincao-15123391" target="_blank">Sobre o Boletim de Cientistas Atômicos e o Relógio do Apocalipse</a><br />
<a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2015/08/o-tenebroso-mundo-apos-2015.html" target="_blank">Texto que escrevi sobre a Agenda da ONU</a><br />
<a href="https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld&prev=search" target="_blank">Tradução da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável</a><br />
<a href="https://youtu.be/cYPgOsqgqDs" target="_blank">Palestra do Prof. Walter J. Veith sobre a agenda oculta da ONU</a><br />
<a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PLOeulxyDGlbGCOx1vMOxYSOCCktk9PAok" target="_blank">Playlist de vídeos no meu canal do YouTube sobre o Caos Climático</a> <br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-18550896162916295822015-08-09T14:36:00.001-03:002015-09-21T11:58:16.397-03:00O TENEBROSO MUNDO APÓS 2015<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
A nova agenda da ONU e sua tirania global</h3>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioX21IZy4ov3h48HzY7m8j-Rqvqyf3dhsfongAFkfAOrgNYoofypzIHXKVX_5cPTnIqbnazAY-3EVdIMAFn5UCpwp3dmTmnJmVSDLHCsxmNIle5CIyLsKGLXWAcGMub7c_ZTDr/s1600/onu+2015+2030.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioX21IZy4ov3h48HzY7m8j-Rqvqyf3dhsfongAFkfAOrgNYoofypzIHXKVX_5cPTnIqbnazAY-3EVdIMAFn5UCpwp3dmTmnJmVSDLHCsxmNIle5CIyLsKGLXWAcGMub7c_ZTDr/s400/onu+2015+2030.jpg" width="400" /></a></div>
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A agenda global para os próximos 15 anos já está definida. Todos os 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas, inclusive o Brasil, já deram seu aval para esse acordo histórico e sem precedentes.[1] O novo texto da ONU, que se diz <i>“do povo, pelo povo e para o povo”,</i> (mas sobre o qual você não teve a menor participação), exercerá influência direta em nossas vidas. Ele será sancionado durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável – evento que ocorrerá nos próximos dias 25 a 27 de Setembro, em Nova York. A ocasião marcará também o aniversário de 70 anos dessa Organização e contará com a presença do Papa Francisco, que discursará para mais de 150 líderes mundiais.[2] </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>“Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”</i> é o título dessa nova agenda global.[3] Ela define 17 objetivos e 169 metas para acabar com a pobreza até 2030 e promover universalmente a prosperidade econômica, o desenvolvimento social e a proteção ambiental. Serão 15 anos, a contar de 1º de Janeiro de 2016, nos quais as nações estarão comprometidas com os termos deste pacto. O texto, que contém 29 páginas, surpreende por sua ousadia, chegando a ser descaradamente utópico. Ele prevê um mundo (o mundo todo!) livre de pobreza, fome, doença e no qual todos irão prosperar num prazo recorde de apenas uma década e meia. Mas a grande questão é: como se alcançar em 15 anos o que a humanidade não alcançou em milênios?</div>
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<br /></div>
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É nesse quesito que o texto me pareceu tenebroso. Ele reconhece a necessidade de soluções integradas para o desenvolvimento sustentável e da adoção de uma nova abordagem para alcança-lo, mas não esclarece que “nova abordagem” seria essa. O que se deixa transparecer, ao longo do texto, é que todos os países trabalharão em parceria, determinados a mobilizar todos os meios necessários para executar esta Agenda. Em outras palavras: custe o que custar.</div>
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<br /></div>
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Parece-me óbvio que o texto sugere, nas entrelinhas, aquilo que a ONU sempre almejou: a nomeação de um líder sobre todas as nações, bem como a unificação mundial da moeda, a exemplo do Euro, que não passou de uma experiência do que está por vir.[4] O propósito desta agenda não é outro, senão respaldar as bases para um futuro, mas iminente, governo global. Sem dúvida, isso será proposto nas próximas assembleias gerais da ONU.</div>
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<br /></div>
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O apelo para que tal governo seja criado é fortíssimo. Além das questões de paz e segurança, que são agravadas pelo crescente terrorismo, temos ainda o risco de um colapso econômico mundial, bem como de um provável e ameaçador caos climático – consequência do aquecimento global [5]. Tudo isso é lembrado repetidas vezes na Agenda da ONU, que ainda promete, com a sua implementação, o fim da pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares, garantindo uma vida saudável para todos em todas as idades. Ora, quem não sonha com um mundo assim? Mascarada com essas boas intenções, a ONU tentará convencer os líderes mundiais de que não há outra alternativa, senão a escolha de alguém que conduza a humanidade por esse caminho de paz, saúde e prosperidade. </div>
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<br /></div>
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Mas, para que isso aconteça, será necessário que primeiro ocorra algo ainda mais catastrófico que as duas grandes guerras. Algo ainda mais comovente que as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Algo ainda mais espantoso que o 11 de Setembro. Algo que abale o mundo inteiro como a um só homem, promovendo uma unidade de propósito na aceitação de um só governo, de uma só moeda e, até mesmo, de uma só religião.[6] O que ocorrerá? Francamente, não sei. </div>
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<br /></div>
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Mas sei que uma liderança mundial não dará certo. Pelo contrário, será catastrófica. O governo do mundo não pode recair sobre a responsabilidade de um homem, pois não há homem sobre a terra que suporte tamanha provação. Ainda que comece bem, teremos a pior das tiranias como resultado de tamanha loucura. Além do mais, para se alcançar a prosperidade, paz e segurança que a agenda da ONU promete, o controle necessitará ser absoluto e excessivamente rígido. Talvez não seja por acaso que o texto repita que <i>“ninguém será deixado para trás”. </i></div>
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<br /></div>
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O fato é que um plano global está sendo tramado e todos nós seremos diretamente afetados por ele. Não se trata de mais uma teoria da conspiração, mas de algo muito bem documentado, que está às portas e que você mesmo poderá conferir.[7]</div>
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<br /></div>
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Sendo assim, o que podemos fazer? Sugiro que, urgentemente, você faça a leitura reflexiva de outros textos, muito mais antigos e de inestimável valor. Textos que não somente predisseram tudo quanto agora testemunhamos ocorrer, mas que também nos orientam a respeito de como agir nesses últimos dias. Sim, faço menção à Bíblia![8] E aqueles que se incomodam por eu mencioná-la, apenas confirmam a descrição profética do desprezo para com Deus e sua Palavra nesse tenebroso tempo do fim. </div>
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<h4 style="text-align: left;">
Notas</h4>
<br />
[1] Confira esta notícia no site da ONU, <a href="http://nacoesunidas.org/onu-paises-chegam-a-acordo-sobre-nova-agenda-de-desenvolvimento-pos-2015/" target="_blank">clicando aqui</a>.<br />
<br />
[2] Francisco é o quarto papa que discursa perante a ONU, depois de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.<br />
<br />
[3] O texto completo da Agenda da ONU já está disponível em inglês. Para conferir diretamente sua tradução, <a href="https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld&prev=search" target="_blank">clique aqui</a>.<br />
<br />
[4] A ONU jamais escondeu sua intenção de pacificar as nações através de um líder mundial soberano. A ideia encontrou apoio no papa Paulo VI, o qual, em 1965 declarou em seu discurso à ONU: <i>“Vós sois uma rede de relações entre os povos. Estaríamos tentados a dizer que a vossa característica reflete de certa maneira na ordem temporal o que a nossa Igreja católica quer ser na ordem espiritual: única e universal. [...]Quem não vê a necessidade de chegar assim progressivamente a instaurar uma autoridade mundial capaz de poder agir eficazmente no plano jurídico e político?” </i>Confira esse discurso completo <a href="http://w2.vatican.va/content/paul-vi/pt/speeches/1965/documents/hf_p-vi_spe_19651004_united-nations.html" target="_blank">clicando aqui</a>.<br />
<br />
[5] O suposto aquecimento global será usado como fator de unificação entre as nações. Nada melhor que se estabelecer um inimigo em comum para se promover alianças. De fato, é cada vez maior o número de climatologistas que asseguram que o planeta está aquecendo rapidamente. Minha opinião é a de que, sim, isso é verdade. No entanto, o temor de um caos climático será usado pela ONU como chantagem para se alcançar seus objetivos funestos de um só líder mundial, uma só moeda e uma só religião. A grande causa do aquecimento global não é o CO2, mas o gás metano, o qual não está sendo combatido em sua maior fonte: a pecuária. Para entender o problema, e a hipocrisia do sistema, confira o excelente documentário <a href="https://youtu.be/Tk64kqLzcws" target="_blank">A Conspiração da Vaca</a>.<br />
<br />
[6] A expressão <i>Mãe Terra</i> faz parte do texto, que a sugere por ser <i>“uma expressão comum em grande número de países e regiões”</i> (§59). A ONU sanciona uma iniciativa de unificação religiosa, chamada <i><a href="http://www.uri.org/portuguese" target="_blank">URI </a>(United Religions Initiative)</i> a qual encontra apoio no Papa Francisco e no ex-presidente de Israel, Shimon Peres, que, em visita ao vaticano em 2014, propôs a criação da ONU das religiões: <i>"A Organização das Nações Unidas teve seu tempo e, agora, o que vejo é uma ONU das religiões, uma Organização das Religiões Unidas", disse Peres, que completou: "Seria a melhor maneira para acabar com o terrorismo que mata em nome da fé, já que a maioria das pessoas pratica suas religiões sem matar ninguém"</i>. Fonte: <a href="http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/shimon-peres-propoe-criacao-de-onu-das-religioes-ao-papa" target="_blank">Revista Exame</a>.<br />
<br />
[7] Todas as referências à Agenda da ONU podem ser conferidas em seu próprio texto e encontram-se precisamente nos seguintes locais, que merecem maior atenção: página 2, preâmbulo; página 3, parágrafo 1 a 7; pág. 4, §13; pág. 5, §18; pág. 6, §21 e 26; pág.8, §34 e 39; pág.10, §48 e §50 a 52; pág.11, §59; pág. 12, todas as metas; pág.18, meta 10,2 e 10,4 a 10,6; pág.21, meta 16,4 e 16,9; pág.22, meta 17,6 e 17,10; pág. 24, §60; pág. 25, §70 e 71; pág. 27, §72 e 73; pág.29; §87.<br />
<br />
[8] Referências bíblicas que você não pode deixar de conferir: Mateus 24:9-14; Lucas 21:25-36; 1 Tessalonicenses 5:3; 2 Tessalonicenses 2:1-4; Apocalipse 13:16-18; 14:9-13; 16:2.<br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-90857900504373530022015-07-24T19:09:00.000-03:002015-07-24T19:09:34.781-03:00SERÁ QUE DEUS EXISTE?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
Como manter a fé em meio a tanto sofrimento</h3>
<h3 style="text-align: left;">
</h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJoOmCLapouACHS9WFb3rDHGOsUs6hbiX37sSVj-Phy3Sz7RpAPA6e4Q5V83OzvBsKs09Bo_ent39LEm0a8_vWS4vWisToNlC-qzLJFGwNqOYnVsl7n5g1CcWvshg84mxdd4SJ/s1600/sera+que+Deus+existe2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJoOmCLapouACHS9WFb3rDHGOsUs6hbiX37sSVj-Phy3Sz7RpAPA6e4Q5V83OzvBsKs09Bo_ent39LEm0a8_vWS4vWisToNlC-qzLJFGwNqOYnVsl7n5g1CcWvshg84mxdd4SJ/s320/sera+que+Deus+existe2.jpg" width="240" /></a></div>
<span id="goog_267839735"></span><span id="goog_267839736"></span><span id="goog_267839739"></span><span id="goog_267839740"></span>Por Alan Capriles<br />
<br />
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Questionar a existência de Deus não é algo que ocorre somente aos ateus e agnósticos.<span style="font-size: x-small;">[1]</span> E também não se trata de modismo passageiro. Essa dúvida tem ocorrido até mesmo nas pessoas mais religiosas, especialmente quando se deparam com tragédias pessoais, como a perda de um ente querido. </div>
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<br /></div>
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Por mais religioso que alguém seja, o que dizer para um pai que está em prantos pela morte do filho? Os amigos de Jó bem que tentaram lhe dizer alguma coisa, mas melhor seria se houvessem permanecido calados.<span style="font-size: x-small;">[2]</span> E aquela costumeira frase, de que <i>“Deus sabe de todas as coisas”</i>, dificilmente consolará pais que só querem ter o seu filho de volta. </div>
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<br /></div>
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Ainda que quase ninguém o diga, muitos na hora da dor se perguntam: <i>“Será que Deus existe mesmo?”</i><span style="font-size: x-small;">[3]</span> E, se existe, por que permite que tamanho mal aconteça? O fato é que, mais cedo ou mais tarde, todos que dizem acreditar em Deus terão sua fé provada pelo sofrimento. Ninguém escapa de sofrer, nem o mais rico dos homens. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, então, se todos sofrem, por que insistimos na crença em Deus? </div>
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<br /></div>
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Não é bem assim. Tem sido cada vez maior o número dos que se dizem ateus e agnósticos devido ao sofrimento. E o mais curioso é que a maioria desses professava determinada religião. Alguns passaram a duvidar da existência de Deus mesmo após chegar ao sacerdócio, como foi o caso do historiador Bart Ehrman. Em um de seus livros, intitulado <i>O Problema com Deus</i>, Ehrman tenta justificar seu agnosticismo elaborando perturbadoras questões relacionadas ao sofrimento: </div>
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<br /></div>
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<i>“Por que os doentes continuam a definhar com dores indizíveis? Por que bebês ainda nascem com defeitos congênitos? Por que crianças são sequestradas, estupradas e assassinadas? Por que há secas que deixam milhões de pessoas famintas, levando vidas horrendas e excruciantes que terminam com mortes horrendas e excruciantes? [...] Por que uma criança – uma simples criança! – morre de fome a cada cinco segundos?”</i></div>
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<br /></div>
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Por que Deus permitiria tanta dor e maldade? Não ter encontrado uma resposta plausível para tanto sofrimento no mundo levou Ehrman a duvidar que Deus exista. Nesse mesmo capítulo ele completa: <i>“Eu não sei se existe um Deus; mas acho que se houver um, ele certamente não é aquele proclamado pela tradição judaico-cristã, aquele poderosa e ativamente envolvido com este mundo. E assim, deixei de ir à igreja.” </i></div>
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<br /></div>
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Bart Ehrman parece ter sido sincero ao apontar o sofrimento como principal motivo para abandonar sua fé. Mas ele também se revelou humilde ao confessar algo que os ateus não estão dispostos a reconhecer: <i>“eu não sei se existe um Deus”. </i></div>
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<br /></div>
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Certamente, esse é o ponto crucial. Não se pode comprovar que Deus não exista. Mas, se Deus fosse do jeito que Ehrman gostaria que fosse, então ele aceitaria que existe um Deus e não haveria problema. Ou melhor, <i>nenhum</i> problema, pois o mundo seria perfeito e todos seriam felizes para sempre! Agnósticos – a exemplo de Barth Ehrman – criam a imagem do deus que eles gostariam que existisse, mas quando percebem que o seu deus não se encaixa com a realidade que há, então passam a duvidar que Deus realmente exista. Os ateus também fazem o mesmo, embora neguem sequer imaginar qualquer tipo de deus, bem como a possibilidade de haver um Criador. Como se vê, os agnósticos parecem ser mais humildes e honestos, pois os ateus também não podem provar que não haja um Criador, a não ser pela desculpa de que Deus não é como eles gostariam que fosse. Mas admitir isso é algo que os ateus não estão dispostos a fazer. </div>
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<br /></div>
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Portanto, o <i>x</i> da questão é a <i>premissa</i> na qual ateus e agnósticos se baseiam para que Deus possa existir, ou seja, a de que a felicidade suprema e pessoal seria o propósito de toda existência humana. Mas, como há sofrimento e pessoas infelizes, então eles concluem que Deus não deve existir.</div>
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<br /></div>
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Essa noção, de que a existência do sofrimento implique na inexistência de Deus, não é uma ideia recente.<span style="font-size: x-small;">[4]</span> Porém, numa sociedade cada vez mais individualista, é natural que o número de pessoas que pense assim esteja crescendo rapidamente. Um crescimento alimentado pela mídia, que todos os dias tenta nos fazer acreditar que somos especiais e merecedores de todo conforto, luxo e divertimento possíveis. Evidentemente, essa mentalidade deturpada também contamina o meio religioso. Não por acaso o slogan <i>“chega de sofrer”</i> tornou-se um chamariz (que funciona) para igrejas onde os pregadores prometem o céu na terra. Essas igrejas estão sempre lotadas porque é nisso que as pessoas querem acreditar! O problema é que isso não é verdade.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os crentes, assim como os ateus e agnósticos, também estão sujeitos a sofrer. A despeito do que ensinam certos pregadores, o sofrimento não é consequência da falta de fé. A pregação religiosa que promete uma vida sem sofrimento pode surtir efeito a curto prazo, atraindo os mais carentes e incautos. Mas, a longo prazo, quando esses voltarem a sofrer, ou eles irão procurar outra igreja, que não lhes engane, ou abandonarão de vez a fé, traumatizados por uma expectativa de plena prosperidade que não se concretizou. Temo que esse último cenário esteja ocorrendo com maior frequência. Uma religião deturpada pode gerar muito mais ateus que o secularismo hodierno. </div>
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<br /></div>
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Como se vê, não é difícil identificar as causas do crescente ateísmo. Mas, quanto ao sofrimento, identificar o seu porquê não é tarefa tão simples assim. Há muitas explicações, que variam de acordo com as mais diversas posições religiosas e filosóficas. Não caberia nesse texto esmiuçar as diferentes respostas apresentadas para se explicar o sofrimento. Obviamente, algumas se contradizem e não é possível que todas estejam certas. </div>
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<br /></div>
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Mas, francamente, não penso que a crença religiosa ou filosófica seja tão relevante quanto a compreensão e aceitação do óbvio: por mais doloroso que seja, o sofrimento faz parte da vida. E talvez faça parte da vida porque o sofrimento é bastante didático e revelador. Didático, porque aprendemos mais quando nos deparamos com o sofrimento do que quando tudo vai bem. E revelador, porque no sofrimento manifesta-se quem realmente somos. Foi o que ocorreu, por exemplo, na conhecida parábola do bom samaritano. Os religiosos, que aparentavam ser pessoas melhores, revelaram-se indiferentes à dor alheia, enquanto aquele desprezado samaritano se revelou misericordioso e solidário para com um estranho que sofria.<span style="font-size: x-small;">[5] </span></div>
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<br /></div>
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Não obstante, além de nos ensinar sobre nós mesmos e sobre o próximo, o sofrimento também é a melhor oportunidade para exercitarmos a fé e o amor que dizemos ter. É provável que você já tenha notado que as maiores manifestações de fé geralmente ocorrem quando somos diretamente atingidos pela dor. São nesses momentos difíceis que passamos a buscar a Deus com mais intensidade – o que também revelará se confiamos ou não na providência divina. Mas é quando nos deparamos com a dor alheia que temos a chance de exercitar o verdadeiro amor, o qual se concretiza na compaixão pelo próximo, levando-nos a socorrer aos que precisam de ajuda. </div>
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<br /></div>
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Suponho que não haveria fé e amor neste mundo se não houvesse também o sofrimento, que os promove por toda parte. Se não houvesse sofrimento seríamos todos indiferentes ao próximo e descrentes em Deus, pois não necessitaríamos buscá-lo. Seríamos também insuportavelmente arrogantes e soberbos, julgando sermos grande coisa por não conhecermos qualquer aflição. Tudo e todos perderiam seu valor, pois nunca saberíamos o que é a dor de uma perda.<span style="font-size: x-small;">[6]</span></div>
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Como se vê, o sofrimento não é de todo mal. Porém, em alguns casos, o sofrimento parece mesmo não fazer o menor sentido e jamais conseguiremos entender plenamente o seu propósito. Resta-nos apenas confiar em Deus – algo que não deveria nos surpreender e nem mesmo incomodar. Ora, se soubéssemos de tudo, nós é que seríamos Deus e não apenas homens. </div>
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<br /></div>
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Porém, se pudéssemos ver além de nossas limitações humanas e temporais, perceberíamos que todo sofrimento sempre resultará em algo bom e melhor; compreenderíamos que toda dor pela qual passamos foi terminantemente necessária para sermos edificados e fortalecidos; reconheceríamos o quanto Deus nos ama, a ponto de sofrer juntamente conosco, se fazendo um homem experimentado em dores, na pessoa do seu filho, Jesus. </div>
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<br /></div>
<h3 style="text-align: left;">
<b>Notas</b></h3>
<br />
[1] Diferença entre ateus e agnósticos: ateus negam categoricamente que possa existir um deus; agnósticos dizem que não há como alguém saber se Deus existe ou não. <br />
<br />
[2] Referência ao livro de Jó, personagem bíblico que num só dia perdeu todos os seus bens e também todos os filhos. Três amigos tentaram consolá-lo, buscando justificativas para sua dor, mas tudo quanto disseram foi repreendido por Deus. Confira em Jó 2:11-13, 4:1, 42:7. <br />
<br />
[3] Por exemplo, questionar se Deus existe foi o compreensível desabafo do pai do cantor sertanejo Cristiano Araújo, cuja carreira foi abruptamente interrompida num acidente de carro. <br />
<br />
[4] Essa discussão é tecnicamente chamada de Teodicéia, um termo que se refere a resolver a seguinte questão: como pode haver sofrimento no mundo se Deus é amor e tem todo o poder? Embora esse termo tenha surgido somente a partir do século XVII, o problema já havia sido apresentado muito antes, há cerca de 2.500 anos, pelo filósofo grego Epícuro.<br />
<br />
[5] Uma das parábolas mais famosas de Jesus Cristo, registrada em Lucas 10:25-37.<br />
<br />
[6] Coincidência ou não, na semana em que escrevi esse texto tornei a assistir, pela enésima vez, ao documentário “Estou Vivo – O milagre nos Andes”, que conta como 16 jovens conseguiram sobreviver por 70 dias na cordilheira andina, após a queda do avião em que estavam. Dois deles, Nando Parrado e Roberto Canessa, precisaram caminhar na neve por exaustivos 60 quilômetros, atravessando as montanhas, até conseguirem ajuda. Considero inteiramente apropriado, como complemento desse texto, parte do depoimento que eles deram neste documentário, revelando as lições que aprenderam com todo aquele sofrimento:<br />
<br />
<i>“Percebi que precisamos de coisas simples para sermos felizes. E como exigimos mais do que precisamos na vida!”</i> - Roberto Canessa<br />
<br />
<i>“Aprecio o fato incrível de estar vivo, todo dia, a cada respiração... A vida é mais simples do que parece. Para mim o amor é a coisa mais importante do mundo. O amor por nossas famílias nos mantém vivos.”</i> - Nando Parrado<br />
<br />
Você pode conferir esse incrível documentário <a href="https://youtu.be/0KzFozhtQv8" target="_blank">clicando aqui</a>. <br />
<br />
<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-51830273695902261182015-07-17T12:17:00.001-03:002016-12-30T17:54:17.844-02:00SONHOS - OU SERIA UM ALERTA?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
Uma experiência pessoal </h3>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgStki8ILNi2tFFcWay7RVqfAl2D4bQff68z6t_DVt95TVDHaurY-EAQPlumwZJegdQg8C4SU2emYHI88GQS8qfPH-UQKM5tyXSF0WqD2k-qPDLhut-8Fp8woc8AkFzhX3Wfbx6/s1600/Os+filhos+da+bomba+at%25C3%25B4mica.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgStki8ILNi2tFFcWay7RVqfAl2D4bQff68z6t_DVt95TVDHaurY-EAQPlumwZJegdQg8C4SU2emYHI88GQS8qfPH-UQKM5tyXSF0WqD2k-qPDLhut-8Fp8woc8AkFzhX3Wfbx6/s320/Os+filhos+da+bomba+at%25C3%25B4mica.jpg" width="320" /></a></div>
<span id="goog_356650890"></span><span id="goog_356650891"></span>Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Talvez você não acredite em inferno, mas deixe-me compartilhar o sonho (ou pesadelo) que tive nesta noite:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontrava-me num lugar sombrio, onde havia vários corpos deitados no chão, uns sobre os outros, a perder de vista. Eles não estavam nus, mas bem vestidos, parecendo usar paletós, ou alguma outra roupa de cor escura. Quase não se moviam, mas havia som de muito gemido e muito pranto. Ao ver aquilo tentei ajudar, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Senti uma enorme angústia e um pavor intenso. Aquilo durou apenas alguns segundos, mas foi tão forte que parecia ser uma eternidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi quando acordei. Eram 03h07 da madrugada. Levantei para beber água, dando graças a Deus por tudo não passar de um terrível pesadelo... Ou seria algo mais?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digo isso porque, na verdade, esse havia sido meu quarto sonho estranho e consecutivo dentro da mesma semana.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-DTJNxdXwaLnsOu8cA7OrvyWLGFLWmqUI6HYqy_JdYTnglT-1wfGSPhvTHez9NIiLY8kVD5ECmqB4dWvcyWT5bNd_EFZ5bDvRf0kXbruRmHOzQn2213-rUazScj54KpP9yqdv/s1600/explos%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-DTJNxdXwaLnsOu8cA7OrvyWLGFLWmqUI6HYqy_JdYTnglT-1wfGSPhvTHez9NIiLY8kVD5ECmqB4dWvcyWT5bNd_EFZ5bDvRf0kXbruRmHOzQn2213-rUazScj54KpP9yqdv/s320/explos%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span id="goog_356650900"></span><span id="goog_356650901"></span>No primeiro deles, encontrava-me ao ar livre conversando com os jovens de nossa igreja e, de repente, avistei uma enorme explosão no horizonte, que gerou uma gigantesca onda de fumaça e destroços que vinham em nossa direção. Imediatamente gritei, orientando que todos se deitassem no chão. Pude sentir o calor passando sobre minhas costas. Em seguida, vi prédios caindo, uns sobre os outros, como peças de um dominó.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidTfM7x3tWqkfQhyphenhyphenC-SwBCPMzAItgpcb_t2TDIeeqo6Tvl-yFiPeTe-qcv25ljSeCjM0yTgoJHdDfSZfEOIWketikbP-TVsf_qKeijTHcHEsn60a3TcYB0AJTYy62ba7Glvk_W/s1600/terremoto+carros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidTfM7x3tWqkfQhyphenhyphenC-SwBCPMzAItgpcb_t2TDIeeqo6Tvl-yFiPeTe-qcv25ljSeCjM0yTgoJHdDfSZfEOIWketikbP-TVsf_qKeijTHcHEsn60a3TcYB0AJTYy62ba7Glvk_W/s320/terremoto+carros.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Na noite seguinte, tive o segundo sonho. Eu dirigia meu carro em algum local que parecia ser um cruzamento, quando de repente o chão começou a ceder e se abrir bem à minha frente. Precisei correr dando marcha à ré para fugir de tudo aquilo, pois acontecia muito rápido e alguns carros estavam sendo completamente engolidos. </div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivbNU9yjioEVBLyXm19p7IRWiTJi_h2Di-bna0lAsH-NCvpOByR-xtwM63ifsQoa_Wg0bzK7aIIqrYladQanU9hXbHItk-KRMv07ee-4uLcHwvzWGAZGA50TJYsK7axHZpuIu9/s1600/panico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivbNU9yjioEVBLyXm19p7IRWiTJi_h2Di-bna0lAsH-NCvpOByR-xtwM63ifsQoa_Wg0bzK7aIIqrYladQanU9hXbHItk-KRMv07ee-4uLcHwvzWGAZGA50TJYsK7axHZpuIu9/s320/panico.jpg" width="320" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
No terceiro, havia uma multidão de pessoas em caos, que corriam de um lado para outro, com as mãos na cabeça. Eu não sabia o porquê de tudo aquilo, mas percebi que, além de ser noite, não havia luz em parte alguma. A última cena desse sonho foi eu avistar a silhueta negra de uma igreja, estranhando que ela estivesse fechada e completamente apagada.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O quarto sonho foi o que relatei no início deste post.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não costumo lembrar do que sonhei e nem dou muita importância para isso, mas o fato é que esses sonhos, além de impressionantes, parecem ser uma sequência, como flashes de uma só história. Sendo assim, talvez o quarto sonho não seja o inferno, propriamente dito, mas pessoas sofrendo as consequências de um inferno aqui na terra, após uma bomba nuclear ou coisa parecida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente, espero que tudo não passe de sonhos. Mas, como isso não costuma ocorrer comigo, pretendo redobrar minha vigilância e também minhas orações. E, se me permite um conselho, talvez você devesse fazer o mesmo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<blockquote class="tr_bq">
<i><b>"Vigiai a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem."</b></i><br />
<i><b>Jesus Cristo (Lc 21:36)</b></i></blockquote>
</div>
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-41914676204761244082015-06-25T22:09:00.001-03:002019-07-11T11:58:20.829-03:00A DIVINA HUMANIZAÇÃO DE CRISTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
A Busca pelo Jesus Histórico e a Divindade de Cristo</h3>
<br />
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZDK63DbPbi1s44LiX3w08AQdLh6PY5zZu80KXP0YTLRBzhRXPbuFTFca0wQjnngVSqySnoq1u-x-FnxA9wUAxJuY5S3VXYjknJlYF9H1bKH2JDvIj3esYvlwG81LDZFaGo2wk/s1600/Tiziano+Vecellio+di+Gregorio+-+Ecce+Homo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZDK63DbPbi1s44LiX3w08AQdLh6PY5zZu80KXP0YTLRBzhRXPbuFTFca0wQjnngVSqySnoq1u-x-FnxA9wUAxJuY5S3VXYjknJlYF9H1bKH2JDvIj3esYvlwG81LDZFaGo2wk/s320/Tiziano+Vecellio+di+Gregorio+-+Ecce+Homo.jpg" width="251" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A chamada <i>busca pelo Jesus histórico</i> é o esforço acadêmico de se analisar a vida de Cristo somente pela perspectiva histórica, como um simples homem, ou seja, despido de qualquer suposto mito que o identifique como Deus. Neste sentido, os evangelhos e demais escritos do Novo Testamento necessitam ser examinados com extrema cautela, uma vez que qualquer milagre, especialmente o da ressurreição, não pode ser avaliado (e muito menos abalizado) segundo os parâmetros históricos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não se trata de má vontade dos acadêmicos, mas do simples fato de que o sobrenatural não pode ser comprovado por metodologia científica. Além disso, muitos estudiosos asseguram que os evangelhos foram escritos de 35 a 65 anos após a morte de Jesus, o que aumentaria a probabilidade de que seus autores não tenham sido testemunhas oculares dos relatos que escreveram. Para um historiador, o depoimento de alguém que presenciou o fato relatado é de grande relevância histórica. Mas, segundo supõem alguns pesquisadores, os evangelhos foram escritos por pessoas que não conheceram Jesus pessoalmente. Como se não bastasse, afirmam que existem discrepâncias na leitura paralela dos evangelhos, ou seja, que surgem divergências quando comparamos a ordem e os detalhes descritos da vida de Jesus em cada evangelho.[1]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, a pesquisa sobre o Jesus histórico consiste, principalmente, numa tentativa de se retirar supostas camadas de mito religioso que teriam sido acrescentadas sobre a pessoa do Nazareno. O assunto é extenso e polêmico, mas acho necessário apresenta-lo resumidamente a seguir, para somente depois revelar o impacto que tais estudos causaram em mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A chamada <i>primeira busca pelo Jesus histórico</i> se deu em meados do século XVIII, motivada pelo Iluminismo, o movimento europeu que exaltava o uso da razão como a única forma de se chegar à verdade. Muitos eruditos começaram a reescrever a vida de Jesus sob uma perspectiva extremamente racional (leia-se: que nega sua divindade), concluindo que o Nazareno poderia ter sido apenas um político mal sucedido que tencionava ser o rei de Israel, ou talvez um curandeiro que fazia uso de práticas terapêuticas, ou apenas um mito criado a partir de narrativas do Antigo Testamento, ou simplesmente uma lenda, baseada em pouquíssimo material histórico. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tantas opiniões divergentes acerca de quem foi Jesus acabaram resultando em ceticismo quanto à possibilidade de se conhecê-lo por uma perspectiva histórica. Em 1911, Albert Schweitzer publicou sua famosa obra sobre o assunto, A Busca do Jesus Histórico, na qual demonstrou que os pesquisadores haviam falhado em suas biografias de Jesus porque cada autor projetava nele o próprio ideal ético que mais almejava. A despeito disso, Schweitzer também aventou sua hipótese acerca de quem foi o Nazareno: apenas mais um profeta judeu apocalíptico, que a princípio anunciava a vinda de uma figura escatológica, o Filho do Homem, o qual desceria do céu para estabelecer o reino de Deus na terra, mas que depois teria mudado de ideia, acreditando ser ele mesmo esse Filho do Homem. O teólogo Rudolf Bultmann foi ainda mais pessimista quanto à busca pela verdade histórica. Segundo ele, a única coisa relevante no aspecto da história é que Jesus existiu. Qualquer tentativa de se saber o que realmente aconteceu seria uma tarefa impossível do ponto de vista metodológico, e desnecessária do ponto de vista teológico. Bultmann afirmava que o importante é o Cristo da fé, ressuscitado e vivo no coração de cada crente, o qual se baseava em tradições acerca de Jesus que jamais poderiam ser historicamente comprovadas. Sendo assim, o assunto parecia definitivamente morto e enterrado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eis que, após algumas décadas de compreensível silêncio, houve uma ressurreição na busca pelo Jesus histórico. Reavivados por uma nova pergunta, os pesquisadores desejavam então saber se o <i>Querigma</i> (a exaltação fundada na cruz e na ressurreição) teria alguma base na pregação de Jesus, ou seja, se determinados ditos e ações provinham mesmo dele ou se eram visões posteriores da Igreja. Talvez possamos estabelecer precisamente o início dessa segunda busca em 23 de Outubro de 1953, quando o professor Ernest Käsemann, na conferência denominada <i>O Problema do Jesus Histórico</i>, defendeu a criação de uma teologia baseada na realidade histórica sobre o que Jesus de fato ensinou. Ele argumentou que isso não somente era necessário, mas que já era possível, devido aos avanços nas áreas da Arqueologia, História, Antropologia e Filosofia. Abandonava-se o interesse pela cronologia dos eventos e da publicação de novas biografias de Jesus, mas mantinha-se o ceticismo em relação aos milagres – uma herança do Iluminismo. A partir de então o foco seria determinar quais ensinamentos de Cristo eram autênticos ou não. Os parâmetros para essa pesquisa começavam a consolidar-se, resultando em um <i>boom</i> no interesse pelo Jesus histórico a partir do final do século XX. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente experimentamos o que se pode chamar de <i>terceira busca</i>, na qual Jesus é reinserido em seu contexto judaico, possibilitando aos judeus perceberem-no como parte de sua história. O interesse histórico-social substituiu o teológico, razão pela qual agora se admite a investigação de fontes não canônicas e até heréticas, tais como o apócrifo Evangelho de Tomé. O maior exemplo desse empenho se deu na formação do <i>The Jesus Seminar</i>, projeto norte-americano iniciado em 1985, no qual pesquisadores passaram a reunir-se duas vezes ao ano para avaliarem Jesus segundo os modernos métodos da pesquisa crítica e histórica.[2] Em sua primeira fase os participantes deveriam votar em quais ditos seriam autênticos ou não, tratando a questão como se ela pudesse ser resolvida democraticamente. Essa polêmica votação estabeleceu que pouquíssimos ditos atribuídos a Cristo nos evangelhos, incluindo o de Tomé, seriam provavelmente autênticos. Apenas quinze, para ser mais exato! Isso causou desconforto para os pesquisadores europeus, os quais discordam deste método, e indignação para muitos teólogos que se perguntam de qual Jesus estaríamos falando. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As conclusões mais recentes acerca do Jesus histórico estão amplamente disponíveis em língua portuguesa. Obras de pesquisadores conceituados, como Geza Vermes, John Dominic Crossam e John Paul Meier podem ser encontradas com certa facilidade nas melhores livrarias brasileiras. O ex-pastor evangélico (agora agnóstico) Bart Ehrman popularizou ainda mais o assunto, escrevendo livros com títulos sensacionalistas, tais como “O que Jesus disse, o que Jesus não disse” e “Como Jesus se tornou Deus”. Neste último, Ehrman escancara o que até então estava nas entrelinhas dos demais autores, ou para a maioria deles: <i>Deus não se fez homem em Jesus, mas o próprio homem é que teria elevado Jesus ao status de Deus. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Particularmente, o estudo do Jesus histórico não me levou a essa conclusão. Na verdade, consolidou ainda mais a minha fé em Cristo. E ninguém pode me acusar de leviandade, pois não somente li (e tenho) todos os livros de Ehrman, com também li (e tenho) a maioria dos livros de Crossan, Vermes, Schweitzer e as principais obras de autores ainda não mencionados, tais como Reza Aslan e André Leonardo Chevitarese. Este último merece especial consideração, por ser o historiador brasileiro que mais tem incentivado o estudo do Jesus histórico em nosso país. Tive o privilégio de participar de alguns cursos ministrados na UFRJ por excelentes professores ligados a Chevitarese, tais como Daniel Justi, Juliana Cavalcanti e Lair Amaro Faria.[3] Participei desses cursos não como pastor ou teólogo, mas com a sincera disposição de um aprendiz. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aprendi muito, reconheço. Tanto nas aulas, quanto nos livros. Aprendi, principalmente, o que os eruditos dizem acerca do Jesus histórico e que venho listar a seguir como resumo do pensamento atual sobre o assunto:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria nascido, crescido e passado a maior parte de sua vida em Nazaré, uma aldeia insignificante, que sequer aparecia nos mapas, cuja historicidade chegou a ser questionada, mas que foi comprovada por meio da arqueologia;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria crescido sendo chamado de filho da prostituição, pois ninguém acreditaria na história de que sua mãe foi engravidada pelo Espírito Santo;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria sido analfabeto, como o restante dos camponeses pobres que moravam em Nazaré, pois seria praticamente impossível que ele aprendesse a ler morando naquela pequena e desprezível aldeia, onde sequer haveria alguém para ensinar as letras;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria sido pedreiro (ofício ainda menos rentável que o de carpinteiro) e possivelmente tenha trabalhado em Séforis, cidade greco-romana mais próxima de Nazaré e que estava sendo reconstruída pelos romanos no período da vida adulta de Jesus;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria sido um dos discípulos de João Batista, dando continuidade ao ministério deste após sua morte, mas com sua própria mensagem;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria feito seu ministério público tal como um mendigo, ou filósofo cínico, que pregava perambulando pelas aldeias sem ter onde dormir;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria sido apenas mais um dentre os vários pregadores apocalípticos judeus que surgiram antes e depois dele;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria tido menos seguidores do que se pensa e o número de apóstolos talvez se resumisse a seis ou sete – doze teria sido uma invenção posterior da igreja;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus não teria realizado milagres de qualquer natureza, mas era reconhecido pelo povo como curandeiro e exorcista;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus não teria desejado morrer na cruz para salvar ninguém, mas esperava por uma intervenção divina apocalíptica que não ocorreu;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus teria sido crucificado por causa de sedição - ou seja, pela suspeita de que liderava um movimento contrário ao imperialismo romano - e não por causa de seu discurso religioso;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus não teria sido sepultado, mas lançado numa vala comum, como os demais condenados à crucificação, e seu corpo logo teria sido comido por animais;</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
- Jesus não teria ressuscitado.</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por favor, examine mais uma vez a listagem acima. Não é fantástico que alguém tão medíocre assim, como se revela Jesus nos parâmetros históricos, tenha se tornado o personagem mais famoso e querido de toda a história? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seria mesmo possível que tudo mais quanto se lê no Novo Testamento acerca de Cristo tenha sido inventado? Como poderia tamanha mentira ir adiante, uma vez que muitas pessoas que conheceram Jesus ainda estavam vivas enquanto Paulo pregava e escrevia suas epístolas sobre Cristo? E por que alguém tão insignificante teria sido tão popularmente comentado a ponto de sua memória ser preservada numa tradição oral que deu origem aos evangelhos? E por que os evangelhos inventariam fatos que complicariam sua credibilidade, tal como um dos apóstolos tê-lo traído, ou sua ressurreição ter primeiro sido atestada por mulheres? E por que os discípulos de Cristo dariam sua vida por algo que soubessem não ser verdade? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto os pesquisadores do Jesus histórico buscam, de todas as formas, comprovar a humana divinização de Jesus, para mim parece claro que, quanto mais frágil e humano ele se revela, tanto maior se torna o assombro, o milagre e a certeza de sua divindade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinceramente, esse foi o resultado a que tais estudos me levaram. Agora percebo, impactado, que há um propósito divino na mais humilde possível humanização de Cristo, bem como na atual redescoberta desse Jesus frágil, desse Jesus homem. A saber: a nossa própria e definitiva conversão a ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Notas</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
[1] A respeito das discrepâncias nos evangelhos, confira meu artigo intitulado <a href="http://alancapriles.blogspot.com.br/2012/11/tres-diferentes-historias-mas-um-so.html" target="_blank">As Divergências nos Evangelhos Sinóticos</a>.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
[2] Uma excelente crítica ao The Jesus Seminar pode ser lida em: <a href="http://www.reasonablefaith.org/portuguese/redescobrindo-o-jesus-historico-pressuposicoes-e-pretensoes-do-jesus">http://www.reasonablefaith.org/portuguese/redescobrindo-o-jesus-historico-pressuposicoes-e-pretensoes-do-jesus</a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
[3] Lair Amaro Faria é autor da excelente obra “Quem vos ouve, ouve a mim: oralidade e memória nos cristianismos originários”, a qual pode ser encomendada pelo site da editora Kline: <a href="http://www.klineeditora.com/catalogos.html">http://www.klineeditora.com/catalogos.html</a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Referências bibliográficas</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
CHEVITARESE, André L. & FUNARI, Pedro Paulo. Jesus Histórico: Uma Brevíssima Introdução. Rio de Janeiro: Kline Editora, 2012.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
THEISSEN, Gerd & MERZ, Annette. O Jesus Histórico: um Manual. São Paulo: Edições Loyola, 2002.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
ASLAN, Reza. Zelota: A Vida e a Época de Jesus de Nazaré. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-4149236002536494292015-06-25T19:00:00.000-03:002016-03-03T19:50:19.492-03:00AS GRANDES QUESTÕES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<h3 style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Há salvação para os desigrejados?<br />Por que Deus permite o mal?<br />O que será de quem nunca ouviu o evangelho? </h3>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj24nr6hR7jreRCYrN4Zg62yqgdmXiY4Hj0SHVqx6tm7E-Oexc9x-E6ZNyDYlonefq7YNU4fWIFAOVAN7PQl310swcT4rurZbknn_LIE7cBrfeDBgIJ7tVkS_Du72Nu5xdyPgv1/s1600/As+grandes+quest%25C3%25B5es.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj24nr6hR7jreRCYrN4Zg62yqgdmXiY4Hj0SHVqx6tm7E-Oexc9x-E6ZNyDYlonefq7YNU4fWIFAOVAN7PQl310swcT4rurZbknn_LIE7cBrfeDBgIJ7tVkS_Du72Nu5xdyPgv1/s640/As+grandes+quest%25C3%25B5es.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Apesar de não ser nada fácil, tenho me aventurado a responder em vídeo a essas e outras grandes questões teológicas. Algumas ainda estão sendo editadas, mas o meu propósito principal com esse post é pedir sua colaboração através do envio de novas perguntas. Além disso, para que os vídeos sejam mais visualizados, peço que me dê uma força, clicando no botão <i>Gostei</i> do Youtube. Esse botão (que é uma mãozinha semelhante ao <i>Curti</i> do Facebook) fica logo abaixo do número de visualizações de cada vídeo. Desde já lhe agradeço, na esperança de receber seu contato com sugestões para novas perguntas. De preferência, perguntas difíceis, é claro! </div>
</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5FD_IdOIJCk" width="640"></iframe>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/AeFWcICGdRY" width="640"></iframe>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/EoC_I1t26pg" width="640"></iframe>
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Esses e outros vídeos que serão acrescentados poderão ser conferidos <a href="http://igrejabiblicacrista.org/as-grandes-questoes.html" target="_blank">aqui</a>.
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Por favor, envie suas perguntas por comentário neste post. Obrigado!<br />
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Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-88158602500551314832015-03-06T10:50:00.000-03:002018-03-08T19:47:56.349-03:00FACEBOOKCÍDIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZmVsGrMaIJ8Coje8C27uq4Dcsa-IoZpzocPsgVIObtkMZZHX8SXdbZKAZMTAYShUgGhY8mqPOVDYZ6xAqO4QOqi-fVJeGoOyy2a-yHzETumUrOBvOZ4eOL1ke_CP7zpFdcly/s1600/facebookc%C3%ADdio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcZmVsGrMaIJ8Coje8C27uq4Dcsa-IoZpzocPsgVIObtkMZZHX8SXdbZKAZMTAYShUgGhY8mqPOVDYZ6xAqO4QOqi-fVJeGoOyy2a-yHzETumUrOBvOZ4eOL1ke_CP7zpFdcly/s1600/facebookc%C3%ADdio.jpg" width="268" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Por Alan Capriles<br />
<br />
Estou morto. Levei quase um mês para comprovar isso, mas agora não tenho mais dúvidas: morri mesmo! Ao menos para aqueles contatos do Facebook que tanto me pediram para que eu não cancelasse minha conta, dizendo-me quanta falta eu lhes faria... <br />
<br />
Na verdade, essa impressão funesta, que hoje é uma certeza, começou desde quando comuniquei que cancelaria meu perfil no Facebook. O comunicado ocorreu cerca de duas semanas antes de fazê-lo. Eu precisava desse tempo para divulgar aos contatos o meu email e alguns endereços que mantenho na internet. Mas isso também deu margem para que alguns comentassem sobre a minha decisão – não foram muitos, creio que apenas dois por cento dos 791 contatos que eu mantinha. Dentre esses poucos, houve cerca de meia dúzia que insistiu bastante para que eu mudasse de ideia. Mas o que achei estranho (e um pouco assustador) foi o modo como eles tratavam do assunto, dando a impressão de que eu fosse cometer um suicídio. Parecia que eu estava pra morrer de verdade! Um deles escreveu que já se despedira de mim, revendo algumas fotos dos meus álbuns. Detalhe: ele mora no bairro vizinho ao meu. Outro fez um comentário que se parecia com uma carta deixada num túmulo, como se nunca mais pudéssemos nos ver, ou entrar em contato novamente. <br />
<br />
Comovido, decidi não ser tão radical. Cancelei meu perfil, mas mantive no Facebook somente uma de minhas páginas, a fim de divulgar meus trabalhos e pensamentos. Apesar de ser muito diferente de um perfil social, uma página também pode ter seguidores e suas publicações podem receber curtidas e comentários. O fato surpreendente é que, mesmo após eu convidar meus quase 800 contatos para curtirem minha página, menos de 200 passaram a segui-la. Ora, isso foi muito revelador: mais de 600 “amigos” parecem não dar a mínima para o que eu escrevo! Sinto que passei a conhecer mais sobre o que é o Facebook na minha saída do que durante o tempo em que nele permaneci.<br />
<br />
Mas o melhor vem agora: desses quase 200 que curtiram – e que supostamente passaram a seguir minha nova página – menos de dez pessoas costumam comentar ou curtir minhas postagens. É um grupo seletíssimo! E não pense que estou falando daqueles poucos amigos que insistiram para que eu não cancelasse meu perfil. Acredite se quiser: nenhum dos que imploraram para que eu ficasse até hoje comentou ou curtiu coisa alguma em minha página. É isso mesmo: participação zero! Ao cancelar meu perfil no Facebook eu literalmente morri pra essas pessoas... <br />
<br />
Confesso que fiquei triste, mas não por mim. Fiquei triste por haver pessoas que passam a nos enxergar como um ser virtual, que necessita aparecer numa tela para se comprovar vivo. Agora que estou fora desse <i>aquário</i>, vejo claramente que o Facebook é um tipo de <i>Second Life</i>, jogo no qual se assume um avatar, controlado por você, mas que não é você. O problema é que alguns assumem essa segunda vida como se fosse uma vida real, coisa que também não é. A tão condenada inversão de valores chegou a esse ponto, de se pensar que não há vida fora de uma suposta rede virtual. Mas, apesar de morto no Facebook, sinto que estou mais vivo do que nunca. Acredite, por mais incrível que hoje possa parecer: existe vida além da internet.</div>
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Alan Capriles</div>
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Unknownnoreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-73854200525293171072015-02-17T11:35:00.001-02:002018-03-08T19:48:19.031-03:00POR QUE CANCELEI MEU PERFIL NO FACEBOOK<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiknXjcru-8KopnZk_X-a7PausHRPjhZaipyR6Jvu0lhttLDH1wB64e3nrZbDmuY3PqMnrTws-v6Heron0naM88Zcbr7lvJyH5OdQGAjBeC2RDIxl-jT57M3aX2B9hyDINB404/s1600/Livre+do+Facebook.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiknXjcru-8KopnZk_X-a7PausHRPjhZaipyR6Jvu0lhttLDH1wB64e3nrZbDmuY3PqMnrTws-v6Heron0naM88Zcbr7lvJyH5OdQGAjBeC2RDIxl-jT57M3aX2B9hyDINB404/s1600/Livre+do+Facebook.jpg" width="286" /></a></div>
<span id="goog_2142748514"></span><span id="goog_2142748515"></span>Por Alan Capriles</div>
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A notícia de que eu cancelaria meu perfil no Facebook causou mais surpresa a mim mesmo do que nos 791 contatos que eu mantive até Fevereiro de 2015. Digo isso porque durante os últimos quatro anos eu havia sido um usuário bastante ativo, publicando textos diariamente , criando álbuns de fotos, curtindo e compartilhando assuntos que eu julgava interessantes. Além desse uso, que é o habitual, o Facebook ainda facilitou muito a divulgação de minhas outras páginas na internet, tais como meu blog, site e perfil no YouTube. E mesmo eu nunca tendo gostado muito de bate-papo pela internet (por isso eu sempre entrava off-line) reconheço que o Facebook ainda foi uma ferramenta bastante útil e prática na comunicação com diversos contatos, especialmente com os amigos mais distantes. Aliás, por falar em amigos, creio que o melhor de tudo foi reencontrar no Facebook amigos que eu não via desde a época da escola – e com os quais me encontrei depois pessoalmente. Pois bem, como se vê, não havia qualquer indício de que eu estivesse insatisfeito com essa rede social. Mas a verdade é que eu estava insatisfeito. Muito insatisfeito.</div>
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<br /></div>
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Agora que escrevo com mais liberdade, pois no Facebook a gente não pode escrever muito (senão ninguém lê) posso explicar melhor as razões de minha saída:</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJeOSrhMeFYYivB1hl5iTDuxYExafy28Ispa9-sErMpY-D7YiavaiTOMec7CLaqWUGokubh_-DG61aKwZH87KtfOZE4gBbQwMGA_QU23aXH8LutY3UhR3XE3-lbeaVL2PnKV9/s1600/Perfil+no+Facebook+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJeOSrhMeFYYivB1hl5iTDuxYExafy28Ispa9-sErMpY-D7YiavaiTOMec7CLaqWUGokubh_-DG61aKwZH87KtfOZE4gBbQwMGA_QU23aXH8LutY3UhR3XE3-lbeaVL2PnKV9/s1600/Perfil+no+Facebook+4.jpg" width="320" /></a></div>
<b>#1 – O Facebook não é grátis. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós pagamos pelo Facebook. Pagamos com nossas informações pessoais, que são vendidas para empresas associadas ao Facebook. Não gosto de me sentir usado, como se fosse um produto, mas é isso que realmente somos nessa rede <strike>social</strike> comercial.</div>
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<br /></div>
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<b>#2 - Não há privacidade no Facebook. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo que publicamos nessa rede pode ser acessado segundo os interesses da empresa e dos governos aos quais ela se associa, a começar pelos EUA. Em outras palavras, no Facebook (que já conta com mais de 1,4 bilhão de usuários) estamos mais expostos e vulneráveis do que em qualquer outro ambiente virtual. Não gosto de me sentir monitorado. Além disso, tanto poder assim nas mãos de uma só empresa... Certamente isso não vai acabar bem.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgSB7nlGTFDK3r1ZNMKLF24GqYHGymqGVgi5_y0p2omg_BEgh0oQGEpYIxxrg4RfSMCJZasFEFtBnKCeLwdIuiLsatKL5CJ0LPzsMayMlWlohvoXVUP1KL7kj1jLtaBMXCxE1A/s1600/mascara+facebook+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgSB7nlGTFDK3r1ZNMKLF24GqYHGymqGVgi5_y0p2omg_BEgh0oQGEpYIxxrg4RfSMCJZasFEFtBnKCeLwdIuiLsatKL5CJ0LPzsMayMlWlohvoXVUP1KL7kj1jLtaBMXCxE1A/s1600/mascara+facebook+2.jpg" width="272" /></a></div>
<b>#3 – Não há realidade no Facebook.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Como analisou muito bem um amigo, no Facebook “as pessoas são mais bonitas (escolhem as fotos), são mais inteligentes (copiam coisas legais), são mais religiosas (colocam textos da bíblia), são mais sociais, pois interagem com todos (não precisam dizer verdades, pois aqui somos todos personagens)." Pois bem, cansei dessa farsa. Prefiro lembrar que as pessoas são pessoas, e não semideuses que nunca sofrem, que estão sempre sorrindo. Aliás, estudos comprovam que esse hábito de só publicarmos fotos felizes aumenta a depressão em usuários que tem essa tendência. De fato, certa vez visitei uma pessoa que estava deprimida e que me disse não compreender como todos eram felizes, menos ela. Perguntei de onde havia tirado essa ideia absurda, ao que me respondeu: “Do Facebook, é claro.” </div>
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<br /></div>
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<b>#4 – O Facebook toma muito de nosso tempo.</b></div>
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Não conheço nada que tenha mais sucesso em nos distrair e tomar nosso tempo que o Facebook. Dizem que o WhatsApp também é assim, mas como nunca usei (e nem pretendo usar) não posso afirma-lo. Mas quero revelar minha própria experiência: quantas vezes liguei o computador a fim de realizar algum trabalho, mas não consegui concluí-lo (ou sequer começa-lo) por cometer o erro de primeiro dar uma espiadinha no Facebook. Essa rede nos fisga de tal maneira que a gente se esquece de tudo e não sente o tempo passar! Confesso que antes de ser usuário desta rede eu conseguia produzir muito mais artigos, estudos e vídeos, pois meu tempo era mais bem aproveitado. Agora que estou novamente livre do Facebook espero voltar a ser produtivo como antes.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVwfW8NAv5q4pszvbHnNqugtQaqv0msDT4BXGiougn_eFVlRXgosEBd8ncOVybYSzmWq_EzHDbCOM-468Lk7o5ChaMeFwZIGAHH9bqlZJwddS8I62uZ2NryiXwo7wSu-AwP4AJ/s1600/Facebook+anzol+hook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVwfW8NAv5q4pszvbHnNqugtQaqv0msDT4BXGiougn_eFVlRXgosEBd8ncOVybYSzmWq_EzHDbCOM-468Lk7o5ChaMeFwZIGAHH9bqlZJwddS8I62uZ2NryiXwo7wSu-AwP4AJ/s1600/Facebook+anzol+hook.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
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<b>#5 – O Facebook causa mal entendidos.</b></div>
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Aceitei pessoas demais como "amigos" e acabei não conseguindo acompanhar todo mundo. Como resultado, eu curtia algo aqui e não curtia ali - não porque eu desprezasse a pessoa que publicou, mas simplesmente porque não me apareceu a sua publicação. Mas nem todos compreendem isso, de tal modo que por mais de uma vez me perguntaram: por que você não curtiu o que eu postei? Sinceramente, cansei disso também...</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizBVgiZ6YkYjrWZXj5vjShsx0sFSC0tMtBG89fyqGk527bA9TLIO6K_7cCfmT8geV2t1XksGcn7cZF49cQYyD0Sg1Qv5DnSeNmkrt75m0TwqWToOY5qhx5VWbvSZnkDKFkKfyh/s1600/narcisista+facebook.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizBVgiZ6YkYjrWZXj5vjShsx0sFSC0tMtBG89fyqGk527bA9TLIO6K_7cCfmT8geV2t1XksGcn7cZF49cQYyD0Sg1Qv5DnSeNmkrt75m0TwqWToOY5qhx5VWbvSZnkDKFkKfyh/s1600/narcisista+facebook.png" width="200" /></a></div>
<b>#6 - O Facebook nos torna narcisistas.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Como qualquer outra rede social, o Facebook faz com que nos sintamos na obrigação de nos mostrarmos bonitos, inteligentes, engraçados e vitoriosos para todo o mundo. Com o tempo, passamos a ser mais amantes de nós mesmos do que deveríamos ser. Confesso que antes do Facebook eu me sentia mais humilde e menos dono da verdade.</div>
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<br /></div>
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<b>#7 – O Facebook gera discórdias.</b></div>
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Muito do que escrevemos em postagens e comentários é mal compreendido e acaba gerando desavenças desnecessárias. Minha relação com alguns bons amigos ficou prejudicada por causa disso – um preço alto demais para se pagar. Além disso, cansei de ver pessoas a quem quero bem escrevendo indiretas a minha pessoa em suas postagens. E se porventura não foram indiretas, se tudo não passou de um mal entendido, fica comprovado que o Facebook é isso mesmo que eu disse: um causador de discórdias.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>#8 - O Facebook não é uma rede social.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Poderíamos avaliar corretamente o Facebook como um instrumento antissocial, pois o fato é que essa rede questionavelmente "aproxima" quem está longe, mas literalmente afasta quem está perto – como, por exemplo, minha esposa, meus filhos e melhores amigos. Prefiro perder o Facebook a perder minha família e aqueles que precisam de minha real companhia.</div>
<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbuFMdLV_7gH3ghyphenhyphen7jJwlVnasT6h9fL1gqe-h1MgwXSulj1UxxV8sgSdIYNybpbkY4PqfnaVTuUbsZrPWi8KsKg-afMFxkA8jtY6BaeFTfAF6UXGkrPUCmJgdhYxM0UO2O1tYb/s1600/imagem+fb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbuFMdLV_7gH3ghyphenhyphen7jJwlVnasT6h9fL1gqe-h1MgwXSulj1UxxV8sgSdIYNybpbkY4PqfnaVTuUbsZrPWi8KsKg-afMFxkA8jtY6BaeFTfAF6UXGkrPUCmJgdhYxM0UO2O1tYb/s1600/imagem+fb.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Todos os motivos acima são verdadeiros, mas ainda tem mais uma coisa. Eu não seria completamente honesto se omitisse o fator espiritual, ou seja: sinto que Deus me direcionou a sair desta rede. E talvez porque, como seguidor de Cristo que sou, não seja mesmo possível conciliar o Facebook com certos mandamentos de Jesus, tais como o "negue-se a si mesmo", ou a proibição de me exaltar. Além disso, o mundo não é uma curtição, tal como o botão “curtir” do Facebook tenta nos fazer acreditar. Há uma mensagem subliminar nisso e me parece que poucos estão percebendo como essas curtidas afetam nosso ser. O fato é que o Facebook não nos deixa mais inteligentes, mas talvez nos torne mais bobos. Não quero ofender ninguém, mas se você também é um seguidor de Cristo, desperte para a seriedade de nossa missão e deixe essa brincadeira tola para trás. Muitos cristãos dizem que estão evangelizando pelo Facebook, mas a realidade é que ninguém se converte dessa forma. Evangelizar numa rede como essa, repleta de porcarias, é como falar de Jesus no meio de um bloco de carnaval. Ninguém sequer escutará você! Pode ser que por um segundo alguém pense em algo que você escreveu, mas logo em seguida se apagará de sua memória, pois ela estará dando gargalhadas por alguma outra publicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, sinceramente, não quero influenciar ninguém. Se você é mais forte do que eu, glorifico a Deus por isso. Porém, quanto a mim, senti que o Facebook estava fazendo mal para a minha alma, para a minha família e para o meu ministério. Senti que eu precisava fazer uma escolha. E, é claro, escolhi obedecer a Jesus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.s.: Em 15 de Fevereiro de 2015 cancelei meu perfil pessoal no Facebook, mas, atendendo a pedidos, mantive uma página chamada A Verdade em Amor para divulgar textos como esse, ou minhas pregações. Não se trata de um perfil, no entanto, essa página também será excluída após cumprir seu papel. <br />
<br />
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-70347842960731984532015-02-02T19:30:00.000-02:002018-03-08T19:48:37.033-03:00A CRUZ DO FACEBOOK<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjyAofZ0_yzv052PC7vsrUEmb8D4-rA8F7Hp1VS9MENFXgFm37CWOk9Df8IXA6gjgovZcqndyXZVVHIW4Dnr2JLRx8bc-OBTe4pTNDpRZ7g5bIQJDv9P3nW_Vz-p8uhA5NbvG_/s1600/fb+carregando+cruz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjyAofZ0_yzv052PC7vsrUEmb8D4-rA8F7Hp1VS9MENFXgFm37CWOk9Df8IXA6gjgovZcqndyXZVVHIW4Dnr2JLRx8bc-OBTe4pTNDpRZ7g5bIQJDv9P3nW_Vz-p8uhA5NbvG_/s1600/fb+carregando+cruz.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Dentre os mais de um bilhão de usuários do Facebook, certamente já ocorreu a mais alguém a seguinte pergunta: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Por que a logomarca da maior rede social do mundo é um <b>f </b>minúsculo e não maiúsculo, como seria de se esperar? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensar nisso nos conduzirá, inevitavelmente, a uma nova questão: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- O que <i>não</i> há na imagem do <b>F</b> maiúsculo para que o mesmo fosse descartado da logomarca do facebook? </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO59dm1IgqvaHDYevSR5T9_hTgLALrELcp7NJxY10Gwqt88xtcXRQ_-JnJBR0bnX9uyCKGpxr0WTKmUcwArmPpgVJdgB0JydMw4ajPQnai3c4G3sJGAfgJCLFswiW-Bu-ziTcN/s1600/fb+cruz.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO59dm1IgqvaHDYevSR5T9_hTgLALrELcp7NJxY10Gwqt88xtcXRQ_-JnJBR0bnX9uyCKGpxr0WTKmUcwArmPpgVJdgB0JydMw4ajPQnai3c4G3sJGAfgJCLFswiW-Bu-ziTcN/s1600/fb+cruz.jpg" width="141" /></a>Após refletir um pouco, nada mais encontrei senão isto: a similaridade do <b>f</b> minúsculo com o formato de uma cruz. Ora, no maiúsculo isso não acontece. Não estou sugerindo que o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, seja cristão. Ele mesmo declara ser ateu. Mas, então, por qual motivo um ateu permitiria a ideia da cruz na logomarca de sua empresa? Antes de arriscarmos uma resposta, consideremos que a letra <b>f</b> minúscula, embora lembre o formato de uma cruz, não é uma cruz perfeita, mas encurvada na parte superior. Isso me levou a pensar se existiria algum tipo de cruz com esse formato específico.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Qual não foi minha surpresa ao lembrar-me do falecido papa João Paulo II. Ele costumava carregar um estranho cajado, o qual continha no alto um enorme crucifixo que se entortava na ponta. A preferência desse papa por um crucifixo com esse formato gerou bastante polêmica na época de seu pontificado. E não é pra menos: o crucifixo vergado teria sido uma criação de satanistas no século VI para distorcer a imagem de Cristo e representar a marca da besta em seus rituais.[1]</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0F69tsQrccrodsL3i-iIGeCSgvacbHqXLaBPIQU0bq6auJPDtsrD6zQhVH3nKdUaYw53oSHKQBxqLIwIPXBngVgrre8ZkLaQQSkEjjARfaznRzB3kyLxJpdZShzsqM71BXbI/s1600/cruz+vergada+papa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0F69tsQrccrodsL3i-iIGeCSgvacbHqXLaBPIQU0bq6auJPDtsrD6zQhVH3nKdUaYw53oSHKQBxqLIwIPXBngVgrre8ZkLaQQSkEjjARfaznRzB3kyLxJpdZShzsqM71BXbI/s1600/cruz+vergada+papa.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfL3uOOja55V7y3hBJg0K5lhsz_oj1WKMNb97Esh2o7Phyphenhyphenui-aX-YHmqNb__rY_vyaQbLaa7uI5aYZ3MP0DnymGQat4ICBDE1vKF5whacAUbuijKdeUc-YnH2_xLpLBa4VZ33I/s1600/cruz+da+confus%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfL3uOOja55V7y3hBJg0K5lhsz_oj1WKMNb97Esh2o7Phyphenhyphenui-aX-YHmqNb__rY_vyaQbLaa7uI5aYZ3MP0DnymGQat4ICBDE1vKF5whacAUbuijKdeUc-YnH2_xLpLBa4VZ33I/s1600/cruz+da+confus%C3%A3o.jpg" width="111" /></a>Mas a logomarca do Facebook tem ainda maior semelhança com outro aparato, também utilizado por adeptos do satanismo. Trata-se da chamada <i>cruz da confusão</i>, ou <i>cruz satânica</i>. Segundo sites que estudam o ocultismo, a parte encurvada representa um ponto de interrogação, cujo propósito seria questionar a eficácia do sacrifício de Jesus na cruz pela salvação da humanidade.[2] </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa interrogação aparece na parte de baixo porque no satanismo toda cruz é representada de forma invertida. Mas, ao ser novamente colocada na posição correta, torna-se evidente a semelhança com a logomarca do Facebook. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBHxWRJ1QHM_YNS0CbXPvNfAfX-qtDiVYiLoPLFquOMGPTa4cIDyJpnotQ4g_ujZczg2lRsUFdTat3fW0AaN8gl5J1IROm_bxMSUWsBxhAvdsdT7KQn2vAzvB1fv_Z5MSax0H7/s1600/cruz+da+confus%C3%A3o+e+facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBHxWRJ1QHM_YNS0CbXPvNfAfX-qtDiVYiLoPLFquOMGPTa4cIDyJpnotQ4g_ujZczg2lRsUFdTat3fW0AaN8gl5J1IROm_bxMSUWsBxhAvdsdT7KQn2vAzvB1fv_Z5MSax0H7/s1600/cruz+da+confus%C3%A3o+e+facebook.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Até mesmo o tom azulado dessa logomarca não ocorreria por acaso, pois o azul é a cor que se relaciona diretamente com Lúcifer nas práticas ocultistas.[3] Aliás, a cruz satânica ainda representaria os três príncipes infernais: Satanás, Belial e Leviatán. Exatamente por isso quem se utiliza dessa cruz estaria indicando sua completa sujeição a Lúcifer.[4] </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que, ao chegar nesse ponto de minhas pesquisas, meu primeiro impulso foi concluir que tudo isso não passa de uma grande coincidência. A cor azul, por exemplo, predominante no Facebook, não seria por causa de uma consagração dessa rede social a Lúcifer, mas sim porque Mark Zuckerberg possui um tipo raro de daltonismo, que o impede de fazer distinção entre o vermelho e o verde.[5]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o que me manteve intrigado foi descobrir que há indícios de que Zuckerberg seja mesmo praticante de ocultismo. Um dos exemplos mais convincentes ocorreu durante uma entrevista, na qual ele precisou retirar sua jaqueta, pois estava banhado em suor.[6] Sem que ele tivesse tempo de reagir, a repórter tomou de suas mãos a jaqueta, na qual se revelou algo inesperado e muito estranho: escondido na parte interior da mesma havia um enorme desenho circular, com inscrições e uma estrela de seis pontas ao centro com o número 2010. Impossível ver essa imagem e não pensar em algo como magia negra, ou satanismo - especialmente se considerarmos que 2010 foi considerado o melhor ano para o Facebook e também para seu criador, que foi eleito a personalidade do ano pela revista Time. [7]</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz4knLDJcqqTyXC2SFFQDSTislu01hYg3yJreK-xzKnGZ54MFcvjGX5QYxvE_k8Xdxuf0GwLaSF5Wg2jiH_L1h5SBZYgvxXwbXZZmwP4ldND4i1QgDVKooKQOwRl1-bGg2KQnX/s1600/entrevista+casado+mark+facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz4knLDJcqqTyXC2SFFQDSTislu01hYg3yJreK-xzKnGZ54MFcvjGX5QYxvE_k8Xdxuf0GwLaSF5Wg2jiH_L1h5SBZYgvxXwbXZZmwP4ldND4i1QgDVKooKQOwRl1-bGg2KQnX/s1600/entrevista+casado+mark+facebook.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda reluto contra essa ideia, pois me parece absurdamente fantasiosa. Senão, vejamos: a logomarca do Facebook seria propositalmente um <b>f</b> minúsculo para que se pareça com uma cruz satânica, chamada de cruz da confusão; essa cruz, por sua vez, representa uma ligação com Lúcifer, cuja cor é o azul; não por acaso, o azul é a cor predominante do Facebook, a qual ninguém pode alterar (diferentemente do extinto Orkut); tudo isso seria um indício do pacto que Zuckerberg teria feito com Lúcifer para obter sucesso a nível mundial; o estranho desenho na jaqueta do criador do Facebook confirmaria sua prática ocultista; no centro da imagem, 2010, considerado como o melhor ano do Facebook </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que fui mesmo longe demais... Eu mesmo não consigo acreditar em nada disso! Por outro lado, durante minhas pesquisas me deparei com duas coincidências que não consigo desconsiderar:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira delas é o improvável (mas talvez não impossível) propósito que haveria no Facebook de se gerar confusão entre os homens. De fato, essa rede social tem trazido perturbação na vida de milhares de pessoas. Se por um lado o Facebook “aproxima” quem está longe, por outro afasta quem está perto. Tenho certeza que a maioria dos leitores conhece pelo menos um caso de briga conjugal, ou mesmo de adultério, no qual o Facebook faça parte da história. Sem se falar no vício que essa rede social tem gerado na vida de pessoas que já não conseguem mais viver em sociedade, nem mesmo com familiares que vivem sob o mesmo teto. Alguém dirá que tais pessoas fazem mau uso do Facebook. Mas, pergunto eu, como seria o bom uso? A invenção do botão “curtir”, por exemplo, tem gerado mais discórdias do que amizades. E a necessidade inconsciente de se curtir tudo que seus “amigos” publicam tem tomado cada vez mais o precioso tempo dos usuários. Sem se falar nos comentários, que geralmente são mal interpretados (pois também são mal escritos) e acabam gerando confusão nos relacionamentos onde antes havia paz. Como se não bastasse, muitos parecem ficar paranoicos na rede, compartilhando tudo que lhes está ocorrendo, chegando ao absurdo de publicar até mesmo a foto do que estão para comer! Esses, que já não conseguem viver desconectados, talvez não percebam que tal conexão é que lhes tem roubado a verdadeira vida.[8]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A segunda e última coincidência seria o suposto propósito de se questionar a eficácia do sacrifício de Jesus pela salvação da humanidade. De fato, poucas coisas são tão deprimentes para um pastor (como é o meu caso) quanto se examinar no Facebook a linha do tempo de certas pessoas que se dizem cristãs. Impossível não me questionar se foi para isso que Jesus morreu na cruz, ou seja, para gerar esse tipo de discípulos, que vivem completamente distraídos de sua missão. Se o Facebook é mesmo um terreno maligno, deveríamos entrar nele como sabotadores do seu propósito de aprisionar as pessoas – e não como seus usuários mundanos, que compartilham das mesmas porcarias que a maioria tem curtido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Será que estou sugerindo que o diabo esteja por detrás disso? E não somente disso, mas também de outras redes similares, tais como Twitter e WhatsApp, que igualmente tem aprisionado milhões de almas no vício da internet? Bem, seja você crente, satanista, ou mesmo ateu (como se diz o criador do Facebook), de uma coisa podemos ter certeza, e nisso eu acho que todos nós estamos de acordo: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deus não tem mesmo nada a ver com isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Notas</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[1] "Vejamos o que diz o autor católico Piers Compton, em seu livro The Broken Cross: Hidden Hand in the Vatican, Neville Spearman, 1981. Este crucifixo vergado é "... um símbolo sinistro, usado pelos satanistas no século VI, que foi novamente colocado em uso ao tempo do Concílio Vaticano II. Nesse crucifixo vergado, era exibida uma figura repulsiva e distorcida de Cristo, que todos os praticantes de magia negra e feiticeiros da Idade Média usavam para representar o termo bíblico "Marca da Besta". Entretanto, não somente o papa Paulo VI, mas seus sucessores, os dois Joões, João Paulo I e João Paulo II, carregavam esse objeto e o exibiam para ser reverenciado pelas multidões, que não tinham a menor idéia que representa o Anticristo." (pág. 72). Na página 56, Compton mostra uma fotografia do papa João Paulo II, segurando essa cruz vergada, exatamente como mostramos aqui." </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.espada.eti.br/rc100.asp">http://www.espada.eti.br/rc100.asp</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[2] "O ponto de interrogação, logicamente, questiona a divindade de Cristo e a validade do Seu sacrifício na cruz do Calvário. É usada pela Nova Era e pelo Satanismo." </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.elevados.com.br/artigo/171/a-velha-nova-era.html" target="_blank">http://www.elevados.com.br/artigo/171/a-velha-nova-era.html </a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[3] "A cor de Lúcifer é azul, azul-elétrico. A maioria dos demônios também tem a aura azul. Aqueles de nós que viu o Inferno concorda que ele tinha uma aura azul. USE AZUL." </div>
<div style="text-align: justify;">
http://alegriadesatan.weebly.com/ritual.html </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[4] "En el marco del ocultismo representa a tres príncipes infernales: Satanás, Belial y Leviatán. Connota una completa sujeción a Lucifer, y era antiguamente usado por los romanos." </div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.taringa.net/posts/info/17005124/Los-simbolos-de-Satanas.html" target="_blank">http://www.taringa.net/posts/info/17005124/Los-simbolos-de-Satanas.html </a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[5] "Segundo Zuckerberg, azul é a cor dominante do Facebook porque é a cor que ele mais enxerga. “Azul é a cor mais rica para mim – eu posso ver todo o azul”, disse."</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://colunas.revistaepoca.globo.com/bombounaweb/2010/09/13/facebook-azul-mark-daltonico/">http://colunas.revistaepoca.globo.com/bombounaweb/2010/09/13/facebook-azul-mark-daltonico/</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[6] Vídeo com a entrevista:<br />
<a href="http://youtu.be/G4XGbZ7IrC8">http://youtu.be/G4XGbZ7IrC8</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[7] <a href="http://www.midiatismo.com.br/comunicacao-digital/final-de-ano-2010-foi-o-ano-do-facebook">http://www.midiatismo.com.br/comunicacao-digital/final-de-ano-2010-foi-o-ano-do-facebook</a></div>
<br />
[8] Dica de leitura: VERTIGEM DIGITAL - Porque as redes sociais estão nos dividindo, diminuindo e desorientando. Andrew Keen - Editora Zahar.<br />
<a href="http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos/r1331.pdf">http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos/r1331.pdf</a><br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-31954603.post-256779440296290512014-11-13T09:37:00.001-02:002015-03-06T10:50:58.909-03:00FATOS OU BOATOS?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 style="text-align: left;">
<b>Dez dicas para uma boa investigação </b></h3>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjofhp37S9-e5FP2QCzujbteuQtLUtehIdTNfh8rdNgkq9M1A4rEligjJPydecQyHyuCK6CPBvjtia_IM5tpyjlRkraAhyphenhyphen9-bZq93Lfda4Hj_kuL-TVIRLnVx7SmUenbVZrK4Dr/s1600/fatos+ou+boatos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjofhp37S9-e5FP2QCzujbteuQtLUtehIdTNfh8rdNgkq9M1A4rEligjJPydecQyHyuCK6CPBvjtia_IM5tpyjlRkraAhyphenhyphen9-bZq93Lfda4Hj_kuL-TVIRLnVx7SmUenbVZrK4Dr/s640/fatos+ou+boatos.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Por Alan Capriles<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há um velho ditado popular que diz
que "papel aceita tudo". Obviamente, esse ditado é um alerta para quem
se precipita em dar crédito a tudo quanto está escrito em jornais,
livros, revistas, cartazes, etc. Papel aceita tudo, logo, papel aceita
verdades, mentiras, história, ficção, fatos e boatos. Mas, a despeito
disso, muitos acreditam em algo apenas porque estava escrito em algum
lugar – é o fascínio da escrita sobre um pedaço de papel. Agora pense
naquilo que nos é apresentado através de sites, blogs e redes sociais na
internet. Pense naquilo que não está escrito num papel, mas numa tela
brilhante e bem mais atraente aos nossos olhos, tornando o fascínio
ainda muito maior. Ora, sei que pareço ridículo ao dizer algo tão
evidente, mas, assim como acontece com o papel, a tela também aceita
tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas esse lembrete não é desnecessário. Tenho ficado
estarrecido com certos textos e vídeos nos quais pessoas leigas (e
aparentemente bem intencionadas) dizem absurdos sobre todo tipo de
assunto, sem qualquer fundamentação sólida, mas como se fossem experts
no tema tratado. O que mais me espanta é que sempre há simpatizantes
motivados, que curtem sem pesquisar e ainda compartilham a
desinformação! Não sabem discernir o certo do duvidoso e se apressam em
acreditar cegamente em qualquer besteira, tornando-se coniventes com a
corrente da mentira e, às vezes, do ódio – mas com a melhor das
intenções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mediante essa crescente boataria que se espalha
na internet e que caracteriza toda rede social, nossa constante
disposição mental deveria ser o mais prudente ceticismo. Duvidar sempre,
ao invés de se apressar em crer ou descrer. Não há outra forma de nos
protegermos. Muita coisa que está sendo divulgada não passa de
sensacionalismo e manipulação. Há interesses por detrás disso e a única
forma de você comprovar o que estou dizendo é através da sua própria
investigação. O problema é que muitos têm preguiça de fazê-lo e outros
não sabem como realizar uma boa pesquisa. Sendo assim, deixo aqui
(apenas para você, que não tem preguiça mental) algumas dicas que
utilizo quando corro atrás de um fato, a fim de não ser vítima de um
boato:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1º) Seja prudente e não se apresse em crer ou
descrer de qualquer notícia, apenas procure ser imparcial. Os fatos que
você pesquisar é que lhe farão concluir uma coisa ou outra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2º)
Averigue se o que está sendo dito tem respaldo, ou seja, se o indivíduo
que gravou um vídeo, ou escreveu um texto, apresenta provas
contundentes do que está sendo afirmado, ou se é somente blá, blá,
blá...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3º) Se o indivíduo não apresentou provas, procure
por elas. Se apresentou, confira se as fontes são mesmo confiáveis. Não
seja preguiçoso, confira tudo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4º) Se você mesmo tiver que
ir atrás das provas, comece pelos mecanismos de busca da internet
(Google, Yahoo, Bing) e compare os resultados que surgirem. Isso levará
tempo, mas na medida em que você for pesquisando, tanto mais isso irá
motivá-lo a prosseguir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
5º) Confira a data de seus
resultados e analise-os em ordem cronológica. Muita coisa que hoje é
divulgada como se fosse atual, tem às vezes quatro anos ou mais de
existência. São assuntos que já foram solucionados, às vezes até
desmascarados, mas que ressuscitam graças às redes sociais e à
desinformação da maioria, que os compartilha sem qualquer pudor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
6º)
Muito cuidado com informações contidas em blogs ou sites de caráter
ideológico. Geralmente eles divulgam textos ou vídeos de cunho
sensacionalista, que não contém respaldo algum do que está sendo dito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
7º)
Prefira recolher informações contidas em sites de notícias que tenham
maior credibilidade e depois cruze esses dados, sempre lembrando de
conferir as datas. Se houver divergência, continue investigando até
chegar a uma inevitável conclusão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
8º) Seja honesto em sua pesquisa e não permita que seus preconceitos ideológicos interfiram no seu resultado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
9º)
Divulgue o que você descobriu, mas sempre apresentando provas que
contenham dados irrefutáveis. Coloque todos os links no seu texto, ou
vídeo, a fim de que seus contatos possam confirmar a veracidade dos
fatos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
10º) Tenha bom humor e leve na esportiva os ataques
que receberá em troca. Ignore comentários que não contenham uma
verdadeira contraprova. Muita gente fica chateada por ter acreditado num
boato e, ao invés de lhe agradecer a informação, irá lhe ofender com
ataques pessoais. Aproveite para treinar sua paciência, tolerância e
respeito para com o próximo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encerro aqui minhas dicas
para uma boa investigação. Espero que lhe seja útil e que, assim como
eu, você também seja mais cuidadoso na divulgação de informações e
notícias. Talvez possamos contribuir para que haja um pouco mais de bom
senso na internet. Não que eu tenha muitas expectativas nesse sentido.
No final de contas, cada um é livre para acreditar no que quiser. Uns
acreditam em fatos, outros, em boatos. E, só pra constar, a escolha
também é sua.</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
Alan Capriles</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0